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A DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA CATÓLICA DO SÉCULO XIX

Por:   •  5/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.514 Palavras (15 Páginas)  •  1.401 Visualizações

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AS DOUTRINAS SOCIAIS DO SÉCULO XIX

A DOUTRINA DA IGREJA

2º ANO

205

AL 3194 JÉSSICA LYRA

AL 3292 CAROLINA FERNANDES

AL 3404 MATEUS FLORES

AL 3467 FERNANDA PEDROSO

AL 3574 BRUNA ROBERTA

Orientador: Cel. Félix

Salvador

2016

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO        2

2. DESENVOLVIMENTO        3

3. CONCLUSÃO        7

4. REFERÊNCIAS        8

  1. INTRODUÇÃO

        Este trabalho acadêmico se trata das Doutrinas Sociais da Igreja. A expressão "doutrina social da Igreja" designa o conjunto de orientações da Igreja Católica para os temas sociais. Ela reúne os pronunciamentos do magistério católico sobre tudo que implica a presença do homem na sociedade e no contexto internacional. Se trata de uma reflexão feita á luz da fé e da tradição eclesial.

        No final do século XIX surgiu a sociedade industrial o que acabou modificando o contexto social de modo que determinou uma reavaliação da "justa ordem da coletividade".

        Desmontou-se as antigas estruturas sociais e o surgimento da massa de proletários     assalariados determinou mudanças fortes na organização social fazendo que a "relação capital e trbalho" acabasse tornaando-se uma questão bastante decisiva de modo que até então é desconhecido.

        A função da doutrina social é anunciar uma visão global do homem e da humanidade, é a denúncia do pecado de injustiça e de violência que de vários modos atravessa a sociedade, apesar disso, não é uma ideologia, nem se confunde com as várias outras doutrinas políticas construídas pelo homem.

  1. DESENVOLVIMENTO

        A expressão “Doutrina Social da Igreja” designa o conjunto de princípios, critérios, diretrizes, escritos, mensagens e pronunciamentos do magistério católico que tem como objetivo interpretar as realidades culturais, econômicas e políticas sobre tudo que envolve a presença do homem como um ser social. É impossível o ser humano se realizar fora de uma convivência verdadeira com outras pessoas. Por isso vivemos em um coletivo social em varias dimensões da nossa vida. Dessa forma, a Igreja Católica faz uso de sua doutrina para orientar a vivência do indivíduo em sociedade, buscando sempre a coerência com o Evangelho.

        Por basearem-se em uma série de princípios, esses dogmas podem se adaptar as necessidades sociais de cada período de tempo e espaço. Os ensinamentos sociais propostos pela Doutrina Social da Igreja não a tornam algo estático, e sim, uma aplicação ética e dinâmica de todos os ensinamentos de Cristo.

        A Doutrina da Igreja tem início nos primórdios do Cristianismo e com a consolidação da Igreja como instituição. Porém, desde o seu surgimento (em, aproximadamente, 30 d.C.), os dogmas eram transmitidos junto com os demais ensinamentos eclesiásticos, ou seja, de maneira generalizada e pouco específica.

        A situação muda em meados do século XIX, pois a 1ª Revolução Industrial trouxe consigo uma nova estrutura socioeconômica, política, científica e filosófica. A Revolução desmontou antigas relações sociais e o surgimento de um coletivo capitalista e industrial fez necessária uma reavaliação do que seria a "justa ordem da coletividade”. As estruturas de produção, o capital e o lucro tornaram-se o novo poder, que estava sempre nas mãos de uma aristocracia burguesa. Do outro lado estava a classe menos favorecida: os trabalhadores fabris, sujeitos a baixos salários, árduas jornadas de trabalhos e ainda por cima, eram privados de qualquer direito trabalhista. Com o passar do tempo, representantes da Igreja perceberam os problemas que envolviam essa sociedade emergente, e se voltaram para tratar de problemas como pobreza, doenças, carências de serviços de educação, saúde, precárias condições de habitação e salubridade e a exploração da mão de obra infantil e feminina.

        Em 15 de maio de 1891, o Papa Leão XIII publicou a Encíclica Rerum Novarum, o documento que deu origem à Doutrina Social da Igreja do século XIX. Essa foi a primeira vez em que a Igreja Católica dedicou-se integralmente a questão social, colocando a questão dos operários como prioridade, como tema central e não secundário, como ocorria em textos, encíclicas anteriores. Além disso, enumera os erros que provocam o mal social e expõe de modo preciso a doutrina católica sobre o trabalho, o direito de propriedade, o princípio da colaboração em contraposição à luta de classes, sobre o direito dos mais fracos, sobre a dignidade dos pobres e as obrigações dos ricos, o direito de associação e o aperfeiçoamento da justiça pela caridade. Com a publicação de tal documento, o Papa marca uma nova fase da doutrina, dando espaço e matéria às ideologias cristãs, propiciando o surgimento de um específico magistério da Igreja, que identifica os desafios da fé cristã e busca alternativas às contradições e injustiças sociais.

 

        A carta examina a condição dos trabalhadores assalariados, através de articulações políticas e sociais, baseando-se em leis naturais e trechos da Bíblia, fazendo relações com o socialismo e sugerindo sua exclusão para atingir o bem comum. “A doutrina católica acerca do trabalho, do direito de propriedade, do princípio de colaboração contraposto à luta de classe como meio fundamental para a mudança social, sobre o direito dos fracos, sobre a dignidade dos pobres e sobre as obrigações dos ricos, sobre o aperfeiçoamento da justiça mediante a caridade, sobre o direito a ter associações profissionais”.

        Para a Igreja, as causas do desajuste social, das más condições de vida submetidas aos operários, eram: o fim das corporações antigas, já que estas protegiam os trabalhadores, devido à forma diferenciada de trabalho, era mais familiar; o desaparecimento dos princípios e sentimentos religiosos nas leis e instituições públicas, caso contrário protegeriam os trabalhadores; a usura, ganância e ambição dos mais ricos, dos donos de produção e o monopólio do trabalho e dos papéis de crédito.

        O argumento que utilizava contra a proposta socialista era de que esta era totalmente injusta por violar os direitos legítimos dos proprietários – já que pregava o fim da propriedade privada, considerada pela Igreja uma lei divina, natural - e tentar subverter por completo a estrutura social que era, na visão religiosa, necessária.

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