Habitos Alimentares
Artigos Científicos: Habitos Alimentares. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: mariechico • 30/11/2014 • 2.064 Palavras (9 Páginas) • 1.889 Visualizações
FACULDADE DE NUTRIÇÃO
HABITOS ALIMENTARES NA REGIÃO CENTRO OESTE
Glaucia
Ivanise
Jéssica
Kessi
Luciana Gonçalves
Mariana
Tatiane
Viktor
CUIABÁ, 23/09/2014
Sumário
INTRODUÇÃO 3
Desenvolvimento 4
CONCLUSÃO 10
BIBLIOGRÁFIA 11
INTRODUÇÃO
O objetivo desse trabalho e expor os hábitos alimentares da região centro- oeste e as sua influencias.
De acordo com o tratado de Tordesilhas, acordo que dividia o novo mundo entre Portugal e Espanha, a área que hoje compreende a região Centro-Oeste (Mato Grosso, Mato grosso do sul e Goiás) não pertencia aos portugueses, eles por sinal não valorizavam muito a região e exploravam apenas a costa e o interior próximo do Brasil.
Somente no século XVIII os portugueses passam a se interessar pelo interior do Brasil. Esse desinteresse reflete diretamente nos hábitos alimentares do povo daquela região e por seguinte na evolução da Gastronomia regional.
Diferentemente das regiões costeiras, o Centro-Oeste sofre forte influência gastronômica da Argentina, Paraguai e Bolívia paises que fazem fronteiras com a região, porém o principal fator de influencia é o rio Paraguai que corta toda região pantaneira e serve de via de comunicação com essas áreas. Desses paises chegam diversos artigos que compõem a culinária pantaneira na região, como, a chipa, a saltenha, o pucheiro e o locro os últimos três certamente de origem espanhola. O pucheiro e o locro, dois guisados, um de origem argentina outro com origem paraguaia, possivelmente guardam um parentesco com o tradicional pucheiro espanhol em função do preparo, porém se diferenciam pelos ingredientes, possivelmente foi uma transformação gradativa durante a caminhada espanhola pela América em função da dificuldade de acesso aos ingredientes e adaptações ao paladar regional.
Formada pelos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. Povoada por diversas culturas, a região centro-oeste tem uma culinária variada, e não deixa de ter pratos típicos em seus estados.
Desenvolvimento
O Centro-Oeste brasileiro engloba três dos biomas mais ricos do Brasil, a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal. A população que se estabeleceu nessa região desenvolveu ao longo dos séculos saborosos métodos de preparar ingredientes exclusivos do Centro-Oeste, que infelizmente passam desapercebidos para a maioria dos brasileiros. É o caso do perigoso pequi, popularíssimo entre os goianos e que pode deixar a boca de não-iniciados repleta de espinhos. Ou da amarga guariroba, uma espécie de palmito acinzentado.
A culinária dessa região de biodiversidade riquíssima é uma mistura das cozinhas indígena, portuguesa, paulista, mineira, nordestina e paraguaia. Os índios, habitantes originais da região, colaboraram com seus pratos à base de peixe e mandioca. Os descobridores portugueses com a doçaria. Os bandeirantes paulistas com as carnes secas e as farofas (de banana, de carne, de ovo).
Os mineiros trouxeram pratos à base de porco, como o arroz com suã. Dos espanhóis veio o puchero, cozido com carnes variadas e grão de bico. E como a sul-mato-grossense Campo Grande chegou a abrigar a terceira maior colônia japonesa no Brasil, a culinária local têm heranças dos japoneses, como o sobá, espécie de sopa de omelete, carne de porco e macarrão frito, e o uso de shoyo em alguns pratos e na mandioca cozida.
Tereré, versão gelada do chimarrão, consumido na região pantaneira
Dos vizinhos paraguaios, a região Centro-Oeste herdou a chipa, pão de queijo mais seco que o mineiro em forma de ferradura com pedaços de queijo meia cura ou goiabada dentro, a sopa paraguaia (que de sopa não tem nada, pois é uma torta) e o tereré, bebida largamente consumida no Pantanal e que é uma versão gelada do chimarrão gaúcho.
O tereré (pronuncia-se tererê) é feito com o mate menos moído e menos processado que o do chimarrão. A bomba tem furos maiores, e a bebida é servida na guampa, chifre de boi cortado.
A tradição do Cerrado reserva surpresas como o empadão goiano, o arroz-de-puta-rica e a pamonha salgada. O Pantanal, por sua vez, “esconde” pratos como a mojica de pintado do Mato Grosso e o furrundum, doce feito com o tronco do mamão.Em alguns lugares do Pantanal a carne de jacaré é consumida ensopada.
Goiás, a cozinha do Cerrado
A maior parte do Cerrado brasileiro se encontra em Goiás. Graças à interação centenária da população com a natureza, muitos ingredientes foram descobertos e incorporados à alimentação goiana. A cozinha do Cerrado nasceu da integração dos índios goyases que viviam na região, dos bandeirantes paulistas que por ali passaram na rota do ouro, dos vizinhos mineiros e nordestinos que foram atraídos pela promessa de vida nova após a inauguração da capital federal, e dos descobridores portugueses. Ou seja, a cozinha do Cerrado é marcada pela diversidade, pela miscigenação e pela peculiaridade.
São centenas de pratos típicos da região: empadão, pamonha goiana (salgada, com queijo ou linguiça), leitão à pururuca, churrasco e os pratos à base do pequi são os mais conhecidos. Os doces, influência portuguesa que sofreu adaptações com as frutas locais, têm nomes como Alfenim e Pastelim (versão com doce de leite do pastel de Belém).
Nada, porém, se compara a uma fruta local - o pequi. Parecidos com pequenos ovos amarelos, as sementes do pequi são usadas em pratos salgados e doces e licores. são muito populares o tradicional arroz de pequi e a galinhada com pequi.
O Cerrado, porém, não é só pequi. Outro ingrediente bastante valorizado pelos goianos é a guariroba. Para quem não conhece, a guariroba parece um palmito acinzentado. À boca, ela se mostra bastante amargo – mas nem
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