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Os Direitos Humanos

Por:   •  20/4/2017  •  Seminário  •  3.354 Palavras (14 Páginas)  •  194 Visualizações

Página 1 de 14

Sociedade Universitária Redentor[pic 1][pic 2]

Faculdade Redentor de Campos

Graduação em Serviço Social

Alunas: 

Matrículas:  

Turma: 2º período – SESO

Professora:

  27/11/2016

Avaliação/Nota: 3 pontos

Disciplina: Fundamentos I

Nota:

ASSUNTO (tema que está abordando)

PÁG.

SÍNTESE (citação)

OBSERVAÇÕES (comentários pessoais)

III- Serviço Social: rompendo com a alienação. O século XX e a “questão social”.

93

“(...) A Grande Depressão, arrastando-se por toda a Europa, espalhara seus efeitos, com maior ou menor intensidade, por todos os países.”

No século XIX, ocorreu a “Grande Depressão” onde os europeus que estavam muito pobres se mudaram para os Estados Unidos em busca de um emprego, e tiveram uma atração no país porque o capitalismo estava expandindo juntamente com a indústria ferroviária.

O século XX e a “questão social”

94

“(...) A sociedade capitalista estava à beira do colapso, com uma economia deteriorada e com um quadro social bastante preocupante, em que os índices de desemprego cresciam e o pauperismo se generalizava.”

Com essa “crise” que a sociedade capitalista estava passando, o desemprego só aumentava, e consequentemente a pobreza das pessoas também.

O século XX e a “questão social”

94/95

“(...) O final da terceira década do século XX foi marcado por uma crise econômica mundial muito mais densa e profunda do que todas as crises provocadas pela Grande Depressão. O desemprego atingia níveis alarmantes, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, porque não havia condições de absorção da mão-de-obra. A pobreza e todo o conjunto de problemas sociais a ela associados cresciam sensivelmente. As possibilidades de reversão desse quadro eram vistas de forma sombria pela classe dominante que, aliada ao Estado, conjugava esforços,  tendo em vista a recuperação da economia. Nessa busca de reerguimento do capitalismo, o Estado foi assumindo um papel destacado na expansão dos investimentos e do mercado e a industrialização capitalista passou a se fazer com um elevado grau de monopólio. Criavam-se assim as bases para uma nova fase do capitalismo, o monopolista, em que a concorrência entre capitais industriais era substituída pelos monopólios. Desenvolvendo mecanismos de absorção do excedente e com isso garantindo a manutenção do crescimento, os monopólios foram fortalecendo-se e com eles as alianças da classe dominante entre si, e com o próprio Estado. Desse fortalecimento do poder burguês, no início da década de 30, resultou uma grande pressão sobre os trabalhadores para impedir sua marcha organizativa.”

No final da terceira década do século XX, o desemprego era muito alto, na Europa ( que já  estava alto) e agora também nos Estados Unidos,  já que não era possível empregar todos aqueles europeus desempregados , e com isso a pobreza crescia cada vez mais. Com tudo isso, o Estado assumiu aos poucos um papel importante nos investimentos, no mercado, e a industrialização capitalista se elevou, de forma Monopolista.

O século XX e a “questão social”

95

“(...) Toda essa onda de repressão e violência só fez, aumentar o poder de organização e a capacidade de luta da classe trabalhadora, que se tornava cada vez mais consciente de sua força enquanto classe. O clima de tensão envolvia permanentemente as relações sociais, afastando cada vez mais a possibilidade de um momento de restauradora tranqüilidade.”

O que estava nítido, é que a “questão social” estava aterrorizando a burguesia, porque sempre se lembrava que o que estava ocorrendo foi produzido por ela mesmo, essa “imperfeita ordem social”.

O século XX e a “questão social”

95

“(...) As novas estratégias de atendimento à “questão social” precisavam, portanto, levar em conta essa nova organização societária, em que operava uma renovada correlação de forças: de um lado um combativo proletariado, de outro uma ofensiva classe dominante, ambos circundados por uma pauperizada e faminta massa de trabalhadores, já expulsos do mercado ou nele esperando adentrar.”

O proletariado e a classe dominante estavam rodeados por trabalhadores pobres e “com fome”, que foram expulsos do mercado de trabalho, ou estão tentando entrar, e precisavam estabelecer novas estratégias.

Racionalização da prática da assistência: Antecedentes históricos

96

“Trabalhar com o contexto da estrutura  e das relações sociais que peculiarizavam a sociedade do pós-guerra era a tarefa que a classe dominante reservava para os assistentes sociais naquele momento.”

