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Engenharia Reversa E Prototipagem

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Por:   •  17/11/2013  •  3.425 Palavras (14 Páginas)  •  446 Visualizações

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Engenharia Reversa

Nem todas as invenções tecnológicas do mundo moderno foram criadas a partir de uma grande ideia. Algumas delas surgiram do estudo de outras, e posteriormente se desenvolveram de forma independente do objeto inicial de estudos. A engenharia reversa está cada vez mais se tornando uma importante área de pesquisas para o avanço das tecnologias existentes, pois permite que mesmo aquilo que é protegido por leis de propriedade intelectual seja estudado e melhorado pelos concorrentes.

Apesar de parecer, a engenharia reversa não pode ser considerada uma espécie de cópia, pois se trata apenas do estudo daquilo que foi criado. A cópia é somente uma das consequências possíveis do estudo de um produto ou ideia. A engenharia reversa também pode nos ajudar a entender o funcionamento de algo, para desenvolver o objeto de estudo, ou mesmo produzir algo completamente novo, a partir dos dados coletados, sem qualquer semelhança com o original. Desde a sua primeira utilização, a engenharia reversa cresceu muito, e hoje possibilita desde o entendimento e melhoria daquilo que se estuda, até a descoberta de segredos industriais e comerciais.

O nome “engenharia reversa” define muito bem o conceito do que ela faz. Trata-se do estudo de um objeto, seja um processador, um monitor, um programa ou até mesmo um simples relógio, desmontando-o e analisando suas peças, seus componentes, seus comandos e seu comportamento (no caso de programas). Isso é feito para descobrir como ele foi fabricado, como ele poderia ser melhorado e que outras funções ele poderia realizar.

Explicando de forma fácil e resumida, a engenharia reversa pode ser comparada a uma dissecação do objeto de estudo, como é feito com sapos, minhocas e outros animais em aulas de biologia. Abre-se o objeto estudado, separam-se suas partes e estuda-se sua composição química, construção, formatos de peças e diversos outros itens, com o intuito de descobrir como tudo funciona e como repetir o processo de criação.

O processo de Engenharia Reversa (ER) pode auxiliar na recuperação de dados, por exemplo: Softwares antigos nos quais os desenvolvedores originais não mais trabalham podem ter seus códigos-fonte recuperados com a finalidade de realizar ajustes em partes do programa.

Alguns exemplos de tal pratica são jogos antigos (Como os de Atari, Mega Drive,Super Nintendo etc.). A ER é frequentemente associada a questões de segurança também, pois por meio de suas técnicas pode explorar o código dos programas a fim de averiguar se há códigos maléficos, averiguar se o código original de um software não sofreu alteração ou injeção de rotinas ocultas (tal como vírus de computador fazem).

No que diz respeito a recuperação de dados ainda há muito para explorar através da ER. Um sistema de arquivos criptografado pode ser entendido e ter seus recursos utilizados para recuperação de importantes dados perdidos.

Em alguns países a prática de ER é considerada ilegal e alguns praticantes interessam-se em obter acesso não autorizado a recursos de software não oferecidos gratuitamente pelos fabricantes que vendem o produto. Tal prática é denominada Cracking. Por outro lado, a ER tem sido utilizada como ferramenta de proteção contra a própria ER praticada de forma ilegal. A partir de técnicas aplicadas nesta área é possível modelar melhores proteções para o software como anti - descompiladores, códigos mutantes e armadilhas.

Figura 1 – Engenharia Reversa demonstrada através de um controle de videogame.

Foi através da engenharia reversa, por exemplo, que a fabricante de processadores AMD conseguiu fazer uma cópia exata do processador Intel 8080, no ano de 1975. A empresa provavelmente comprou alguns processadores da Intel, abriu-os e os estudou detalhadamente, conseguindo criar uma cópia perfeita através de tentativa e erro.

Figura 2 – Microprocessador utilizado em computadores

Outro tipo de aplicação é na engenharia de software. Programas proprietários, ou seja, que não possuem seu código aberto, não permitem que você saiba como eles foram programados, para descobrir maneiras de melhorá-los ou mesmo copiá-los. A engenharia reversa tem condições de fazer análises minuciosas sobre o comportamento de programas, para então tentar reconstruí-los, descobrindo assim como eles funcionam internamente.

Independente da área de conhecimento, a engenharia reversa é extremamente útil também para aqueles que desejam tornar programas e equipamentos interoperáveis. Isto é, por exemplo, fazer com que um programa de Windows possa ser rodado em Linux ou Mac, e vice-versa. Logicamente, isso não é feito pelos desenvolvedores proprietários dos programas, já que são eles os criadores e os donos do código-fonte.

A pirataria de CDs e DVDs, por exemplo, utiliza a engenharia reversa para descobrir como funciona a proteção anticópia dos discos e removê-la. Porém, nem tudo é crime, pois como qualquer tecnologia, a engenharia reversa pode ser usada para fins acadêmicos, no campo da pesquisa, e em qualquer área de conhecimento. Tecnologias antigas, por exemplo, têm uma grande carência de documentação descritiva. A engenharia reversa permite que a documentação seja elaborada e a tecnologia velha seja especificada.

Prototipagem Rápida

O termo prototipagem rápida designa um conjunto de tecnologias usadas para se fabricar objetos físicos diretamente a partir de fontes de dados gerados por sistemas de projeto auxiliado por computador (C.A.D). Tais métodos são bastante peculiares, uma vez que eles agregam e ligam materiais, camada a camada, de forma a constituir o objeto desejado. Eles oferecem diversas vantagens em muitas aplicações quando comparados aos processos de fabricação clássicos baseados em remoção de material, tais como fresamento ou torneamento.

Tais métodos permitem aos projetistas criar rapidamente protótipos concretos a partir de seus projetos, ao invés de figuras bidimensionais. Esses modelos apresentam diversos usos. Eles constituem um auxílio visual excelente durante a discussão prévia do projeto com colaboradores ou clientes. Além disso, o protótipo pode permitir testes prévios como, por exemplo, ensaios em túnel de vento para componentes aeronáuticos ou análise fotoelástica para se verificar pontos de concentração de tensões na peça. A verdade é que os projetistas sempre construíram protótipos; os processos de prototipagem rápida permitem que eles sejam feitos mais depressa e de forma mais barata. De fato, estima-se

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