Os sentidos do trabalho

FENOMENOLOGIA

O seguinte texto apresenta os principais elementos dessa corrente filosófica de Edmund Husserl chamada fenomenologia. Para Husserl a filosofia era a única ciência que possibilitava o ser a chegar a verdade das coisas. Foi uma corrente filosófica criada no final do século XIX, para combater a psicologia positivista que era dominante na época. Onde o foco era a consciência reflexiva, os fenômenos e suas essências. Assim, conhecendo a estrutura intencional ou a essência da consciência, se pode conhecer a essência do seu objeto. Segundo Husserl a verdade é a experiência vivida de si mesma.

O AUTOR

Edmund Husserl (1859 – 1938) o mentor da Fenomenologia, nasceu na ex Tcheco – Eslováquia estudou matemática e filosofia, foi professor em importantes universidades Europeias. Husserl visava estabelecer um método de fundamentação da ciência e da constituição da filosofia como ciência rigorosa. A Fenomenologia afirma que toda consciência é intencional.

A obra de Husserl intitulada Ideias para uma Fenomenologia Pura e uma Filosofia Fenomenológica (1913), propõe a Fenomenologia com uma investigação sistemática de consciência e de seus objetos. Husserl influenciou muito a filosofia contemporânea, e especialmente na Alemanha, onde Heidegger e Scheler foram seus discípulos, e na França, mais diretamente com uma filosofia fenomenológica, Merleau – Ponty, e indiretamente com o Existencialismo, Sartre. Com a teoria Husserl buscou eliminar a confusão entre Psicologia e Fenomenologia.

As principais obras de Husserl são: Filosofia da Aritmética (1891), Investigações Lógicas (1900 – 1901), A filosofia como Ciência Rigorosa (1910 – 1911), Ideias para uma Fenomenologia Pura e uma Filosofia Fenomenológica (1913), Lógica Formal e Transcendental (1929), Meditações Cartesianas (1931), Crise das Ciências Europeias e a Fenomenologia Transcendental (1936).

FENOMENOLOGIA

O que é fenomenologia?

É uma corrente filosófica na expressão de Edmund Husserl, significa o estudo ou a ciência do fenômeno onde toda a consciência tende para o mundo, não se separa consciência do mundo. A imaginação, o espaço, o tempo, a empatia, é dado ao sujeito por meio da consciência que os apreende. Toda consciência é consciência de alguma coisa, ela é incerteza objetiva mantida no seu interior, dando voz ao indivíduo, a consciência é a doadora de sentido, fonte de significado para o mundo. A fenomenologia pura ou transcendental é uma ciência das essências, dos seus pensamentos, dos seus sentimentos e não de dados concretos

EPOCHE

Edmund Husserl queria eliminar a confusão entre psicologia e fenomenologia. Psicologia são dados concretos que acontecem de fato, os fenômenos considerados pela psicologia são acontecimentos reais, que acontecem as pessoas. A fenomenologia que é chamada pelo autor de “pura” ou “transcendental” vem das essências, não é algo real, não é concreto, na fenomenologia de Husserl os fenômenos que estão somente na consciência é que são validos, os fenômenos devem ser pensados na concepção mental de cada um. Para ele a fenomenologia tinha o papel de extrair as características reais dos fenômenos psicológicos e levá-los ao plano real.

Com a redução eidética, que é a transformação de fenômenos em essências, também há a redução fenomenológica que transforma esses fenômenos em irrealidades. Assim temos a investigação fenomenológica que se vale da redução fenomenológica da epoché.

EPOCHÉ: Colocar entre parênteses tudo que é exterior a nós, mesmo as outras pessoas, suspendendo dos juízos de valor acerca do mundo exterior.

Temos três exemplos de epoché:

Epoché/ Suspensão do juízo: Se opõe ao dogmatismo, não aceita nem nega uma determinada proposição ou juízo.

Epoché Cética: É a suspensão do juízo, para os céticos a epoché era a única capaz de tornar um ser imperturbável.

Epoché fenomenológica: Na obra de Edmund Husserl é a “contemplação desinteressada de qualquer interesse natural