O trabalho dos assistentes sociais nesse momento era estar no contexto da estrutura das relações sociais que eram próprios da sociedade pós guerra.

Racionalização da prática da assistência: Antecedentes históricos

96

“(...) A ajuda, nessa fase da história da humanidade , concretizava-se na esmola esporádica, na visita domiciliar, na concessão de gêneros alimentícios, roupas, calçados, enfim, em bens materiais indispensáveis para minorar o sofrimento das pessoas necessitadas.”

Nessa época, o trabalho consistia em ajudar os mais necessitados, com comida , acompanhando-os com visitas domiciliares, roupas, calçados dentre outros insumos necessários para as pessoas.

Racionalização da prática da assistência: Antecedentes históricos

97

“O posicionamento desses filósofos apontava para a necessidade de se racionalizar a prestação da assistência, eliminando-lhe o caráter de manisfestação meramente eventual ou episódica.”

Os pensadores, entre os quais: Aristóteles, Platão, Sêneca e Cícero pensavam que a assistência deveria ser praticada não só como caridade e de vez em quando, mas sim, ser realizada sempre que for necessária.

Racionalização da prática da assistência: Antecedentes históricos

97

“(...) Desde a era medieval e avançando para épocas mais recentes, que atingiram até mesmo o século XIX, a assistência era encarada como forma de controlar a pobreza e de ratificar a sujeição daqueles que não detinham posses ou bens materiais. Assim, seja na assistência prestada pela burguesia, seja naquela realizada pelas instituições religiosas, havia sempre intenções outras além da prática da caridade. O que se buscava era perpetuar a servidão, ratificar a submissão.”

Racionalização da prática da assistência: Antecedentes históricos

97/98

“(...) A própria Igreja Católica, à medida que caminhou em seu processo organizativo como instituição, foi distanciando-se dos pobres e aliando-se à burguesia. Não obstante continuasse a proclamar a importância da caridade aos mais humildes, suas propostas e ações só aprofundavam o fosso que os separava dos poderosos.”

Em um certo momento, a Igreja Católica aliou-se a Burguesia por interesse, mas mesmo assim continuou a dar importância à caridade e aos mais humildes.

Racionalização da prática da assistência: Antecedentes históricos

98

“(...) As questões temporais tornaram-se mais relevantes que as espirituais, levando a Igreja Católica a se envolver em lutas pelo poder, em disputas por terras e propriedades.”

A Igreja Católica mudou sua visão, e preferia outros assuntos que julgava ser mais importantes que os espirituais, disputando terras e propriedades por exemplo, para ter mais poder.

Racionalização da prática da assistência: Antecedentes históricos

99

“(...) A tarefa de racionalizar a assistência impusera-se ao final da primeira metade do século XIX, pois os trabalhadores revelavam-se inarredáveis de sua causa, não obstante tivessem sofrido importantes derrotas naquele momento. Da aliança da alta burguesia inglesa com a Igreja e com o Estado nascera, sob a iniciativa da primeira, a Sociedade de Organização da Caridade.”

Com isso, foi criada a primeira proposta de prática para o Serviço Social no final do século XIX.

A Sociedade acreditava que impedindo os trabalhadores de se manifestar, mantendo o controle sobre a “questão social” é que poderia tudo funcionar adequadamente.

Racionalização da prática da assistência: Antecedentes históricos

100

“(...) Trata-se da função de controle propriamente dito, representando a resposta da burguesia à ameaça social (...)”

A Burguesia desenvolveu esta função de controle para controlar os operários e assim combater a “questão social”.

Racionalização da prática da assistência: Antecedentes históricos

101

“(...) Ao longo do tempo, a higiene e a educação foram colocando-se como atividades complementares da assistência (...)”

Essas três áreas foram incluídas dentro da assistência devido aos altos índices de morbidade que atingiam a Inglaterra neste momento.

Racionalização da prática da assistência: Antecedentes históricos

102/103

“(...) Assim, mais do que o atendimento pulverizado de questões particulares, realizado com pessoas individualmente, o que a burguesia desejava era uma prática social capaz de conter tais impactos e afastar os grandes perigos que a ameaçavam.”

A Burguesia desejava mais do que nunca a resolução da “questão social”, o atendimento da assistência, para que fosse possível a manutenção e ampliação da produção capitalista.

Racionalização da prática da assistência: Antecedentes históricos

104

“(...) Sob a influência da Sociedade de Organização da Caridade, os agentes voluntários já vinham desenvolvendo ali algumas atividades assistenciais, para as famílias mais pauperizadas da classe trabalhadora.”

