FILME QUANTO VALE OU É POR QUILO
Por: Thais Sousa • 11/6/2019 • Trabalho acadêmico • 1.052 Palavras (5 Páginas) • 513 Visualizações
INTRODUÇÃO
QUANTO VALE OU É POR QUILO
O trabalho escravo foi sim substituído pelo trabalho livre, e que a discriminação não vem apenas das instituições, ela é um instrumento estrutural, pois opera também no inconsciente. É uma forma de opressão ‘naturalizada’ e que vai perpassar todos os outros elementos sociais, se fizermos qualquer recorte racial na população brasileira, iremos identificar o racismo ali presente. Um filme excelente que demonstra claramente a problematização da cidadania no Brasil com a comparação entre o Brasil colonial e o de hoje.
O filme não é moralista, por isso não toma partido do certo e do errado. O filme não apresenta perspectiva, a revanche está no fato de o explorado querer que o explorador também sofra. Mostra a lei sempre a favor dos ricos e poderosos. O sequestro aparece como um grito de desespero de uma sociedade que não sabe como fugir de tanta exploração. O filme apresenta o capitão do mato como vivo, ativo e servindo, forçado pela situação social, aos desmandos dos grandes senhores de hoje.
DESENVOLVIMENTO
TÉCNICA DO FILME
Titulo Quanto vale ou é por quilo?
Ano de produção 2005
Dirigida por Sergio Bianchi
Estreia 2005
Duração 110 minutos
Gênero Drama
País de origem Brasil
ESTRUTURA NARRATIVA
Fazendo uma analogia entre a realidade atual e escravagista, o filme faz um recorte desses dois contextos, que por fim se complementam em nossa atual conjuntura.
Enquanto que no passado a exploração se fazia sobre o comercio de escravos e as relações sociais e econômicas estabelecidas, sua atualidade se faz pela exploração das mazelas que isso decorreu, quando se faz um comercio da miséria através da promoção de lucratividade corrupta por trás do marketing social.
Negros em busca da carta de alforria, detinham sua liberdade na mão daqueles que podiam paga-la, trazendo a estes uma imagem heroína e solidaria por trás do comercio e exploração que ali se movimentava. Exemplificando aqui o que se passa na realidade atual, quando a partir de nossas relações sociais e classes estabelecidas, a população negra ainda se encontra majoritariamente em situação subalterna, a margem social, tendo suas demandas exploradas pela geração de lucros.
Os navios negreiros, simbolizando o caminho da população negra para a colonização e exploração escravista, se retratam na realidade da vida em cárcere hoje, nos presídios. Quando essa população em meio as desigualdades que nossa estrutura reproduz, acabam a mercê da realidade que seu meio conduz. Sendo aqui, o caminho para a criminalidade que nossa estrutura alimenta em meio a marginalização, o reflexo dos presídios, nosso navio negreiro! E como o tráfico de escravos, os presídios acabam por representar a manutenção de lucratividade sobre esta população.
Em meios a essas realidades, cabe ao oprimido maneiras de sobrevivência, mesmo que contra os seus. A mercê dos senhores,
Uma analogia entre o antigo comércio de escravos e a atual exploração da miséria pelo marketing social, que forma uma solidariedade de fachada. No século XVII um capitão-do-mato captura uma escrava fugitiva, que está grávida. Após entregá-la ao seu dono e receber sua recompensa, a escrava aborta o filho que espera. Nos dias atuais uma ONG implanta o projeto Informática na Periferia em uma comunidade carente. Arminda, que trabalha no projeto, descobre que os computadores comprados foram superfaturados e, por causa disto, precisa agora ser eliminada. Candinho, um jovem desempregado cuja esposa está grávida, torna-se matador de aluguel para conseguir dinheiro para sobreviver.
TESES
PALAVRAS – CHAVE EM RELAÇÃO AS TESES
• Industria Cultural
• Entidades assistenciais
• Escravidão
• Relações gênero
• Poder paralelo
• Preconceito racial
• Relações raciais
• Corrupção
FRASES E OU CENAS DE RELEVO QUE EXPLICAM AS TESES
“Com a recompensa pela escrava fugida, o capitão do mato pode agora criar seu filho, alimentá-lo e educá-lo com dignidade e lierdade”.
“...tapar a boca fazendo com que os escravos
...