Os Indígenas na formação da família brasileira
Por: 139478 • 4/5/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 656 Palavras (3 Páginas) • 159 Visualizações
UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE
CURSO: SERVIÇO SOCIAL - BACHAREL
DISCIPLINA: FORMAÇÃO SOCIO- HISTÓRICO E POLÍTICA DO BRASIL
SEMESTRE: 3º ANO 2015
PROFESSOR:
ACADÊMICA:
SINTESE DO CAPÍTULO 2.
Os indígenas na formação da família brasileira
FREYRE, Gilberto. Casa-Grande & Senzala. Editora Record, Rio de Janeiro, 1998, cap. IV, 34ª edição.
No capítulo 2 Gilberto Freyre se propõe a analisar a formação da família brasileira. Para isso, enumera certas influências dos vários povos que contribuíram para a sua formação, destacando a miscigenação racial.
Democracia racial, considerou Freyre que predominou no Brasil, para a formação étnica e cultural da sociedade. De forma praticamente harmoniosa para a organização de costumes e hábitos da sociedade patriarcal brasileira os povos nativos os portugueses e os negros africanos tiveram grande contribuição.
Freyre considera, a casa-grande como lugar de excelência da manifestação do caráter brasileiro.
A casa-grande era residência, concebida como modelo feudal de sede administrativa, um lugar de poder. Freyre tenta resgatar as tradições brasileiras, tentativa de buscar o “tempo perdido”, ele nos atenta para os domínios desse poder.
De forma profunda ele aborda e analisa os ritos religiosos, culinária, higiene e outros aspectos da história do cotidiano. As influências deixadas pelos povos indígenas a cultura dos caboclos do norte e do nordeste brasileiro.
Gilberto descreve os indígenas, sem desenvolvimento militar ou técnico e chega a compará-los a crianças, uma visão bem etnocêntrica.
A incapacidade de defesa observada pelo autor chegava a tal ponto que não despertou nos conquistadores um desejo ou necessidade de extermínio, mas sim de aproveitamento dos sujeitos aqui encontrados. Não sendo necessário o extermínio desses povos, pelo contrário, o processo de colonização das novas terras se deu, a princípio, com recorrente união entre europeus e indígenas.
Ainda quanto ao aspecto da miscigenação, o indígena é apresentado como um ser propenso a uniões exogâmicas, devido ser, de modo geral, também poligâmico, essa característica ajudou na difusão da colonização. Por outro lado, a poligamia foi uma das características culturais mais combatidas pelos padres da Companhia de Jesus no Brasil.
Entre outras características apresentadas de influência indígena no povo brasileiro está o totemismo e possíveis superstições como o uso de amuletos da sorte. Como exemplo de tal afirmação, Freyre destaca o uso predominante da cor vermelha entre os povos do norte do Brasil. Na cultura indígena, pintar o corpo de vermelho protegia contra os maus espíritos. Chegava-se inclusive a pintar os recém nascidos com fins profiláticos, uma vez que se acreditava que as doenças eram causadas por espíritos maus.
Sob o aspecto da influência dos jesuítas no processo de integração,absorção e destruição da cultura indígena,o combate à poligamia, a insistência ao uso de roupas, e principalmente, o fim das práticas totêmicas e fetichistas. Os jesuítas tentaram inculcar hábitos e vestimentas europeus aos indígenas.
O vestuário imposto aos indígenas pelos missionários europeus vem afetar neles noções tradicionais de moral e higiene, difíceis de substituírem por novas. “Entretanto, são povos de um asseio corporal e até de uma moral sexual às vezes superior à daqueles que o pudor cristão faz cobrirem-se de pesadas vestes”.
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