Os agentes voluntários influenciados pela Sociedade de Organização da Caridade desenvolveram algumas práticas assistenciais para as famílias pobres dos trabalhadores.

Racionalização da prática da assistência: Antecedentes históricos

105

“(...) Na Sociedade de Organização da Caridade havia muitas manifestações contra o uso do inquérito domiciliar com fins repressivos e coercitivos.”

As pessoas não deveriam ser obrigadas a responder os inquéritos feitos pelos agentes da Sociedade de Organização da Caridade, e por isso, faziam muitas manifestações.

Criação das escolas e profissionalização do Serviço Social

 

  106

“(...) O impulso trazido pela criação da Escola foi muito importante para a sistematização do ensino do Serviço Social, bem como para o seu processo de profissionalização e institucionalização.”

A influência de Mary Richmond foi marcante e importante nesse processo, devendo-se a ela organização dos primeiros cursos de Filantropia Aplicada.

Criação das escolas e profissionalização do Serviço Social

 107

“(...) Na própria Sociedade de Organização da Caridade havia divergências sobre essa tese que dava à assistência a conotação de uma ação reformadora, de natureza individual.”

Criação das escolas e profissionalização do Serviço Social

108

“(...) Em tal conjuntura, uma ação que se operacionalizava como uma estratégia de controle social adquiria uma importância cada vez mais significativa.”

A prática da assistência caminhou de uma forma positiva à profissionalização graças à Mary Richmond com seu empenho pessoal e também à Sociedade de Organização da Caridade.

Criação das escolas e profissionalização do Serviço Social

109

“(...) O diagnóstico social ocupava para ela um papel de destaque e o caminho para obtê-lo era o inquérito realizado no próprio domicílio das pessoas, de preferência.”

Para Richmond, era muito importante a prática individual da assistência, porque assim era possível realizar o inquérito individualmente, nos domicílios.

Criação das escolas e profissionalização do Serviço Social

110

“(...) O trinômio higiene, educação e saúde, que caracterizava o Serviço Social na época, foi o que impulsionou a criação de um novo campo de ação, dessa feita na área escolar, destinando-se as crianças com problemas de aprendizagem.”

O Serviço Social também se encontrou na área da educação, pois as crianças também eram força de trabalho e ainda, de baixa remuneração.

Criação das escolas e profissionalização do Serviço Social

111

“(...) Seu processo de institucionalização caminhava a passos rápidos, ampliando-se sua penetração não só nas instituições públicas como também nas particulares.”

A demanda de cursos de qualificação para exercer a ação social só aumentava, e também se expandia nas escolas de Serviço Social.

Criação das escolas e profissionalização do Serviço Social

 

  112

“(...) Era nesses termos que a Sociedade de Organização da Caridade concebia o trabalho social, visualizando-o como uma atividade profissional que acima de tudo era o exercício de um ofício, baseado essencialmente na doação pessoal.”

A concepção do Serviço Social era adequada ao trabalho, defendida pela Sociedade de Organização da Caridade, pois buscava a realização pessoa, a re-criação intelectual , mais do que sua própria remuneração.

Criação das escolas e profissionalização do Serviço Social

 113

“(...) O resultado de todo esse processo foi que Europa e Estados Unidos seguiram diferentes percursos no que se refere à profissionalização do Serviço Social, o que conduziu a operacionalização da prática e a organização da categoria profissional a diferentes patamares.”

Europa e Estados Unidos seguiram diferentes rumos para a profissionalização do Serviço Social, consequentemente, tiveram resultados diferentes em relação a organização da categoria profissional.

ASSUNTO (tema que está abordando)

PÁG.

SÍNTESE (citação)

OBSERVAÇÕES (comentários pessoais)

Trajetória de profissionalização do Serviço Social: Perspectiva europeia e americana. Influência da Igreja Católica

114

“Definir os rumos da prática do Serviço Social era uma tarefa altamente complexa, no interior da grave problemática que caracterizava o terço final do século XX, na Europa e nos Estados Unidos.”

No final do século XX a Europa e os Estados Unidos estavam passando por transformações no capitalismo. Na Europa após a Revolução Russa os operários lutavam para tornar firme suas conquistas políticas: Leis e organização do trabalho, o capitalismo monopolista da Europa ocasionou o empobrecimento de grande parte da população. Já nos Estados Unidos, após a primeira Guerra Mundial, se tornaram o centro de uma sociedade capitalista que passa por um processo de industrialização. O Serviço Social surge com o objetivo de minimizar os efeitos da Questão Social e como atividade reformadora do caráter. No contexto desse período (século XX) os Estados Unidos busca conhecimentos científicos: Psicologia, Psicanálise, Medicina e Direito.

