GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Ensaios: GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: RAYFANTICELLI • 3/9/2014 • 1.422 Palavras (6 Páginas) • 207 Visualizações
Conforme a Resolução da Diretoria Colegiada, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária/ANVISA – RDC Nº 306, de 07 de Dezembro de 2004, os resíduos do grupo E são constituídos por materiais perfurocortantes como objetos e instrumentos contendo cantos, bordas, pontos ou protuberâncias rígidas e agudas capazes de cortar ou perfurar.
Exemplos: Lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares, micropipetas, lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares.
2.1 Geração
Os resíduos sólidos perfurocortantes, entre outros, são gerados por estabelecimentos de assistência à saúde humana ou animal diversos. Alguns destes estabelecimentos definidos pela Anvisa (RDC nº 306/04) e Conama (RDC nº 358/05) são os seguintes:
• Os serviços de assistência domiciliar e de trabalho de campo;
Agulhas descartáveis, ampolas de vidro, tubos de coleta sanguínea.
• Necrotérios, funerárias e serviços onde se realizam atividades de embalsamento;
Agulhas descartáveis, escalpes, ampolas de vidro.
• Hospitais e serviços de medicina legal;
Agulhas descartáveis, escalpes, ampolas de vidro, lâmina de bisturi, espátulas, pinças, bolsa de sangue, etc.
• Drogarias e farmácias, inclusive as de manipulação;
Agulhas e seringas, espátulas, ampolas, lâminas.
• Laboratórios, estabelecimentos de ensino e pesquisa na área da saúde;
Agulhas e seringas, escalpes, ampolas de vidros, tubos capilares, pinças, espátulas, pipetas, tubos de coleta sanguínea, placas de petri, etc.
• Centro de controle de zoonoses;
Agulhas descartáveis, escalpes, ampolas de vidro, pinças, lâmina de bisturi.
• Distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro;
Agulhas descartáveis, escalpes, ampolas de vidro, lâmina de bisturi, broca, pontas diamantadas, limas endodônticas...
• Unidades móveis de atendimento à saúde;
Agulhas descartáveis, ampolas de vidro, tubos de coleta sanguínea,
• Serviços de acupuntura;
Agulhas e seringas descartáveis.
• Serviços de tatuagem, dentre outros similares.
Agulhas e seringas descartáveis, escalpes.
2.2 Segregação
A segregação consiste na separação dos resíduos após sua geração, de acordo com o risco biológico, físico e químico.
A correta segregação dos RSS é condição básica para o êxito ou o fracasso do processo manejo em seu conjunto, e no momento e local de sua geração, permite reduzir o volume de resíduos perigosos e a incidência de acidentes ocupacionais, dentre outros benefícios à saúde pública e ao meio ambiente.
2.3 Minimização
Necessidade de estimular a minimização da geração de resíduos, promovendo a substituição de materiais e de processos por alternativas de menor risco, a redução na fonte e a reciclagem, entre outras.
2.4 Acondicionamento
Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos e recipientes resistentes à ruptura e vazamento, impermeável, respeitados os limites de peso para cada saco, sendo proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento.
Os resíduos perfurocortantes devem ser acondicionados separadamente, no local de sua geração, imediatamente após o uso, em recipiente rígido, estanque, resistente a punctura, ruptura e vazamento, impermeável com tampa, contendo a simbologia.
2.5 Armazenamento Intermediário
Os recipientes de coleta interna, assim como os locais de armazenamento, devem ser colocados em locais de fácil visualização, de forma durável, utilizando símbolos, cores e frases, além de outras exigências relacionadas à identificação de conteúdos e aos riscos específicos de cada grupo de resíduos.
Os resíduos perfurocortantes devem ser descartados em recipientes de paredes rígidas, com tampas resistentes a autoclavação. Estes recipientes devem estar localizados tão próximo quanto possíveis da área de uso dos materiais.
Os recipientes devem ser identificados com etiquetas autocolantes, contendo informações sobre o laboratório de origem, técnico responsável pelo descarte e a data do descarte.
2.6 Tratamento Prévio
Há tratamento específico dos RSS de acordo com a contaminação química, radiológica e biológica.
Os resíduos perfurocortantes contaminados com agente biológico Classe de Risco 4, microrganismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido, devem ser submetidos a tratamento, utilizando-se processo físico ou outros processos que vierem a ser validados para a obtenção de redução ou eliminação da carga microbiana, em equipamento compatível com Nível de Inativação Microbiana. Dependendo da concentração e volume residual de contaminação por substâncias químicas perigosas, estes resíduos devem ser submetidos ao mesmo tratamento dado à substância contaminante.
Os resíduos contaminados com radionuclídeos devem ser submetidos ao mesmo tempo de decaimento do material que o contaminou.
As seringas e agulhas utilizadas em processos de assistência à saúde, inclusive as usadas na coleta laboratorial de amostra de
...