O PERFIL DAS INTERNAS REINCIDENTES DA CADEIA PÚBLICA FEMININA DE MANAUS - AM
Por: Michelle Thomaz • 19/6/2018 • Monografia • 20.654 Palavras (83 Páginas) • 272 Visualizações
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UNIVERSIDADE NILTON LINS
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
O PERFIL DAS INTERNAS REINCIDENTES DA CADEIA PÚBLICA FEMININA DE MANAUS - AM
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MANAUS - AM
2013
MICHELLE JULIANA THOMAZ SILVA[pic 3]
O PERFIL DAS INTERNAS REINCIDENTES DA CADEIA PÚBLICA FEMININA DE MANAUS - AM
Monografia apresentada à Universidade Nilton Lins como exigência parcial para obtenção do título de Bacharela em Serviço Social sob a orientação da professora Luiza de Marilac Miléo Moreira.
MANAUS - AM
2013
MICHELLE JULIANA THOMAZ SILVA
O PERFIL DAS INTERNAS REINCIDENTES DA CADEIA PÚBLICA FEMININA DE MANAUS - AM
Monografia submetida à Banca Examinadora da Universidade Nilton Lins como parte dos requisitos necessários à obtenção do titulo de bacharela em Serviço Social.
Aprovada em: __ /__ /2013
Banca Examinadora:
__________________________________
Luiza de Marilac Miléo Moreira – Presidente
Assistente Social
Mestranda em Serviço Social e Sustentabilidade na Amazônia (UFAM)
__________________________________
Isabelle Caroline do Vale Freire
Assistente Social
Especialista em metodologia do Ensino à Docência Superior
__________________________________
Pamalla Sheron Gomes de Mendonça
Assistente Social
Especialista em Gestão de Pessoas.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, pela benção de concretizar esse sonho, pelo seu amor incondicional onde nos momentos mais difíceis foi minha fortaleza e refugio.
Agradeço também à minha família, pela confiança, força e admiração que tanto me incentivaram desde o início dos estudos. Onde o apoio e a presença mesmo que distante, foram imprescindíveis para a concretização desse sonho que não foi só meu, mas uma grande conquista para toda a família. Em especial aos meus tios Moura e Tony os quais tenho como pais, por me educarem, orientarem, apoiarem e me passarem valores e princípios de dedicação, perseverança e a importância dos estudos como valor ético, profissional e pessoal de crescimento e socialização. A minha Tia e madrinha Maria Assunção por seu apoio financeiro e orações.
As minhas amigas Suzy Dayana, Valcléia Lopes, Richelly e Gracilene Costa da Silva, as quais nos momentos mais difíceis se tornaram mais que amigas, irmãs que Deus me proporcionou escolher.
Aos meus mestres: Carlos Henrique Gomes e Marly Marinho de Castro Martins, que apesar de não mais presentes na instituição me proporcionaram a oportunidade de aprendizados não só profissionais, mas também da vida de um modo em geral.
E aos presentes mestres Ângela E.Gama, Brás Cogo, Elaine Lira, Ercílio Laborda, Ernani Jesus, Isabelle Freire, Socorro Cordeiro, Simy Laredo e Vera Pereira por toda paciência, dedicação, disponibilidade e compreensão nesses anos, além da amizade, carinho e preocupação. Minha sincera gratidão e respeito.
A Coordenadora do curso Gerlane Andreocci, e à Prof.º e Orientadora Luiza de Marilac Miléo Moreira, pelo excelentíssimo trabalho, que integrado ao profissionalismo ético, a paixão pela docência e comprometimento em formar profissionais éticos pautados nos princípios da humanização, equidade, justiça e direitos.
DEDICATÓRIA
À minha mãe, por todo cuidado, esforço, compreensão e companheirismo nos momentos mais difíceis, pois ser mãe não é apenas estar presente, educar, alimentar, socializar. Ser mãe é ser completamente disponível e disposta mesmo sem disposição, é amar sem limites independentes da circunstância, mas que só temos ciência quando vivenciamos essa dádiva. Te amo,obrigado por ser essa mulher humilde e adorável.
Prisão
Quatro mil mulheres, no cárcere,
e quatro milhões – e já nem sei a conta,
em lugares que ninguém sabe,
estão presas, estão para sempre
– sem janela e sem esperança,
umas voltadas para o presente,
outras para o passado, e as outras
para o futuro, e o resto – o resto,
sem futuro, passado ou presente,
presas em prisão giratória,
presas em delírio, na sombra,
presas por outros e por si mesmas,
tão presas que ninguém as solta,
e nem o rubro galo do sol
nem a andorinha azul da lua
podem levar qualquer recado
à prisão por onde as mulheres
se convertem em sal e muro.
(Cecília Meireles)
RESUMO
Este trabalho analisa o perfil das internas reincidentes na Cadeia Pública Feminina de Manaus. Apresentando fatores que possam influenciar essa questão e as políticas públicas que abrangem esse grupo. Traz uma breve historicidade sobre o sistema prisional brasileiro e as leis que o compõem, demonstrando sua ineficiência administrativa por não cumprir seus deveres que compreendem a individualização da pena e a ressocialização, transgredindo a dignidade humana dessas internas. Tal ineficiência do Estado contribui para a indignação das mesmas, perpetuando a falta de conscientização dessas internas de seus atos delituosos deixando-as a mercê das armadilhas ilusórias do crime. Assim, aperfeiçoam-se criminalmente através da neutralidade do Estado aliada a falta de recursos financeiros, estrutura física e da falta de acesso aos seus direitos, acentuados pelo preconceito e discriminação que permeiam a vida dessas mulheres, através da sociedade, da família e da própria instituição que reflete o descompromisso do Estado ao não reintegra-las a sociedade.
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