115

“... Na importância do trabalho social, em especial em seu alcance quando realizado com pessoas individualmente.”

“Entendiam as lideranças das sociedades de organização da caridade que, em vez de agir sobre os indivíduos para mantê-los ajustados à sociedade, era preciso agir sobre este...”

Mary Richmond defende em seu livro que para um trabalho social é importante que o mesmo seja desenvolvido individualmente, pois, dessa forma manteria a organização social. A Europa buscava o Serviço Social por meio da Sociologia, pois acreditava que entender a sociedade seria mais viável que entender o indivíduo.

116

“O pensamento conservador, associado ao forte vínculo com a Igreja  Católica, que foi tornando-se presença dominante no Serviço Social europeu...”

A Igreja Católica tornava-se cada vez mais atuante no Serviço Social e sua união com a sociedade europeia controlava a repressão e a organização da sociedade burguesa.

117

“Não eram os interesses deles como classe que mobilizavam as suas ações profissionais.Na verdade, ao contrário, eram os interesses da burguesia que estavam em jogo e que determinavam a direção da prática social.”

A prática social não era totalmente voltada para os interesses dos operários, era importante que atendesse aos interesses da burguesia.

118

“... Se escondiam interesses repressivos e controlistas sobre o movimento dos operários, o Estado e a burguesia procuravam implementar políticas assistenciais (...) capazes de atuar como fatores de desmobilização do proletariado.”

Por de trás de interesses o Estado e a burguesia objetivava-se em criar políticas assistenciais com o intuito de desfazer os movimentos dos operários.

119

“... A legitimação de sua prática não decorreu da população usuária, mas sim da classe dominante.”

“A forte influência da Igreja Católica fazia com que a linha divisória entre a prática religiosa e profissional se tornasse cada vez mais tênue.”

A prática do Serviço Social não foi concretizada com o proletariado e sim com a classe burguesa, devido ao seu poder dominante. A Igreja Católica contribuiu para que tornasse mais frágil a divisão entre a prática religiosa e a profissional.

120

“... A Igreja oferecia as bases para que os assistentes sociais realizassem sua prática, em contrapartida, eles colocavam a sua prática a serviço da Igreja.”

O Serviço Social surge como departamento da Igreja Católica, que por sua vez disponibiliza as suas dependências para a prática da ação social. Do outro lado os assistentes sociais colocaram a serviço da Igreja suas práticas assistenciais.

121

“... As qualidades pessoais, vocação, a disposição para servir continuavam presentes como elementos essenciais, aos quais era preciso acrescentar o preparo técnico-científico para o adequado exercício da prática social.”

O Serviço Social é visto como ações de caridade, mas muito mais que isso, é uma profissão que visa conter com os fenômenos da Questão Social decorrente do capitalismo.

122

“A luta pela vida, pela sobrevivência, pelo trabalho, pela liberdade levava o proletariado a avançar em seu processo organizativo, o que era visto com muita apreensão.”

No Brasil, semelhante ao modelo europeu,  não foi diferente o proletariado lutava pela sua sobrevivência, liberdade e organização do trabalho. O Estado e a Igreja por sua vez buscavam desenvolver estratégias de disciplina a fim de enfraquecer os movimentos da classe operária.

123

“Historicamente, esse foi o evento que marcou o primeiro passo da longa caminhada do Serviço Social no solo brasileiro, que já se iniciou sob o revelador signo da aliança com a burguesia.”

No Brasil, mais especificamente no Estado  de São Paulo o cenário era de disputas políticas e de receio quanto à instalação do comunismo, nesse contexto houve incentivo quanto a participação das mulheres na política do Estado.

124

“... A identidade atribuída ao Serviço Social pela classe dominante era uma síntese de funções econômicas e ideológicas, o que levava à produção de uma prática que expressava fundamentalmente como um mecanismo de reprodução das relações sociais de produção capitalista como estratégia para garantir a expansão do capital.”  

A burguesia definiu o Serviço Social como meio de reproduzir as relações sociais para manter sua prática de controle sobre a classe operária, mantendo a ordem social e para a expansão do capitalismo como algo ideal para a sociedade.

125

“Foi em meio a esse complexo quadro que o Serviço Social iniciou sua trajetória em direção à sua profissionalização no Brasil.”

