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Entrevista: Rosa Prestes

Por:   •  15/2/2016  •  Relatório de pesquisa  •  438 Palavras (2 Páginas)  •  283 Visualizações

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RESUMO

De acordo com Rosa Prestes, o campo de atuação do Serviço Social brasileiro vai ampliar-se nos anos 50, e com maior intensidade na década seguinte, isso ocorre quando os profissionais passam a atuarem em trabalhos sociais que tem um caráter comunitário. Com isso será nesses trabalhos que ira se desenvolver processos de mobilização e organização de grupos de população. Enquanto que no inicio dos anos 40 esses trabalhos são próprios às praticas de Organização de Comunidade, e é a partir dos anos 50 que passam a se desenvolver no âmbito das práticas de Desenvolvimento de Comunidade. Sendo assim:

“Quando o Serviço Social passa a atuar nos processos de desenvolvimento de comunidade é possível identificar mudanças no seu eixo de intervenção profissional: de uma prática restrita a atendimentos individuais e grupais centrados na promoção da tríade “ordem, moral e higiene”, a profissão volta-se também para o desenvolvimento de práticas cujo objetivo se expande para a promoção da harmonia social na relação Estado/Sociedade, através de uma abordagem mais coletiva”. (Rosa Predes, pg.13)

Assim a autora constata que o engajamento do Serviço Social no desenvolvimento de comunidade também significa uma procura de modalidades interventivas que abrangem mais do que o Serviço Social de Caso e de Grupo.

A autora aborda que nos anos 70 o Serviço Social brasileiro passa a consolidar um novo projeto profissional com outras requisições colocadas pelo processo de modernização conservadora do Estado. Nesta década, no mercado de trabalho os assistentes sociais assumem atividades relacionadas ao planejamento, coordenação acompanhamento e avaliação de programas sociais. O que marca esse projeto de modernização é a busca pela cientificidade do serviço Social.

O clima politico de discussão e de luta pela redemocratização do país ocorre na passagem dos anos 70 para os anos 80, o que favorece a cultura critica assumida pelos setores profissionais, de acordo com o projeto de ruptura.

“Na esfera das instituições públicas, os assistentes sociais acumulam uma experiência com trabalhos de cunho coletivo que remonta aos programas de desenvolvimento de comunidade dos anos 50, 60 e 70; passando pelos vínculos estabelecidos com os movimentos sociais, desde o final dos anos 70. Esta atribuição profissional de lidar com contigentes populacionais mais amplos do que aqueles que procuram o profissional no atendimento individual e/ou grupal, recoloca-se, nos anos 90, com algumas configurações novas”. (Rosa Predes, pg. 21)

Com isso segundo Predes, os assistentes sociais participam da viabilização do repasse de bens e serviços materiais e na promoção de visões de mundo e atitudes, inseridas em um contexto contraditório. Diante disso a autora fala que “o instrumental coloca-se como um conjunto articulado historicamente, pois faz parte do atendimento de necessidades reais, permeadas pelas relações sociais”. (pg.22)

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