O MEDO NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
Por: Nathalia Alves • 14/12/2017 • Artigo • 903 Palavras (4 Páginas) • 249 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
NATHÁLIA DE OLIVEIRA ALVES
O MEDO NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
NITEROI
2017
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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
NATHÁLIA DE OLIVEIRA ALVES
Artigo de opinião apresentado à disciplina de Questão Urbana e Favela no Rio de Janeiro, do curso de graduação em Serviço Social, como requisito parcial para obtenção da nota da segunda avaliação bimestral .
NITEROI
2017
A questão do medo nas Favelas do Rio de janeiro, baseado no texto de Vera Malagui, foi algo que me chamou profundamente a atenção. No capitulo em que fala de toda estrutura montada para difusão desta cultura de medo na cidade é um tanto chocante, ainda mais que, esta questão é o argumento-base para as políticas utilizadas nas favelas.
Durante o semestre foi me dada a oportunidade de entender um pouco mais de toda complexibilidade existente na favela e seus entornos.O modo de como a sociedade a vê, como ela própria se enxerga e como o governo e as políticas publicas a reconhecem. Foi de extrema importância saber suas origens e como ela se tornou este espaço de grande pluralidade cultural e diversidade de representações.
A favela, até metade do século XX era invisível pelo Estado. A partir desta data, por muitas delas dividirem o espaço com as elites do Rio de Janeiro, elas passam a ser consideradas anomalias e precisam ser removidas. Segue então um processo de remoção nos anos seguintes.
Com o estabelecimento do capitalismo, a pobreza extrema aumenta sem precedentes e segue assim um nível alto de violência no Brasil e no mundo capitalista, uma vez que as diferenças entre as classes se tornam verdadeiros cânions separando uma das outras. No Rio de Janeiro é possível ver uma favela com altos índices de analfabetos, pobreza dividindo espaço com condomínios de luxo.
Esta situação causa desconforto, tantos às elites quanto ao Estado, uma vez que o Rio de Janeiro é uma cidade turística, e, ter favelados circulando no mesmo ambiente que turistas, não soa atrativo, buscou-se um meio de estabelecer ainda mais esta segregação.
Como a carta magna desta nação diz em seu quinto artigo somos livres para transitarmos onde quisermos:
”Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade..” (Cosntituição Federal,1988)
Não tendo a intenção de infringir nenhuma lei, não sendo cabível ao governo continuar com remoções (visto que as que ocorreram nos anos 60 e 70 constituíram um dos períodos mais sangrentos da historia do Rio de Janeiro.), e, aproveitando que o jogo do bicho e o trafico modificam a imagem da favela, (Antes era um lugar de analfabetos e pobres, porem agora, passa ser um lugar promíscuo onde impera o trafico, violência e guerra armada.) instaura-se a cultura do medo, para delimitar cada vez mais os espaços.
A influencia da mídia, que faz questão de mostrar a violência de forma crua, é uma grande aliada do Estado neste no processo segregatorio e utilizando em suas matérias, o medo como ponto principal, difundindo assim, a “realidade” da favela e deixando mais distante os moradores dela da elite ou “galera do asfalto”.São programas de TV,noticias de Jornais e periódicos, que fazem vincular à população (nacional e internacional) só os confrontos e toda violencia que estes confrontos geram. Segundo Malagui:
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