Com a implantação do Estado Novo, os interesses da burguesia em controlar a classe operária e o avanço da Questão Social fez-se necessário a institucionalização do Serviço Social como profissão.

126

“Para este, e especialmente para a classe dominante que corporificava a identidade da prática social, consistia exatamente em suas funções ideológicas de controle social...”

O Serviço Social baseava-se em atividades ideológicas de controle e também exercia papel importante na economia favorecendo o crescimento do capitalismo.

127

“Acabaram por produzir práticas que expressavam e reproduziam os interesses da classe dominante, tendo por objetivo maior ajustamento político e ideológico da classe trabalhadora aos limites estabelecidos pela burguesia.”

No início o Serviço Social atendia aos interesses da classe burguesa. Os assistentes sociais trabalhavam com ações de ajustamento político e ideológico estabelecidos pela burguesia.

128

“ A alienação presente na sociedade capitalista tendo encontrado a base social necessária, penetrou na consciência dos agentes profissionais, constituindo sério obstáculo para que pudessem estruturar sua consciência política, sua consciência social.”

A influência da burguesia sobre o contexto de uma sociedade alienada fez com que os agentes profissionais não organizassem sua consciência política social.

129

“... Prestando lhe importantes serviços e respondendo a interesses do capital, (...) o Serviço Social avançou em seu processo de institucionalização.”

Atendendo aos interesses da classe dominantes o capital, houve um aceleramento no processo de profissionalização do Serviço Social. O Estado logo o inseriu na divisão sócio técnica do trabalho e regularizou seu ensino.

130

“... As ações profissionais dos assistentes sociais atendiam muito mais aos interesses dos capitalistas do que aos do proletariado enquanto classe.”

A prática dos assistentes sociais atendia também a classe operária com ações de ajustamento social e do trabalho, porém, favorecia mais a classe dominante.

131

“A ausência de identidade profissional, de projeto profissional específico, produzia uma grande fragilidade em termos de consciência política, de consciência social.”

A ausência de um projeto específico para a profissão e as contradições do capitalismo impedia o avanço do Serviço Social.

132

“... Com a crise internacional do comércio e com a queda da bolsa de valores em Nova Iorque, os assistentes sociais americanos haviam desenvolvido um novo método de trabalho com grupos.”

Na década de 30 perante o cenário de crise pelo qual os Estados Unidos estavam passando, os assistentes sociais criaram um novo método de trabalho (estratégias rápidas e eficazes) para operacionalizar a política de ação dos Estados Unidos.

133

“O adensamento do aparato burocrático institucional do Estado, (...) demandava a presença de um número crescente de profissionais, para operacionalizar suas propostas políticas”.

Com a construção de um serviço público instituído pelo Estado há a necessidade de mais profissionais com o objetivo de lidar com as novas propostas políticas e de inclusão da classe trabalhadora.

134

“Na base de suas escolhas, o que estava presente era a busca de qualificação profissional, de carreira remunerada e de melhores salários.”

Pessoas da pequena burguesia começaram a atuar nas instituições sociais e sua ideologia não era mais a prática de ações de vocação ou religiosas, mas sim interesses em qualificação e remuneração.

135

“... O serviço social caminhava em seu processo de institucionalização, atravessado continuamente pelo signo da alienação, que, como encobrindo a consciência social dos agentes profissionais, (...) os levavam a ser desenvolver com práticas conservadoras, burguesas, que visavam apenas a reprodução das relações sociais de exploração, fundamentais para a sustentação do processo de acumulação capitalista.”

Guiado sempre pelo capitalismo, Estado, Igreja e burguesia o serviço social desenvolvia práticas conservadoras  que favoreciam relações de exploração e mantinham o capitalismo e o interesse da classe dominante.

Rompendo com a alienação

136

“Os momentos de crise , inerentes ao sistema capitalista, exercem um efeito bastante paradoxal sobre as pessoas e as classes sociais, em função de sua posição no processo produtivo, de sua aproximação à totalidade.

As crises do capitalismo afeta várias classes sociais.

O sistema capitalista exerce sobre as pessoas poder de alienação.

137

“Como processo histórico-social e referenciado a um projeto mais amplo de sociedade, essa ruptura da alienação não é por certo um ato individual apenas.É fruto de um movimento histórico de homens livres e associados na produção de sua existência social, na busca de compreensão da realidade e na produção...”

O desenvolvimento da consciência de classe, através de homens livres, é capaz de romper com a alienação causada pelo sistema capitalista.

...

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