Neoliberalismo
Artigo: Neoliberalismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: a.kauffmann • 15/12/2013 • Artigo • 1.181 Palavras (5 Páginas) • 236 Visualizações
Neoliberalismo
O Estado Liberal começa a perder a sua rigidez quando as grandes potências econômicas mundiais passaram a adotar medidas protecionistas. A Primeira Guerra Mundial e a Grande Depressão (1929) repercutiram negativa e profundamente na economia mundial na primeira metade dos anos 30. Isso resultou em uma revisão do pensamento liberal.
A economia norte-americana passava por um período de prosperidade até 1929. A produção aumentou e os preços se mantiveram. Isso resultou em um aumento do lucro. Mas o mercado era baseado em monopólios e oligopólios atuando de acordo com o seu interesse e aumentando os preços em níveis muito altos. Os estoques aumentaram, as exportações eram financiadas pelos bancos, os bancos aumentavam os meios de pagamento a taxas bem acima do crescimento do produto real. Esse cenário de dinheiro fácil gerou euforia, aumentou o consumo e as operações bursáteis. Em 929 ocorreu a grande especulação com ações o que resultou no Crash da Bolsa de Nova York. Bancos quebraram, atividades industriais paralisaram e ocorreu o desemprego em massa. Diante desse quadro pessimista e com o setor privado impossibilitado de financia uma recuperação, o governo passou a intervir contrariando as regras do liberalismo.
No governo de Roosevelt foi criado o New Deal: O Estado passava a intervir na economia nacional com o fim de baixar os níveis de desemprego e elevar a renda nacional. Medidas: Desvalorização da moeda, série de medidas de proteção em relação à agricultura e à indústria. Investimentos governamentais feitos em estradas, barragens, portos, habitações e outros setores. O plano começou a alcançar resultados logo no início, com o aumento progressivo de oferta de empregos.
Os resultados alcançados pela política econômica adotada por Roosevelt serviram de base para Keynes formular a sua teoria do emprego. Defendeu a maior intervenção do Estado na economia nacional, sempre que houvesse falta de investimento por parte do setor privado, de modo a evitar crises cíclicas da economia e o desemprego por elas causado. O keynesianismo foi uma grande contribuição para a evolução do pensamento econômico como mais uma alternativa dentro do capitalismo.
Da Depressão à industrialização
Crise de 29 resultou na crise da superprodução do café. Os países que compravam café do Brasil estavam passando por dificuldades financeiras e o nível de exportação do café caiu muito.
Esse quadro resultou na Revolta de 30, ascenderam militares e profissionais civis e o Estado passa a intervir na economia.
Para evitar maior desarticulação da economia, foi criado o Plano de sustentação do preço do café: o Governo comprava estoques existentes de café, destruindo o café de má qualidade e liberando o de maior comercialização, a fim de manter os preços estáveis. O plano atenuou os efeitos da diminuição da receita de exportação e compensou a queda da renda nacional.
A queda do café provocou uma modificação estrutural da agricultura, tanto a que se dedicava ao mercado externo como ao interno. Aumentou a oferta de gêneros alimentícios no mercado interno e o algodão passou a ter significância no plano de exportação. O Instituto Agronômico de Campinas (SP) desenvolveu um algodoeiro que aumentou a qualidade do algodão brasileiro, surgindo assim condições para a maior diversificação da pauta de exportação e expansão do setor têxtil nacional, que liderou o crescimento industrial no período.
O Governo passou a controlar o câmbio através do Banco de Brasil, para evitar a fuga de capitais e impedir a especulação cambial. No entanto, a crise cambial tornou-se aguda com a queda da receita de exportação, pois o volume de café exportado não compensou a queda do preço do produto no mercado mundial. A falta de cambiais, o esgotamento das reservas-ouros e a interrupção da entrada de novos capitais tiraram condições do país de atender ao serviço da dívida interna. O Governo foi obrigado a pedir empréstimos e emitir títulos com juros de 5% ao ano para garantir o pagamento. Foi criada a Comissão de Estudos Financeiros para apurar a origem das dívidas contraídas anteriormente e estabelecer normas para o seu registro e acompanhamento
A política governamental não estimulou as atividades industriais, elas, todavia, se expandiram por efeito de uma série de fatores de origem interna e externa: O controle das importações aumentou o preço dos produtos importados, o que fez o consumidor buscar produtos nacionais, isso estimulou o mercado interno.
O crescimento industrial foi autossustentado pelo investimento da poupança interna, a maioria procedente da economia cafeeira e do comércio importador.
Com a diminuição das importações, a expansão do mercado interno e o maior consumo de produtos nacionais, o imposto de consumo acabou superando novamente o de importações como principal fonte de receita tributária.
Para haver uma maior integração econômica, o governo extinguiu impostos interestaduais. As pequenas indústrias não conseguiram competir com o parque industrial
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