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O PLANO DE ESTÁGIO

Por:   •  22/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.464 Palavras (6 Páginas)  •  196 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO SOCIOECONÔMICO

DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL

Andressa dos Passos Barbosa

RELATÓRIO DE SITUAÇÃO ESPECIFICA

CENTRO DE REFERÊNCIA DA ASSISTENCIA SOCIAL– CRAS

Florianópolis

2017

Andressa dos Passos Barbosa

RELATÓRIO DE SITUAÇÃO ESPECIFICA

CENTRO DE REFERÊNCIA DA ASSISTENCIA SOCIAL– CRAS

Relatório de Situação Específica ocorrida no Centro de Referência da Assistência Social Forquilhinha. São José. Orientador Profº Dr.ºRobson de Oliveira. Apresentado para avaliação da disciplina de Supervisão Academica I.

Florianópolis

2017.1

Relato da Situação Especifica

Conforme verificado em registro no prontuário da família houve várias assistentes sociais que a atenderam e a maioria dessas profissionais não trabalha mais no CRAS. Os dados a seguir foram retirados dos relatos das assistentes sociais no prontuário. O primeiro atendimento da família foi realizado no dia 15 de outubro de 2012 quando houve solicitação de cesta básica por parte do pai da família. Identificaremos por nome fictício os integrantes dela. Esse atendimento ocorreu por meio de demanda espontânea. Na ocasião, Raimundo estava ficando cego por conta de uma doença genética, o Glaucoma.

Dois anos depois da cegueira Raimundo morou sozinho, pois sua esposa decidiu sair de casa com os dois filhos. Ela mudou-se para outro estado no inicio de 2014. Pouco tempo após a ida, resolveu que o filho mais velho, ainda menor de idade, Felipe, voltaria para auxiliar o pai nas atividades rotineiras, pois o mesmo relatava ter extrema dificuldade em realiza-las. Alguns parentes do Raimundo moram perto dele, porém há pouca convivência e não o auxiliam.

No dia 13 de novembro de 2014 foi realizado uma busca ativa por meio de visita domiciliar após reportagem do jornal hora de Santa Catarina, solicitando auxílio da política de assistência social para a família devido Raimundo possuir deficiência visual, dificuldade de locomoção e para encontrar documentos ou medicamentos. Desde o mês de setembro de 2014 ele recebe o Benefício de Prestação Continuada-BPC e frequenta também a Associação Catarinense para integração do Cego-ACIC por meio de intervenção. O filho menor de idade auxilia nas atividades diárias.

Segundo os relatórios de acompanhamento do CRAS no dia 01 de dezembro de 2014, Raimundo relatou sobre a presença da equipe de saúde na sua casa para acompanhamento de suas consultas e sua ex companheira solicitou pensão.

Dia primeiro de março de 2017 a Assistente Social da Irmandade do Divino Espirito Santo - IDES, entrou em contato com o CRAS por telefone, informou que  Felipe está trabalhando em uma instituição pelo Programa Jovem Aprendiz, no entanto está com muitas faltas. Também disse que há suspeita dele estar morando com jovens envolvidos com o tráfico de drogas e que furta dinheiro do pai. A assistente social da ACIC também relatou por telefone a mesma situação, relatada por Raimundo em atendimento nessa Associação. No mesmo dia Raimundo relata para a assistente social do CRAS por meio de contato telefônico que o filho o “abandonou” e não soube dizer com quem e onde ele está morando. A assistente social entrou em contato com Felipe através do telefone e este informou que provisoriamente está morando com amigos e que pretende morar sozinho. Disse que esporadicamente visita o pai. Não mencionou o atual endereço e disse estar bem e não querer vir no CRAS.

Parecer técnico

Diante da demanda apresentada pela família encaminhamos ao Conselho Tutelar para que seja verificada a situação e tomada às devidas providências á proteção do adolescente.

Análise critica reflexiva

Ao analisar a situação apresentada podemos perceber que a família fez acompanhamento pelo CRAS desde o ano de 2012, seguindo portanto a lógica contida na tipificação de porta de entrada na Política de Assistência Social é a partir do serviço de proteção e atendimento integral a família-PAIF  que se organiza a proteção social básica no equipamento CRAS com o objetivo de fortalecer os vínculos de famílias em situação de vulnerabilidade social resultante da pobreza .

[...] o atendimento às famílias, ou a alguns de seus membros, refere-se a uma ação imediata de prestação ou oferta de atenção, com vistas a uma resposta qualificada de uma demanda da família ou do território. Significa a inserção da família, um ou mais de seus membros, em alguma das ações do PAIF: acolhida, ações particularizadas, ações comunitárias, oficinas com famílias e encaminhamentos. [...] Já o acompanhamento familiar consiste em um conjunto de intervenções, desenvolvidas de forma continuada, a partir do estabelecimento de compromissos entre famílias e profissionais, que pressupõem a construção de um Plano de Acompanhamento Familiar - com objetivos a serem alcançados, a realização de mediações periódicas, a inserção em ações do PAIF superação gradativa das vulnerabilidades vivenciadas. (Brasil,2015 ,)

Ao longo da contextualização do caso, se intercorre o agravamento da doença do Senhor Raimundo, em seguida a saída e o rompimento do vínculo da ex companheira e dos filhos sendo as crianças ainda coadjuvantes no decorrer do caso. São dois  filhos menor de idade ,o  mais velho volta para a casa do pai para cuidar do mesmo.

É concedido ao Raimundo o beneficio de prestação continuada, pois este é potencial beneficiário não tendo renda per capta nem mesmo de ¼ de salário mínimo este é um benefício assistencial não contributivo, garantido pela constituição federal, regulamentado pela LEI Nº8742 de 07/12/1993 – Lei Orgânica da Assistência Social e também independe da idade. Outros fatores que percorre a situação deste senhor são característicos do imobilismo social decorrente da ruptura/fragilidade das relações familiares, baixa autoestima frente a deficiência adquirida ,preconceitos e obstáculos culturais dificultando o acesso a esse indivíduo e aos que estão próximos dele, sendo pouco provável uma condição de vida com qualidade. Através do CRAS foi encaminhado a Associação Catarinense para integração do Cego-ACIC local onde fazem palestras, assembleias sobre inclusão até mesmo incluir o deficiente visual no mercado de trabalho, também acontecem atividades como cursos e eventos.

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