POLÍTICAS SOCIAIS BRASILEIRA NO PERÍODO DE 1960 a 1980
Por: gracasale • 22/8/2016 • Trabalho acadêmico • 1.300 Palavras (6 Páginas) • 295 Visualizações
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 DESENVOLVIMENTO 4
3 CONCLUSÃO 7
4 REFERÊNCIAS 8
1 INTRODUÇÃO
O trabalho propõe traçar uma breve trajetória histórica do serviço social no Brasil, com seu surgimento a partir dos anos de 1930, quando se iniciou o processo de industrialização e urbanização no país, sendo marcado por grandes transformações do desenvolvimento do serviço social no período de 1960 a 1980 com grandes mudanças às políticas sociais.
Dentro de um contexto histórico o período de 1960 a 1980, surge no Brasil um avanço e crescimento na vida em sociedade, num todo, num grupo que luta por melhores condições de vida, no sentido de se consolidarem não só novas políticas sociais bem como ampliar as perspectivas até mesmo dos profissionais da área quanto sua função na sociedade.
A trajetória do serviço social não foi fácil, possuindo características complexas, que até hoje a sociedade vê a profissão como forma de distribuir benefícios do governo, devido ao surgimento estar vinculado à emergência da questão social, problemas políticos, sociais e econômicos, que foi reclamado pela classe operária no inicio do capitalismo, mas ao longo da história muito se tem feito para quebra da imagem.
2 DESENVOLVIMENTO
A raiz da assistência surge na antiguidade, antes mesmos do surgimento dos estados europeus modernos, com o conceito de caridade, nos mais diferentes pontos do mundo antigo, a assistência era reservada às confrarias, através de visitas domiciliares, em especial para as viúvas, órfãos, idosos e enfermos, cuja pratica era ofertar bens materiais aos pobres.
Tendo ainda, a igreja Católica, que prestava atividade de bem-estar social, por prestação de esmolas aos pobres, abrigo para os desabrigados e cuidados com os doentes, cuja tarefa era delegada aos membros leigos da igreja, ampliando suas ações, com elaboração de inquéritos sociais e visitas domiciliares “Surgiu como um departamento de ação social que deveria funcionar como alternativa à caridade e a repressão”. De acordo com Raichelis (1988)
O Serviço Social surge no Brasil, na sociedade capitalista, buscando afirmar-se historicamente como uma pratica de cunho humanitário, através da legitimação do Estado e da proteção da igreja, favorecendo a classe burguesa, pois o trabalho era a favor das classes dominantes para que a classe menos favorecida sinta-se amparada, onde se criou o mito que o profissional do Serviço Social e aquele que faz caridade.
Com a intensificação do processo de industrialização, ampliaram-se as demandas de intervenção na questão social, desenvolvendo a pratica profissional com abordagem individual e de grupo, passando o Serviço Social a ter uma significância maior, para unificar a população aos planos nacionais e regionais de desenvolvimento.
Nas décadas de 1960 e 1970, as políticas sociais foram ampliadas, mas sem significar uma melhoria na qualidade de vida para a população, com as praticas setorizadas e fragmentadas e os recursos pulverizados entre a execução do governo e rede filantrópica.
Com o regime militar em 1964, o povo lutava por reivindicações de seus direitos, ocorrendo confrontos, pois o governo introduzia a questão social no Brasil a estabilidade política e social, manipulando os direitos dos civis.
No período da ditadura militar iniciou-se o Movimento de Reconceituação do Serviço Social na América Latina, por insatisfação dos profissionais, por sua vez, no Brasil, a Reconceituação aconteceu de uma forma diferente dos outros países da América Latina, já que a ditadura militar brasileira realizou uma “modernização conservadora”. Esse movimento foi criado para dar resposta aos questionamentos da sociedade ao serviço social tradicional, e para atendimento das reais necessidades da América latina, em confronto com governos imperialistas e capitalistas. Esse movimento foi um período longo que se estende até a década de 80.
O “milagre econômico brasileiro” período de décadas de desenvolvimento autoritário do regime militar, teve seu fracasso no final da década de 70, onde a concentração de renda crescia e o país aumentava as dividas externa, a maior parte dos brasileiros não desfrutavam desse milagre e sob conseqüência na década de 80 o crescimento com registros de expressáveis do nível de pauperização, com registros de miséria absoluta, altos índices de mortalidade infantil e desnutrição, sendo inseridos nas instituições diversos programas, constituídos de ações fragmentadas, que buscam atender as exigências desse contingente da população cada vez mais dependente de “benefícios”
A não assistência no campo da saúde e não universalização no acesso a saúde que se estendeu durante o período do regime militar, causando agravo da questão social, ligadas ao quadro de saúde da população, seja pelo desemprego, precarização dos serviços públicos, falta de programas de habitação entre outras contradições, levaram a um período de intensas mobilizações compreendido entre 1974 a 1979.
O movimento da reforma sanitária foi aprovado durante o processo constituinte, contemplada na constituição federal de 5 de outubro de 1988, na Ordem Social, no seu Capítulo II, que trata da Seguridade Social, que aboliram a figura do “indigente” e a exigência de carteira para atendimento, E “o conteúdo ideológico deste capítulo demonstra a preocupação com o bem-estar, a igualdade e a justiça na sociedade, concretizados com o exercício dos direitos sociais” (NORONHA; LIMA; MACHADO, 2008, p. 437). Direitos esses que perpassam
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