Intervenção humana na evolução
Tese: Intervenção humana na evolução. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 1/12/2014 • Tese • 1.198 Palavras (5 Páginas) • 7.259 Visualizações
Intervenção humana na Evolução:
Na natureza, seres que desenvolvem características que facilitem sua sobrevivência levam vantagem em relação aos outros para sobreviver. Por exemplo, numa espécie de ursos que moram em uma região polar, coberta de gelo, todos os ursos têm a pelagem marrom. Contudo, um dia, nasce um urso com pelagem branca. Esse urso consegue se camuflar melhor e tende a caçar animais com maior facilidade. Consequentemente, ele consequirá se alimentar e possivelmente, alcançará a idade de procriação. Cruzando-se com uma fêmea, poderá nascer um outro indivíduo branco. O que acontece, com o tempo, é uma seleção desses indivíduos. Gradualmente, eles dominarão o ambiente. Mas esse processo é bastante lento. Muitas vezes, porque não existe uma "força"externa que selecione os indivíduos mais aptos (no caso, os indivíduos com pelagem branca). A esse processo se dá o nome de seleção natural.
Contudo, com a criação de novas tecnologias pelo homem, passou a ocorrer um tipo de seleção mais agressivo pela nossa espécie, que ocorre fora da natureza, de maneira mais rápida. Essa intervenção humana, que seleciona os animais mais aptos artificialmente, se dá de diferentes maneiras. Um exemplo seria a seleção de pragas cada vez mais resistentes pelo uso de venenos. Isso ocorre, por exemplo, com o uso de venenos contra baratas. Muitas baratas são atacadas com venenos, na detetização, por exemplo. Muitas delas morrerão. Contudo, um pequeno número delas, talvez uma, sobreviverá. Porque ela tinha genes que a tornavam mais resistente do que as outras. Isto estava lá, mas nunca havia sido usado. Se essa barata sobreviver, ela passará esse gene para seus descendentes, o que torna a nova população de baratas resistentes. Mas lembre-se: não é o humano que força o animal a evoluir, ele apenas representa uma "força", inexistente na natureza, que acelera a evolução, selecionando violentamente algumas populações de seres.
Expectativa vegetal:
Durante o final do período cambriano, algumas algas verdes evoluíram em formas multicelulares muito maiores com complexas estruturas reprodutivas. A evolução tanto das algas vermelhas como das verdes continuou Siluriano e Devoniano adentro. Nesta época encontramos algas com um arranjo de ramos, como em um verticilo, que as fez começar a se parecerem com os organismos que atualmente reconhecemos como plantas terrestres.
Diferentemente ao que ocorreu com os animais, a conquista da terra por parte das plantas, ocorreu apenas uma vez. As plantas terrestres, as embriófitas, são um grupo monofilético, mais estreitamente relacionadas com as Charophyceae, um pequeno grupo de algas verdes, em sua maioria de água doce. Com Charales ou Zygnematales ou Coleochaetales ou (ou um grupo contendo estas duas últimas) sendo provavelmente o grupo irmão das plantas modernas. Apesar das relações internas do grupo ainda serem debatidas, provavelmente as hepáticas seriam o táxon mais basal, com os musgos ou os antóceros sendo o grupo irmão das plantas vasculares, as traqueófitas.
A invasão efetiva de ambientes terrestres secos só ocorreria a partir da evolução de certas adaptações essenciais, principalmente tecidos vasculares que possibilitaram o transporte mais efetivo de água e nutrientes, como o xilema, estrutura pela qual a água se move para cima a partir das raízes para o resto da planta. Como o xilema consiste de células com espessas paredes celulares capazes de suportarem uma planta que cresce na terra, esta adaptação acabou servindo de base para a evolução de tecidos lenhosos muito fortes característicos das árvores. Estes grupos que consistem nas primeiras plantas terrestres parecem ter surgido há cerca de 476 milhões de anos, no paleozóico médio e, as primeiras plantas vasculares, as Rhynias, apareceram no siluriano tardio e se diversificaram durante o devoniano. Período este, aliás, que além de ser considerado a era dos peixes, caracterizou-se também pela acentuada diversificação das plantas.
