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O protestantismo foi a ruptura com os dogmas (doutrina) da Igreja Católica.

Por:   •  29/2/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.024 Palavras (13 Páginas)  •  927 Visualizações

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Palavra Chave

Citações

Observações

Protestante/protestantismo

- ... o caráter predominantemente protestante dos proprietários do capital e empresários , assim como das camadas superiores da mão de obra qualificada, notadamente do pessoal de mais alta qualificação técnica ou comercial das empresas modernas (pág. 29 Cap.I)

- Está claro que a participação dos protestantes na propriedade do capital, na direção e nos postos de trabalho mais elevados das grandes empresas modernas industriais e comerciais, é relativamente mais forte, ou seja, superior a porcentagem na população total, e isso se deve em parte a razões históricas. (pág. 29 e 3 Cap.I)

- ... os camaradas artesãos católicos mostram uma tendência mais acentuada a permanecer no artesanato, tornando-se portanto mestres artesãos com frequência relativamente maior, ao passo que os protestantes afluem em medida relativamente maior para as fábricas para aí ocupar os escalões  superiores do operariado qualificado e dos postos administrativos. (pag. 33 Cap. I)

 

O protestantismo foi a ruptura com os dogmas (doutrina) da Igreja Católica. É o início de uma fé reformada. Essa reforma contribui e muito para o desenvolvimento do capitalismo. Weber através de seu estudo a respeito do protestantismo irá trazer a tona as mudanças causadas na sociedade através desse movimento religioso.

Calvinismo

- A dominação do calvinismo, tal como vigorou no século XVI em Genebra e na Escócia, na virada do século XVI para o século XVII em boa parte dos Países Baixos, no século XVII na Nova Inglaterra e por um tempo na própria Inglaterra, seria para nós a forma simplesmente mais insuportável que poderia haver de controle eclesiástico do indivíduo. (pag. 31 Cap. I)

- Gothein tem razão quando designa a diáspora calvinista como o “viveiro que floresceu a economia capitalista”. (pag. 37 Cap. I)

Movimento religioso protestante, que leva esse nome por causa de Calvino, pois foi o nome mais influente a despeito desse novo modelo de fé.

Espírito Capitalista

- ...o “espírito do capitalismo” (no sentido por nós adotado) existiu incontestavelmente antes do “desenvolvimento do capitalismo”... (pag. 48 Cap. II)

- ... e é isso o que importa – o “espírito capitalista” [especificamente moderno] como fenômeno de massa. (pág. 50 Cap. II)

- O adversário com o qual teve de lutar o “espirito capitalista” [no sentido de um determinado estilo de vida regido por normas e folhado a “ética”] foi em primeiro lugar [e continuou sendo] aquela espécie de sensibilidade e de comportamento que se pode chamar de tradicionalismo. (pag. 51 Cap. II)

- No presente, com as nossas instituições políticas, jurídicas e comerciais, com as formas de gestão empresarial e a estrutura que é própria da nossa economia, esse “espirito” do capitalismo poderia ser entendido como puro produto de uma adaptação... A ordem econômica capitalista precisa dessa entrega de si à vocação de ganhar dinheiro. (pag. 64 Cap. II)

Weber em sua análise utiliza o termo “espírito” para demonstrar, o novo código de conduta de vida que foi interiorizado nas pessoas de forma cultural, tomando pouco a pouco toda uma sociedade.

Tradicionalismo

- O adversário com o qual teve de lutar o “espirito capitalista” [no sentido de um determinado estilo de vida regido por normas e folhado a “ética”] foi em primeiro lugar [e continuou sendo] aquela espécie de sensibilidade e de comportamento que se pode chamar de tradicionalismo. (pag. 51 Cap. II)

- Eis um exemplo justamente daquela atitude que deve ser chamada de “tradicionalismo”: o ser humano não quer “por natureza” ganhar dinheiro e sempre mais dinheiro, mas simplesmente viver... (pag. 53 Cap. II)

-... e das mais amplas oportunidades de superar a rotina tradicionalista, em consequência da educação religiosa. (pag. 56 Cap. II)

O tradicionalismo era o adversário com o qual o “espírito capitalista” teve de lutar (como até hoje). Esse tradicionalismo representa os ensinamentos católicos que ainda estavam presente nas pessoas; não permitindo que a busca pelo dinheiro, fosse o foco principal em suas vidas.

Racionalismo Econômico

- ...o motivo fundamental da economia moderna como um todo é o “racionalismo econômico”. (pag. 67 Cap. II)

- O “racionalismo” é um conceito histórico que encerra um mundo de contradições,(...) de pensamento e de vida “racionais” da qual resultam a ideia de “vocação profissional” e aquela dedicação de si ao trabalho profissional – tão irracional,... (pag. 69 Cap. II)  

Weber mostra que através da implantação do racionalismo econômico introduzido na sociedade, reforça ao ser humano a ideia de sua vocação ao trabalho, com o apoio de Deus. Algo indispensável para a movimentação da economia moderna.

Vocação

- O conceito de vocação foi, pois, introduzido no dogma central de todas as denominações protestantes e descartado pela divisão católica de preceitos éticos (...). O único modo de vida aceitável por Deus não era o superar a moralidade mundana pelo ascetismo monástico, mas unicamente o cumprimento das obrigações impostas ao indivíduo pela sua posição no mundo. Esta era sua vocação. (pag. 34 Cap. III)

- (...) cada vez com maior ênfase a colocação de que o cumprimento dos deveres mundanos é, em todas as circunstâncias, o único modo de vida aceitável por Deus. Ele, e somente ele representa a vontade de Deus, e por isso qualquer vocação legítima tem exatamente o mesmo valor aos olhos de Deus. (pag.35 Cap. III)

- O efeito da Reforma em si mesmo, se comparado com a atitude católica, foi o de aumentar poderosamente a ênfase moral e a sanção religiosa em relação ao trabalho secular organizado no âmbito da vocação. (pag. 36 Cap. III)

- O indivíduo deveria permanecer de uma vez por todas na condição e na vocação em que Deus o houvesse colocado, e deveria restringir suas atividades mundanas aos limites a ele impostos pela condição de vida estabelecida. (...), tornou-se mais tarde uma crença cada vez mais intensa na divina providência, a qual identifica a absoluta obediência à divina vontade, com a aceitação incondicional das coisas como elas são. (pag. 37 Cap. III)

Os fragmentos aqui expostos referentes ao conceito de vocação, são ideias formuladas por Lutero, onde procurou respaldo bíblico para estas. O conceito da vocação/profissão é tido como dadiva divina a cada um. Há a priorização em obedecer às autoridades do mundo e aceitar as coisas como elas são.

        OBS: As citações dos Capítulos I e II, foi retirado de: A ética protestante e o espírito capitalista, Max Weber, edição de Antônio Flávio Pierucci.         

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