Natureza
Seminário: Natureza. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: mathildemoraes • 27/8/2013 • Seminário • 331 Palavras (2 Páginas) • 348 Visualizações
O primeiro aviso veio do espaço: “a Terra é azul”, constatou o cosmonauta soviético Yuri Gagarin, em 1961. Mais recentemente, um novo alerta começou a ecoar do fundo dos oceanos: a mergulhadora e bióloga marinha norte-americana Sylvia Earle advertiu que “sem azul não há verde”. No ano passado, na Rio+20, pela primeira vez, a preocupação com as águas salgadas foi levada à mesa de debates e entrou no documento final da conferência.
Apesar de 70% do planeta ser coberto por água, hoje apenas 2,3% dessa extensão está protegida, segundo relatório de 2012 das ONGs globais Th e Nature Conservancy e World Conservation Monitoring Centre. A meta mundial era ter chegado no ano passado a 10%. Mas os avanços tímidos até 2010 fizeram com que o prazo fosse estendido para 2020. Embora os tipos de unidades de conservação variem, há poucos parques marinhos dedicados à conservação de espécies no mundo. Porém nos últimos anos eles estão proliferando: em 1971, havia 12; em 1985, 23; em 2006, 57; e em 2013, eles já são 88.
A última novidade veio da Austrália, em janeiro. O país-ilha elevou as áreas de proteção marinha a outro nível de escala, oficializando a criação de uma rede de parques marinhos nacionais que somam mais de 2,3 milhões de quilômetros quadrados, abrangendo um terço do seu território marítimo.
Até 2010, a maior reserva do tipo ficava no arquipélago britânico de Chagos, no Oceano Índico, com 545 mil quilômetros quadrados. Mas, em 2012, as Ilhas Cook (associadas à Nova Zelândia) dobraram essa marca com a expansão do seu parque marinho para 1,1 milhão de quilômetros quadrados (o tamanho do Egito). Quase simultaneamente a Nova Caledônia francesa formalizou a proteção de uma área de 1,4 milhão de quilômetros quadrados. Ambas, entretanto, estão distantes de
concentrações humanas. Esse não é o caso da Austrália e de grande parte dos países, já que cerca de 40% da população mundial vive a até 100 quilômetros da costa, segundo dados de 2012 do Secretariado da Convenção sobre Diversidade Biológica.
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