OS LIMITES E POSSIBILIDADES PARA O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NO FORTALECIMENTO DA RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA.
Por: Felipe Mairla Mairla Felipe • 16/10/2019 • Trabalho acadêmico • 1.614 Palavras (7 Páginas) • 419 Visualizações
LIMITES E POSSIBILIDADES PARA O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NO FORTALECIMENTO DA RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA.
Mairla Formiga de Araújo¹; Ana Paula Ferreira Agapito²
¹Bacharel em Serviço Social pelas Faculdades Integradas de Patos - FIP. E-mail: mairlaformiga@hotmail.com; ²Mestre em Serviço Social pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Bacharel em Serviço Social e Especialista em Gestão e Controle Social de Políticas Públicas pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Doutoranda em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Docente do Curso de Bacharelado em Serviço Social das Faculdades Integradas de Patos - FIP. E-mail: anaagapito@fiponline.edu.br
INTRODUÇÃO
O presente resumo relata o processo de desenvolvimento do projeto de intervenção de estágio, no período de 14 de setembro a 30 de novembro de 2017 na Escola Municipal Manoel Jackson Nicácio Alves, do município de Igaracy/PB, intitulado “Importância da relação Família e Escola: limites e possibilidades para o trabalho do profissional de Serviço Social”. Destaca-se que a participação da família na escola é indispensável, esta parceria contribui para a formação do indivíduo e para sua inserção no meio social, sendo um impulso para o desenvolvimento dos educandos tanto em qualidade de aprendizado, quanto como ser humano.
É necessário considerar que, o ser humano vive em um constante aprendizado, desde seu nascimento, adolescência, fase adulta, até o seu envelhecimento. A escola sozinha não pode transformar ou repassar todo conhecimento necessário para o ser humano como cidadão, a família tem papel essencial, pois no ambiente familiar têm os passos iniciais para se adquirir o respeito e adaptar-e ao cumprimento de regras.
A educação vincula-se aos processos ocorrentes na sociedade, esta composta por uma população de classes e valores distintos, determinada por um sistema capitalista no qual predomina o consumismo, a obtenção de lucros e a introdução de novas tecnologias, fazendo com que os seres humanos procurem se adaptar a cada um destes conceitos, e infelizmente é visível que o índice de pobreza se agrava de maneira cada vez mais rápida no século XXI.
REFERENCIAL TEÓRICO
O modelo tradicional de família vem se modificando com o decorrer do tempo, “atualmente não se ver apenas a figura de um pai que mantém a casa, da mãe que cuida de atividades domésticas, e sim famílias em processo de separação, famílias homoafetivas, pai e mãe assumindo diferentes papéis, como posições no mercado de trabalho” (ARAÚJO, 2018, p. 44), acompanhando consigo a necessidade de intervenção do assistente social em âmbito escolar e familiar.
Diante disto, Santos (2014, p.87), ressalta sobre a necessidade de atuação de assistentes sociais no âmbito escolar, considerando sempre as profundas mudanças que tem ocorrido na constituição familiar, e tais modificações seja social, econômico ou cultural, pode implicar diretamente no espaço escolar, no que tange o processo de ensino e aprendizagem dos educandos e com isso surge um novo desafio para as escolas, pois seu papel não se direciona apenas ao ensino da leitura e escrita e sim preparar as crianças e adolescentes para a realidade da sociedade capitalista. Ver-se desta forma ser imprescindível a presença do Serviço Social no espaço escolar, estando apto para contribuir na formação dos cidadãos além de traçar estratégias de intervenção profissional para responder as multifaces da questão social.
De acordo com Mioto (2000, p. 219), as relações no âmbito familiar se encontram muitas vezes relacionada a contradições e também expectativas que são impostas pela sociedade capitalista, ou seja, aquele modelo que esta sociedade julga ser certo, com isso as famílias tentam atender a essas exigências, entretanto na maioria das vezes não são capazes de ser realizada, família não se forma apenas através de pai, mãe, filho, se forma através de afeto, respeito, erros e acertos, conflitos e reconciliações. “Assim, a proposição de cuidados a serem dirigidos às famílias deve partir do princípio de que elas não são apenas espaço de cuidados, mas, principalmente, espaços a serem cuidados.” (MIOTO, 2000, p. 219-220).
Levando-se em consideração esse conceito de família como um espaço a ser cuidado, pode-se relacionar com o trabalho a ser desenvolvido pelo assistente social, no qual é capaz de propiciar o fortalecimento entre as famílias e comunidade escolar, por diversas vezes depara-se com o termo família desestrutura, usado nas escolas, por muitos membros da sociedade, contudo, estas apresentam sinais de sofrimentos, e trazem consigo o termo de desestruturação como um rótulo. “Muito se diz do que elas não fazem. Muito pouco se diz dos recursos (materiais, sociais, afetivos) que são disponibilizados para se manterem vivas; muito pouco se diz das estratégias utilizadas para responderem as demandas que lhe são impostas” (MIOTO, 2000, p. 223).
Portanto para promover o fortalecimento entre família e escola, o Serviço Social torna-se indispensável, o mesmo atua no processo de acesso e permanência dos alunos na escola, buscando viabilizar o acesso ao direito à educação para todos, além de intervir diretamente junto às famílias que se encontram em situação vulnerável, a falta da participação das famílias no âmbito escolar pode está ligada a diversos fatores não apenas por falta de interesse para com seus filhos.
Para Mioto (2000, p. 221), para que seja possível serem atendidas as demandas das famílias em situação de vulnerabilidade é necessário que o trabalho do assistente social ocorra de forma articulada e avaliativa diante das políticas sociais, que tenha comunicação e articulação de serviços, ou seja, que se tenha um trabalho em rede para que seja efetuada uma intervenção qualificada.
OBJETIVO
O objetivo do projeto de intervenção de estágio, intitulado “Importância da relação Família e Escola: limites e possibilidades para o trabalho do profissional de Serviço Social” foi contribuir para o fortalecimento da relação família, escola e Serviço Social, sensibilizando as famílias para participarem das atividades e projetos realizados pela escola no processo de ensino aprendizagem dos seus filhos.
METODOLOGIA
Acerca dos procedimentos metodológicos, fundamentaram-se por meio do agendamento de reuniões, foram realizadas três reuniões mensalmente, na primeira foi feita a apresentação do projeto para alguns profissionais, diretora, assistente social, psicopedagoga às 13h30, na segunda reunião iniciou-se as intervenções através de um encontro com os pais as 13h30, e a terceira reunião às 13h00, intervenção com os alunos de duas turmas do 4º ano do turno da tarde, infelizmente devido ao calendário escolar e disponibilidade dos pais pelo fato alguns morarem na zona rural, não foi possível um novo encontro com os mesmos, porém, foi realizado um encontro com os alunos, ou seja, os filhos destes respectivos pais. Foi previsto a participação de 30 pais, e alunos de duas turmas do 4º ano, sendo um total de 34 alunos, por apresentarem maior número de demandas para o Serviço Social.
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