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O Centro de Referência da Assistência Social (CRAS)

Por:   •  27/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.515 Palavras (7 Páginas)  •  545 Visualizações

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO

II – APRESENTAÇÃO

O Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), caracterizado enquanto unidade estatal, tem como objetivo atuar na prestação de serviços de proteção social básica para todas as famílias com laços de sangue, afetivos ou solidários, cujos membros familiares encontram-se em situação de vulnerabilidade e risco social. Através do programa PAIF – Programa de Atendimento Integral à família – realiza-se o acolhimento e vivência familiar, e por ele são desenvolvidas ações como: encaminhamento, acompanhamento como também o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários sempre articulados com a rede sócio assistencial.

A ação desenvolvida no CRAS possui o caráter preventivo, funcionando como porta de entrada para os demais serviços assistenciais, segundo a PNAS (2004) as ações de Proteção Social Básica são aquelas que possuem caráter preventivo ao risco para famílias que vivem em territórios vulneráveis consequentemente se encontram em privação e/ou, fragilização dos vínculos afetivo–relacionais e de pertencimento social. E verifica-se ainda que os serviços, programas, projetos, e benefícios de proteção social básica deverão ser realizados nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).

De acordo com o SUAS, um dos eixos estruturantes é a matricialidade sócio familiar, portanto “O CRAS atua com famílias e indivíduos em seu contexto comunitário, visando a orientação e o convívio sócio familiar e comunitário”. (PNAS,2004).

Como afirma Iamamoto, o objeto do Serviço Social é:

O objeto de trabalho (...) é a questão social. É ela em suas múltiplas expressões, que provoca a necessidade da ação profissional junto à criança e ao adolescente, ao idoso, a situações de violência contra a mulher, a luta pela terra etc. Essas expressões da questão social são a matéria-prima ou o objeto do trabalho profissional. (2000, p.62)

        O CRAS atua frente as demandas apresentadas pelas famílias, cidadãos e usuários da rede, tendo o Assistente Social as atribuições de: planejar, elaborar, organizar, administrar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas, planos, programas e projetos na área.

        

III – DESENVOLVIMENTO

        O estágio que está sendo realizado é o obrigatório, com carga horária de oito horas por semana, sendo desenvolvido em dois dias de quatro horas cada, no período matutino. Com início as oito e meia da manhã e término ao meio dia e meio.

        O espaço físico onde se realiza o período de estágio é a sala ocupada pela equipe interdisciplinar da instituição (coordenadora, psicóloga, assistentes sociais), não há um lugar fixo para o estagiário como por exemplo: mesa específica ou equipamento como computador, o que existe é um revezamento da equipe para a utilização desses recursos já que não são suficientes para atender as necessidades da mesma.

        O processo de supervisão ocorre de maneira contínua, sendo que o acompanhamento do supervisor é constante em todo o período do estágio.

        Durante o período em que se dá o estágio ocorre o acompanhamento dos atendimentos aos usuários realizados pela supervisora de campo, como também participação de reuniões entre a equipe da instituição e os demais serviços que compõe a rede.

        Ocorre a participação em diversas ações desenvolvidas pela supervisora, entre elas: coordenação de grupos de convivência, reuniões de acolhida referentes aos programas do Bolsa Família e PAIF, divulgação da instituição e serviços, encaminhamentos, visitas domiciliares, entrevistas, elaboração de relatórios, reuniões para estudo de caso.

        Atendimento na recepção para orientações, e encaminhamentos para atendimento social.

IV – ANÁLISE

        

A demanda atendida pela instituição compõe uma gama muito variada, trazendo inúmeras requisições e necessidades, infelizmente não é possível atender satisfatoriamente a todas as necessidades que chegam diariamente na instituição, devido à limitação que os profissionais vivenciam no campo da atuação profissional, limitações estas que trazem impactos na atuação profissional e se caracterizam tanto na forma subjetiva como também objetiva do fazer profissional, com ênfase para as condições físicas inadequadas que muitas vezes não dão suporte adequado para o desempenho das atividades, como exemplo: falta de equipamentos informatizados para toda a equipe, recursos materiais insuficientes, etc, limitando à ação profissional.

        Outro fato se evidencia na equipe que apresenta um déficit de profissionais frente a uma demanda complexa e numerosa sobrecarregando os profissionais:

As demandas, a rigor, são requisições técnico-operativas que, através do mercado de trabalho, incorporam as exigências dos sujeitos demandantes. Em outros termos, elas comportam uma verdadeira ‘teleologia’ dos requisitantes a respeito das modalidades de atendimento de suas necessidades. Por isso mesmo, a identificação das demandas não encerra o desvelamento das reais necessidades que as determinam (Mota e Amaral;1998, p. 25).

        

A ação desenvolvida pela instituição corresponde à determinação com base na Tipificação Nacional de serviços Socioassistenciais, que prevê dentro da proteção social básica: Serviço de Proteção e Atenção Integral à Família, Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, Serviço de Suporte Familiar.

Com relação aos serviços PAIF, Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, segundo consta como determinação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, as famílias que estão em vulnerabilidade social e residentes no território de abrangência do CRAS são inseridas no programa com o objetivo de prevenir o rompimento de vínculos familiares e violência dentro de suas relações conferindo ao CRAS a função protetiva descrita na (PNAS) – Política Nacional de Assistência Social, como um serviço obrigatoriamente desenvolvido no CRAS.

As ações que compõe o programa PAIF são: acolhida, acompanhamento familiar, atividades coletivas ou comunitárias e encaminhamentos.

O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, tem a perspectiva socioassistencial e socioeducativo, através do apoia efetivo às famílias, inclusão em programas de transferência de renda, e acesso à rede, trabalho com famílias no aspecto sócio-cultural com suas histórias e projetos, procurando promover suas capacidades e autonomia, sob caráter proativo e preventivo.

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