Neste período os licopódios e as cavalinhas apareceram pela primeira vez, juntamente com as plantas chamadas Psilophyton, que possuíam um eixo principal que produzia ramos laterais, provavelmente sendo estes os ancestrais (ou um ramo colateral próximo) de todos os grupos dominantes mais tardios, incluindo fetos arborescentes e pró-gimnospermas, a partir dos quais, provavelmente, as plantas de sementes evoluíriam mais tarde. Antes, porém, os licopódios e cavalinhas tiveram seu auge durante o carbonífero.
A segunda adaptação das plantas necessária para bem sucedida conquista da terra foi a evolução de um método de reprodução independente da água. As plantas mais antigas e primitivas dependem de uma fase aquática na qual as células reprodutivas podem nadar de uma planta para outra permitindo a fertilização. A independência da água foi conseguida através da evolução do pólen, sistema de transporte do gameta masculino, e das sementes que ao encapsular o embrião da planta em desenvolvimento mantinham-no em um ambiente nutritivo e bem protegido.
As primeiras plantas com sementes pertenciam a três grupos que também apareceram durante o carbonífero: (i) Os fetos arborescentes (pteridospermas), por exemplo, chegavam medir entre 12 e 15 metros de altura e persistiram até o Jurássico; (ii) as cordaites, um gênero de gminospermas primitivas, eram árvores de 5 à10 metros de altura, com folhas em forma de cinta, e as coníferas, os familiares pinheiros, abetos que ainda podemos ver hoje em dia; e, finalmente, (iii) as angiospermas, as plantas com flores que apareceram no final do cretáceo e evoluíram durante a era cenozóica e são hoje as plantas que dominam as paisagenes atualmente.
Seleção Natural:
A ação da seleção natural consiste em selecionar indivíduos mais adaptados a determinada condição ecológica, eliminando aqueles desvantajosos para essa mesma condição.A expressão mais adaptado refere-se à maior probabilidade de determinado indivíduo sobreviver e deixar descendentes em determinado ambiente.
A seleção natural atua permanentemente sobre todas as populações. Mesmo em ambientes estáveis e constantes, a seleção natural age de modo estabilizador, está presente, eliminando os fenótipos desviantes.
Entretanto, o ambiente não representa um sistema constante e estável, quer ao longo do tempo, quer ao longo do espaço, o que determina interações diferentes entre os organismos e o meio.
Essa heterogeneidade propicia diferentes pressões seletivas sobre o conjunto gênico da população, evitando a eliminação de determinados alelos que, em um ambiente constante e estável, não seriam mantidos. Dessa forma, a variabilidade genética sofre menor redução.
É o que acontece com a manutenção na população humana de certos alelos que normalmente seriam eliminados por serem pouco adaptativos. Um exemplo é o alelo que causa uma doença chamada anemia falciforme ou siclemia.
Essa doença é causada por uma alelo que condiciona a formação de moléculas anormais de hemoglobina com pouca capacidade de transporte de oxigênio. Devido a isso, as hemácias que as contêm adquirem o formato de foice quando a concentração de oxigênio diminui. Por essa razão são chamadas hemácias falciformes.
Os heterozigóticos apresentam tanto hemácias e hemoglobinas normais como hemácias falciformes. Apesar de ligeiramente anêmicos, sobrevivem, embora com menor viabilidade em relação aos homozigóticos normais.
Em condições ambientais normais, o alelo para anemia falciforme sofre forte efeito seletivo negativo, ocorrendo com baixa freqüência nas populações. Observou-se, no entanto, alta freqüência desse alelo em extensas regiões da África, onde há grande incidência de malária.
Essa alta freqüência deve-se à vantagem dos indivíduos heterozigotos para anemia falciforme, pois são mais resistentes à malária. Os “indivíduos homozigóticos normais” correm alto risco de morte por malária enquanto os “indivíduos homozigóticos para a anomalia” morrem de anemia. Os heterozigóticos, entretanto, apresentam, sob essas condições ambientais, vantagem adaptativa, propiciando a alta taxa de um alelo letal na população
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