O PROCESSO DE RENOVAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL
Por: leitedeyse • 14/1/2019 • Trabalho acadêmico • 1.147 Palavras (5 Páginas) • 326 Visualizações
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UNIVERSIDADE SALVADOR UNIFACS
CURSO: BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL
DEYSE CARLA BARBALHO RIBEIRO
MARIA DA CONCEIÇÃO BRUNO GONÇALVES
MARYLANDE SANTOS DE SOUZA ADOLFO
PROCESSO DE RENOVAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL
Salvador
2012
DEYSE CARLA BARBALHO RIBEIRO
MARIA DA CONCEIÇÃO BRUNO GONÇALVES
MARYLANDE SANTOS DE SOUZA ADOLFO
PROCESSO DE RENOVAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL
Atividade apresentada como requisito parcial para aprovação na disciplina da FHTM II de Serviço Social da UNIFACS sob acompanhamento da Prof.ª Patrícia Vergasta e Tutora Luciana Silva.
Salvador
2012
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Introdução
Durante a Ditadura Militar e o Golpe Militar na década de 60, o Serviço Social tem suas práticas voltadas para um trabalho educativo e de integração a população para os programas de desenvolvimento, porém nessa mesma década o Movimento de Reconceituação é efetivado no Brasil.
O Serviço Social tem sua histórica marcada pelo conservadorismo. Esse trabalho visa mostrar a trajetória do Serviço Social na ditadura Militar, a atuação do Assistente Social no período de opressão e problemas sociais, e os principais fatores que impulsionaram os profissionais a protestar suas limitações institucionais, e abordaremos a influência da teoria marxista, que foi de grande importância para a prática profissional.
Tem como finalidade mostrar o processo de renovação do Serviço Social e as influências do Seminário de Araxás para a prática do Assistente Social.
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A origem do Serviço Social no Brasil é marcada pela contradição entre o capital e o trabalho, o que provocou a questão social, é na luta de classes que o Serviço Social fundamenta suas bases teórico-metodológicas. A questão social era notada como um problema administrativo, assim a assistência social era vista como um dos mecanismos para promover a paz social. (VERGASTA, 2012).
Na década de 60, competia ao profissional de Serviço Social desempenhar um trabalho educativo; concretizando ações que convencessem a população, e também tinha a finalidade de integrar a população nos programas de desenvolvimento. Enquanto isso a população era excluída dos processos de decisão política, essa decisão permanecia sobre o controle da burguesia, e a sociedade brasileira é tomada pelo silêncio e tortura, característica do Golpe de 1964. (VERGASTA, 2012).
No período da Ditadura Militar o Serviço Social introduz pensamentos e questionamentos acerca da prática profissional, sobretudo aos fundamentos teóricos e a aplicação de uma nova metodologia, pois novas demandas se apresentam ao Assistente Social. Com isso abrem-se novas oportunidades de trabalho, causada pelas modificações políticas, sociais e econômicas. (VERGASTA, 2012).
O Serviço Social busca protestar suas limitações institucionais, buscando novos conceitos, teorias e metodologias, é onde ocorre o Movimento de Reconceituação, em 1965, visando uma conexão com as lutas populares e os movimentos sociais. Houve diversos momentos e tentativas de progresso da profissão, desde os primeiros sinais de insatisfação com o poder institucional, que norteava a prática profissional na década de 50. (VERGASTA, 2012).
O Movimento de Reconceituação ocorreu através dos conflitos, lutas sociais e dos movimentos sociais, porém com o processo de Ditadura a Reconceituação decorre lentamente, com isso se dá fortes dissensões com a categoria. Embora ocorram limitações institucionais, os profissionais de Serviço Social se sentem forçados a responder as demandas que lhe foram expostas. Assim a procura pela ruptura com o Serviço Social tradicional e a busca por uma nova estrutura profissional. Ainda na década de 60, através da teoria de Karl Marx, o Serviço Social busca por uma nova postura profissional, voltada para as relações sociais, porém com análise crítica, essa teoria cooperou para o Serviço Social brasileiro, para que assim se apropriasse de um arcabouço teórico permitindo os Assistentes Sociais alcançar possibilidades para identificar problemas sociais. (VERGASTA, 2012).
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O Assistente Social nessa década passou a dar importância à busca teórica com a finalidade de renovar sua prática profissional e enfrentou uma grave crise ideológica, política e econômica provocando a gravidade da questão social. É nessa conjuntura através do Seminário de Teorização do Serviço Social realizado na cidade de Araxá em 1967 que reformulou a prática profissional, caracterizado pelo Movimento de Reconceituação. Através do Seminário os profissionais de Serviço Social foram; estimulados abandonar suas práticas tradicionais, a repensar sobre a sua prática profissional, a buscar novas possibilidades conceituais e a romper com o conservadorismo. Aguiar (1984, apud VERGASTA, 2012, p. 152) traz essa teorização do Serviço do Social de acordo com as mudanças da sociedade:
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