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Industria Da Cerâmica E Do Vidro

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Por:   •  21/8/2014  •  9.399 Palavras (38 Páginas)  •  260 Visualizações

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Sumário

As matérias-primas minerais básicas são consumidas em grande volume e em diversidade na indústria de vidro e cerâmica e vem ganhando importância dentro do processo de aprimoramento da competitividade e da modernização tecnológica do setor, que se amplia para o abastecimento interno e se qualifica para a exportação. O presente trabalho aborda o perfil destas indústrias, com ênfase nos processos de produção e a sua relação com o meio ambiente. Serão abordadas ainda aspectos como propriedades físicas e composição química, história e seu surgimento, bem como tipos de vidro e tipos de cerâmica.

Para melhor entendimento dividiu-se o trabalho em dois capítulos, sendo o primeiro da industria de vidro e o segundo da industria de cerâmica.

Introdução

A produção atual de cerâmicos e vidros não se esgota nos produtos tradicionais de elevada tonelagem de fabrico (tijolos, pavimentos, sanitários, garrafas, etc.), tão conhecidos do grande público. O mundo dos materiais cerâmicos modernos inclui hoje em dia muitos outros produtos essenciais ao desenvolvimento de tecnologias avançadas (substratos e componentes para a indústria eletrônica, próteses para medicina, materiais de elevada resistência mecânica para máquinas de corte e desbaste, etc.). O seu fabrico exige inovação permanente e um maior rigor em termos de controlo. Mesmo relativamente aos produtos tradicionais persistem importantes desafios em termos de desenvolvimento de novas soluções tecnológicas, que permitam o respectivo fabrico a custos mais baixos e com qualidade acrescida.

O vidro é uma das substâncias mais versáteis na Terra, usados em muitas aplicações e em uma ampla variedade de formas, de vidro liso temperado e as variedades de cor, e assim por diante.

Aprendeu-se mais a respeito do vidro e de seu processamento nos últimos 30 anos que durante toda a história precedente da tecnologia. Os vidros são hoje utilizados em quase todos os aspectos das atividades humanas; em casa, na ciência, na indústria e mesmo em arte, pois eles podem ser ajustados às suas finalidades.

A tecnologia desenvolvida e aplicada ao vidro permitiu que ele adquirisse novas vantagens em relação a outros materiais. Seu peso foi sensivelmente reduzido, ao mesmo tempo em que se tornou mais resistente. E como embalagem, o vidro é o único material que corresponde plenamente a duas características essenciais das embalagens modernas: protege a natureza e protege o consumidor, não contaminando o produto embalado, não exigindo aditivos para proteção da embalagem e deixando visível o seu interior.

A cerâmica, que é praticamente tão antiga quanto a descoberta do fogo, mesmo utilizando os antigos métodos artesanais, pode produzir artigos de excelente qualidade. Nos últimos anos, acompanhando a evolução industrial, a indústria cerâmica adotou a produção em massa, garantida pela indústria de equipamentos, e a introdução de técnicas de gestão, incluindo o controle de matérias-primas, dos processos e dos produtos fabricados.

História do Vidro

O surgimento do vidro é incerto, mas registros do historiador romano Plinio atribuem esta descoberta a navegadores fenícios, que ao acenderem fogueiras nas areias do rio Belo sobre a qual apoiaram blocos de nitrato de sódio (que serviam para segurar suas panelas), o fogo, aliado à areia e a o nitrato de sódio, originou, pela primeira vez acredita-se, um líquido transparente, o vidro.

O que se sabe com certeza é que sírios, fenícios e babilônios já utilizavam vidro desde 7.000 a.C., mas foi no Egito antigo, por volta do ano 1.500 a.C., que o vidro começou a crescer, utilizado como adorno pessoal, jóia e embalagem para cosméticos. Algumas dessas peças foram encontradas, em perfeito estado de conservação, no sarcófago de Tutancamon. Por ser naquela época a civilização dominante, os egípcios acabaram difundindo o vidro e a sua técnica de fabricação para outros povos.

A revolução na produção aconteceu em 100 a.C., quando os fenícios inventaram o tubo de sopro, permitindo a fabricação da maioria dos objetos.Na mesma época, os romanos massificaram o uso do vidro, com a produção de objetos de uso cotidiano e a sua utilização em janelas.Com o declínio do Império Romano, o vidro passou por uma fase de pouco desenvolvimento, mas voltou à evidência no começo da Idade Média, quando as igrejas católicas começaram a usar vitrais coloridos.

Em seguida, Veneza assumiu o papel de centro vidreiro do mundo ocidental. A importância econômica dessa indústria levou à proibição de artesãos estrangeiros na cidade, culminando com a transferência, em 1291, de toda a indústria vidreira para Murano, com o propósito de preservar as fórmulas secretas, transmitidas de pai para filho.

A era de modernidade do vidro começou no século XVII, com a contribuição de vários países no aperfeiçoamento tecnológico, como a utilização em instrumentos ópticos, a descoberta do vidro "float", técnica de produção de vidros em chapas com absoluta perfeição. Em 1650 houve o aperfeiçoamento da rolha, aumentando o uso do vidro como recipiente para acondicionar bebidas.

Com a Revolução Industrial, o vidro assumiu um papel definitivo na história da humanidade. Basta olhar à volta e será possível ver o vidro presente em janelas, pára-brisas de automóveis, telas de computadores e televisões, copos, entre incontáveis outras aplicações. O modo de vida do homem moderno seria praticamente impossível sem o vidro.

Composição química do vidro

As composições individuais dos vidros são muito variadas, pois pequenas alterações são feitas para proporcionar propriedades específicas, tais como índice de refração, cor, viscosidade etc. O que é comum a todos os tipos de vidro é a sílica, que é a base do vidro.

A tabela abaixo dá uma noção das possíveis variações na composição deste material, levando em conta os tipos mais comuns de vidro.

Tabela 01: Composição química de diferentes tipos de vidros (VAN VLACK, 1973)

As estruturas dos vidros são baseadas, na sua maioria, numa cadeia de tetraedros de SiO2. Entretanto, existem outros elementos na composição do vidro, que podem ser classificados em: formadores de rede, intermediários e modificadores.

Tabela

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