Energia Azul
Casos: Energia Azul. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Sergioc • 24/2/2014 • 910 Palavras (4 Páginas) • 372 Visualizações
- Visão geral sobre a fonte:
A energia azul é um processo relativamente recente que consiste na obtenção de energia através da existência de sal na água do mar e rios. Visto tratar-se de uma fonte de energia recente, ainda estão em estudo diversas maneiras de obter resultados.
Para entender esse mecanismo de obtenção de energia, é necessário apresentar um conceito importante que rege a sua dinâmica, a osmose.
A osmose é um fenômeno que ocorre vulgarmente na natureza é a osmose que consiste na passagem de água de certo meio para outro.
A natureza procura o equilíbrio, e como tal, na presença de dois meios com concentrações diferentes, a água (solvente) terá tendência a movimentar-se para o meio com maior concentração, de modo a diluí-lo, tornando ambos os meios com concentrações iguais.
As infraestruturas da chamada “energia azul” são construídas em locais onde a concentração das águas seja consideravelmente diferente, por exemplo: na união de rios (água doce) e oceanos (água salgada). A água doce, menos concentrada, tem tendência a juntar-se à água salgada, mais concentrada, de modo a igualar a concentração nos dois meios. Faz-se necessário o uso de membranas semipermeáveis que vão proporcionar este efeito de osmose, ou seja, a passagem somente da água, pela diferença de concentração.
A partir deste ponto, pode-se usufruir do movimento da água através da pressão: usar-se-á uma turbina que gire e, ligada a um gerador, “crie” energia elétrica.
Figura 1: Esquemático da geração de “energia azul”
Outra proposta, ainda em investigação, é a obtenção de energia a partir dos ións existentes no sal da água.
A água salgada é constituída por moléculas de Cloreto de Sódio (NaCl), as quais contêm íons negativos de cloreto Cl-, e íons positivos de Sódio Ca+.
Assim, as infraestruturas construídas necessitam de membranas especiais, permeáveis a um dos íons. A água, ao passar pela membrana irá criar uma diferença de potencial, ou seja, irá separar o íon sódio do íon cloreto, e assim num dos lados da membrana encontrar-se-ão íons positivos, e no outro lado íons negativos.
A existência desta diferença de potencial criará, consequentemente, energia elétrica.
Cientistas da cidade de Wetsus, Holanda, são os que estão na vanguarda do desenvolvimento dessa empreitada.
A pesquisa iniciou-se baseada numa outra pesquisa feita em 1950 por cientistas da Universidade da California Sidney Loeb e Srinivasa Sourirajan cujo objetivo era mostrar ser possível extrair água potável da água salgada.
Quinze anos depois, Loeb lançou esse processo, ao qual chamou de “electrodiálise revertida” e que pode igualmente produzir energia.
Após observarem que no porto de Roterdã, a água doce corre paralelamente com a água salgada, os cientistas de Wetsus, liderados por Joost Veerman, veem na Energia Azul uma maneira de diversificar a matriz energética do seu país.
- Disponibilidade, custos e domínio tecnológico:
Por ser uma tecnologia ainda em desenvolvimento, os custos de suas infraestruturas, na figura das membranas e de uma eventual central elétrica submersa, ainda são elevadíssimos. O custo do megawatt/hora chega a ser o dobro do gerado por uma usina termelétrica.
Atualmente existem apenas protótipos em laboratórios da Holanda, o que mostra que a menos que haja uma significativa evolução na tecnologia de produção dos mecanismos que possibilitam o aproveitamento dessa fonte de energia, o horizonte em que ela terá um nível de disseminação ao menos semelhante ao que a fotovoltaica tem hoje, por exemplo, ainda é bastante longínquo.
Entretanto a disponibilidade dessa fonte é extremamente abundante no Brasil, repleto de rios que deságuam nos seus 8000km de litoral o que pode vir a ser uma alternativa bastante interessante
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