Fisioterapia Exemplos de uso

DESENVOLVIMENTO

Estudo de caso

Para que haja conduta ética é preciso conhecer a diferença entre bem e mal, certo e errado, permitido e proibido, virtude e vício. A consciência conhece tais diferenças e julga o valor dos atos e das condutas e de agir em conformidade com os valores morais, sendo por isso responsável por suas ações e seus sentimentos pelas consequências do que faz e sente.

Consciência e responsabilidade são condições indispensáveis da vida ética. A consciência moral manifesta-se, antes de tudo, na capacidade para deliberar diante de alternativas possíveis, decidindo e escolhendo uma delas antes de lançar-se na ação.

Tem a capacidade para avaliar e pesar as motivações pessoais, as exigências feitas pela situação, as consequências para si e para os outros, a conformidade entre meios e fins, a obrigação de respeitar o estabelecido ou de transgredi-lo se o estabelecido for moral ou injusto. A vontade é esse poder deliberativo e decisório do agente moral.

Para que se exerça tal poder sobre o sujeito moral, a vontade deve ser livre, isto é, não pode estar submetida à vontade de um outro nem pode estar submetida aos instintos e às paixões, mas, ao contrário, deve ter poder sobre eles e elas. O campo ético é, assim, constituído pelos valores e pelas obrigações que formam o conteúdo das condutas morais, isto é, as virtudes. Estas são realizadas pelo sujeito moral, principal constituinte da existência ética.

Muitos profissionais em várias especialidades na área da saúde têm condutas inapropriadas quanto a ética e mesmo a moral. No estudo de caso apresentado em sala de aula, relata a história de um senhor de 75 anos que foi levado a um hospital e diagnosticado pela equipe de profissionais com severo acidente vascular cerebral. O paciente foi encontrado caído em uma viela e desprovido de documentos pessoais para identificá-lo.

Sem conhecimento dos familiares, o senhor fica hospitalizado durante um mês, e após passado esse período, é levado em seguida a uma casa de idosos. A casa de idosos contava somente com a presença de um médico que por la passava semanalmente.

Felizmente um grupo de fisioterapeutas estudantes e profissionais pertencente a faculdade ao lado, foram fazer uma visita na casa,e conhecendo a história deste senhor, iniciaram um tratamento.Com o passar do tempo, o paciente obteve muitas melhoras, pois conseguia exprimir por gestos e resmungos seus desejos.

Um dos fisioterapeutas do grupo resolveu se distanciar da equipe, e passou a ir sozinho testar sua técnica inovadora ao paciente sem comunicar nenhum integrante do grupo.Com essa técnica, o paciente obteve outras melhoras, mas como lhe causava dor o tratamento, toda vez que a equipe ia visita-lo para iniciar a seção do grupo , o mesmo apresentava muito medo e suas expressões e gestos diminuíram.

Aproveitando-se do quadro em que o paciente se encontrava, o fisioterapeuta inflige os códigos da bioética- a informação é a base das decisões autônomas do paciente, necessária para que ele possa consentir ou recusar medidas ou procedimentos de saúde que lhe foram propostos.

Códigos éticos relacionados ao estudo de caso

No item I do artigo 14 do COFFITO (Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional) se estabelece o seguinte: respeitar a vida humana desde a concepção até a morte, jamais cooperando em ato em que voluntariamente se atente contra ela, ou que coloque em risco a integridade física, psíquica, moral, cultural e social do ser humano ou sua inclusão sócio-comunitária. Analisando esse artigo, pode-se perceber que o fisioterapeuta colocou em risco a integridade psíquica do paciente, pois ele começou a apresentar medo ao tratamento.

E no item IV se estabelece o seguinte: respeitar o princípio bioético de autonomia, beneficência e não maleficência do cliente / paciente / usuário de decidir sobre a sua pessoa e seu bem estar. Mesmo causando dor ao paciente, o fisioterapeuta não parou de usar a sua técnica.

Item III do artigo 15 se estabelece: É proibido ao fisioterapeuta divulgar e prometer terapia infalível, secreta ou descoberta cuja eficácia não seja comprovada. O fisioterapeuta escondeu sua técnica de toda sua equipe executando seu trabalho em horários diferentes.

Item VI do artigo 44 estabelece o seguinte: é proibido ao fisioterapeuta quando atuando em pesquisa promover ou participar de atividade de ensino ou pesquisa em que direito inalienável do ser humano seja violado, ou acarrete risco à vida ou dano a sua saúde, à participação social ou ao meio ambiente respeitando as normas ético-legais em vigor. Com relação a este item, pode-se perceber que o fisioterapeuta estava colocando em risco a saúde do paciente, pois sua expressão verbal foi reduzida e estava mais acanhado.

No artigo 53 estabelece o seguinte para o profissional que não cumprir as regras: Ao infrator deste Código, são aplicadas as penas disciplinares previstas no artigo 17, da Lei nº. 6.316, de 17 de dezembro de 1975.

Premissas éticas importantes na relação com o paciente:

• Respeitar