FAMÍLIA E TRABALHO NA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA: AUSÊNCIA DE EMPREGOS E DETERIORAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE VIDA
Por: Marliza • 15/4/2015 • Trabalho acadêmico • 2.377 Palavras (10 Páginas) • 370 Visualizações
família e trabalho na reestruturação produtiva: ausência de empregos e deterioração das condições de vida
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
3 CONCLUSÃO...........................................................................................................9
REFERÊNCIAS..........................................................................................................10
INTRODUÇÃO
As transformações pela qual a sociedade em geral vem passando é nítida, o atual modelo de família, sofreu diversas mudanças. Se outrora, as famílias eram constituídas por pai (chefe) mãe (provedora e dona do lar), e filhos, sendo que o homem é que tinha as obrigações de cuidar dos negócios e a mulher era reservado o espaço apenas no âmbito domestico. Mudanças especialmente na economia tiveram contribuição para que ocorresse declínio desse modelo familiar no final do século XIX e final do século XX. Atualmente esse modelo é bem diverso.
Houve mudanças na inserção dos diferentes membros da família no mercado de trabalho. Aconteceram rearranjos familiares e alterações na relação família – trabalho, reestruturação na família, divisão social do trabalho.
A presença da mulher no mercado de trabalho vem crescendo em ritmo acelerado, além disso, o numero de famílias chefiadas por mulheres também cresceu. Ela que sempre viveu uma historia de luta contra o preconceito, e a discriminação, batalhou e continua até hoje trabalhando para ser reconhecida em sua intelectualidade e se estabelecerem pela competência, inteligência e dedicação.
A partir do momento em que a mulher passou a assumir um espaço no mercado de trabalho, houve transformações em todos os aspectos na vida de toda a sociedade.
DESENVOLVIMENTO
A sociedade é constituída por diferentes indivíduos e cada um desempenha o seu papel de acordo com o que lhe é permitido, são seres que se relacionam entre si seguindo algumas regras de convivência, geradas de acordo com algumas necessidades sociais.
Cada indivíduo procura se desenvolver, ultrapassar sua individualidade e integrar-se com os demais membros da sociedade. Sendo que cada um busca autonomia, autossuficiência e independência, cada um possui suas maneiras de viverem suas vidas, trabalham de forma diferentes e são capazes de criar e inventar coisas que possam melhorar seu padrão de vida. Pois buscam sempre aperfeiçoar-se de forma a ganhar cada vez mais, isso inclui ganhar mais tempo, mais rendimentos, mais estabilidades, melhorar o convívio com cada indivíduo que faz parte da sociedade.
As transformações ocorridas na sociedade são constantes, se inicialmente as mulheres eram excluídas da participação ativa da vida social e política, não eram permitidas a usufruírem de nenhum privilegio disponibilizado pela cidadania e não participavam de assembleias, sendo evidenciado que neste período, a divisão social do trabalho entre os sexos era muito mais nítida.
Marx, em O Capital (1982), diz que a ‘divisão social do trabalho’ diz respeito ao caráter específico do trabalho humano.
Em outros termos pode ser dizer que o termo se refere às diferentes formas em que o ser humano, ao viver em sociedade produz e reproduz a vida. Essa convivência em sociedade tem feito com que o ser humano, mude seus hábitos, seus comportamentos e seus preceitos a fim de readaptar-se na nas novas formas de viver em sociedade.
A relação família – trabalho tem passado por diversas transformações.
“Algumas dessas transformações na família já anunciada nos anos 80 acentuaram-se na Região Metropolitana de São Paulo no inicio dos anos 90, tais como a redução da proporção das famílias compostas por casais e filhos e o crescimento das famílias nucleadas por “chefes de família” sem cônjuge, masculinos ou femininos, não obstante a predominância dos últimos e o aumento no numero de domicílios unipessoais” (Montali, 1998 a).
Houve uma expressiva queda nos níveis de fecundidade especialmente entre os anos de 1965 a 1975, ocorrendo também mudanças nos padrões familiares, onde também se verificou um aumento no numero de separações e proporção de famílias monoparentais em especial aquelas chefiadas por mulheres. E ainda há uma diversidade de modelos familiares na contemporaneidade, além das famílias monoparentais que é quando a entidade familiar é formada por um dos pais e também a família homoparental, que é a situação na qual ao menos um indivíduo homossexual assume a responsabilidade por uma criança. É fundamental considerar que o desejo de constituir família e ter filhos não é exclusivo dos casais heterossexuais, e, cada vez mais se observa casais homossexuais recorrendo à adoção a fim de sua concretização.
Não por acaso essas mudanças que vem acontecendo nas estruturas familiares são retratos dos novos papeis que a mulher vem assumindo perante a sociedade, e também as expectativas criadas em relação a ela. Estas conquistas que a mulher vem obtendo no mercado de trabalho estão ligadas também com oportunidades crescentes na absorção, mesmo em que as atividades desempenhadas pelas mulheres no mercado de trabalho estejam ainda concentradas em determinadas atividades e setores.
Assim sendo, o crescimento das famílias chefiadas por mulheres demonstra que a mulher esta conquistando sua autonomia e independência e já consegue mesmo que com dificuldade sustentar sua família, pois uma grande parcela das famílias chefiadas por mulheres apresentam nível acentuado de pobreza.
Mas essa mudança ocorrida nas famílias não foi somente a mulher que se inseriu no mercado de trabalho, mas também outros componentes da família além do chefe. É possível fazer essa afirmação porque estudos realizados na década de 80 mostraram esse comportamento, e ainda estudo realizados pelo IBGE (1995) também mostraram que na mesma década de 80 cresceu no país o numero de pessoas que trabalhavam na família, sendo que este aumento passou de 44,3% em 1981 para 48,5% em 1989.
Desta forma, reduziu-se o numero de famílias em que apenas um membro trabalhava. Essa redução baixou de 46,8% em 1981, para 42,4% em 1989.
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