Equações Diferenciais Ordinárias
Dissertações: Equações Diferenciais Ordinárias. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: flsribeiro • 30/9/2014 • 1.528 Palavras (7 Páginas) • 342 Visualizações
5 Aplicações de equações diferenciais ordinárias
5.1 Decaimento Radioativo
Fatos experimentais mostram que materiais radioativos desintegram a
uma taxa proporcional à quantidade presente do material.
Se Q = Q(t) é a quantidade presente de um certo material radioativo no
instante t, então a taxa de variação de Q(t) com respeito ao tempo t, aqui
denotada por dQ
dt
, é dada por:
dQ
dt
= k Q(t)
onde k é uma constante negativa bem definida do ponto de vista físico.
Para o Carbono 14 a constante é k = −1, 244 E-4 e para o caso do Rádio a
constante é k = −1, 4 E-11.
Normalmente consideramos Q(0) = Q0 a quantidade inicial do material
radioativo considerado. Quando não conhecemos o material radioativo,
devemos determinar o valor da constante k, o que pode ser feito através
da característica de “meia-vida” do material.
5.1 Decaimento Radioativo 47
A “meia-vida” é o tempo necessário para desintegrar a metade do material.
Portanto, se nós conhecemos a meia-vida do material, podemos
obter a constante k e vice-versa. Em livros de Química podemos obter as
“meias-vidas” de vários materiais radioativos.
Por exemplo, a meia-vida do Carbono-14 está na faixa entre 5538 anos e
5598 anos, numa média de 5568 anos com um erro para mais ou para menos
de 30 anos. O Carbono-14 é uma importante ferramenta em Pesquisa
Arqueológica conhecida como teste do radiocarbono.
Problema: Um isótopo radioativo tem uma “meia-vida” de 16 dias. Você
deseja ter 30 g no final de 30 dias. Com quanto radioisótopo você deve
começar?
Solução: Desde que a “meia-vida” está dada em dias, nós mediremos
o tempo em dias. Seja Q = Q(t) a quantidade presente no instante t
e Q(0) = Q0 a quantidade inicial. Sabemos que r é uma constante e
usaremos a “meia-vida” 16 dias para obter a constante k.
Como
Q(t) = Q0 ekt
então, para t = 16 teremos Q(16) = 1
2Q0, logo
1
2
Q0 = Q0 e16k
assim
e16k =
1
2
Aplicando o logaritmo natural em ambos os membros da igualdade, obtemos:
k = −
ln 2
16
= −0, 043321698785
e dessa forma temos a função que determina a quantidade de material
radioativo a qualquer momento:
Q(t) = Q0 e0, 043321698785t
5.2 Lei do resfriamento de Newton 48
5.2 Lei do resfriamento de Newton
Sobre a condução do calor, um modelo real simples que trata sobre a
troca de calor de um corpo com o meio ambiente em que o mesmo está
colocado, aceita três hipóteses básicas:
1. A temperatura T = T(t) depende do tempo t e é a mesma em todos
os pontos do corpo.
2. A temperatura Tm do meio ambiente permanece constante ao longo
da experiência.
3. A taxa de variação da temperatura com relação ao tempo t é proporcional
à diferença entre a temperatura do corpo e a temperatura do
meio ambiente.
A montagem e resolução da equação diferencial, assume verdadeiras as
hipóteses e dessa forma
dT
dt
= −k (T − Tm)
onde T = T(t) é a temperatura do corpo no instante t, Tm é a temperatura
constante do meio ambiente e k é uma constante que depende
do material com que o corpo foi construido, sendo que o sinal negativo
indica que a temperatura do corpo está diminuindo com o passar do
tempo, em relação à temperatura do meio ambiente.
Esta equação diferencial é separável, que pode ser transformada em:
dT
T − Tm
= −k dt
Integrando ambos os membros em relação à variável tempo, teremos:
ln(T − Tm) = −k t + k0
Aplicando a função exponencial a ambos os membros e tomando as constantes
embutidas em uma só, obteremos:
T(t) − Tm = C e−kt
5.3 Elementos de Eletricidade 49
e a solução da equação diferencial será
T(t) = Tm + C e−kt
Se sabemos que a temperatura inicial do corpo é T(0) = T0, então substituindo
t
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