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Case BOEHM

Edward Marshall Boehm, fazendeiro, veterinário, amante da natureza, vivendo próximo à Nova Yorque, foi convencido pela esposa e alguns amigos a reproduzir algumas de suas esculturas de animais silvestres feitas em barro, em peças para serem vendidas como lembranças de viagem ou até obra de arte. O Primeiro desafio foi encontrar um material que apresentasse grande facilidade de modelagem, fosse estável depois de pronto e possibilitasse variedade de cores. Após pesquisas, determinou-se que a porcelana era o material ideal e ainda possibilitava um efeito plástico maior por ser translúcida. Ocorre que não existiam muitos livros sobre o assunto, nem muitas empresas a pesquisar a fim de se descobrir os segredos da arte da porcelana. Assim, exaustivamente, Boehm se dedicou à pesquisa e, após meses, graças ao auxílio de alguns amigos químicos, chegou à mistura de argila que garantiria resultados comparáveis às melhores porcelanas no mundo.

Depois, Boehm especializou-se na arte de produção de animais em porcelana. Cada peça era um desafio em si, tanto na técnica quanto na arte. O processo envolvia até 52 estágios diferentes para se obter a peça final. Alguns modelos compunham-se de 151 partes que exigiam 509 moldes diferentes, consumindo 8 toneladas de mistura de argila. Em alguns pássaros, os detalhes das penas podem exigir 60.000 entalhes. Cada criação precisa ser cozida em altas temperaturas, exigindo grandes cuidados para que não se deforme por inteiro. A Pintura também requer cuidados especiais, com várias demãos de tinta e, muitas vezes, novo cozimento.

Quanto as primeiras peças chegaram ao mercado, todos se admiraram com o bom gosto, beleza, riqueza de detalhes e delicadeza, principalmente nas peças que retratavam pássaros. Isso porque Boehm retratava os animais em seu habitat natural. Portanto, foi fácil sua esposa Helen, vendedora nata, vender as criações do marido, durante suas horas de almoço. Tal facilidade levou a venda “porta a porta” e possibilitou a expansão dos negócios. As peças mais apreciadas eram as que retratavam pássaros exóticos, cada vez mais perfeitos, apesar de cavalos e cachorros também serem produzidos.

A partir de 1968, algumas peças produzidas, em especial os pássaros, tornaram-se itens de coleção. Uma peça complexa e delicada como “Fondo Marino” podia alcançar até US$28,500.00 nas lojas e um valor superior, numa eventual revenda posterior.

Seu trabalho era importante, pois ajudava na conscientização ecológica e preservação de recursos naturais, tendo chegado a viajar para lugares ermos somente para poder descobrir e retratar animais ameaçados de extinção.

Contrataram uma empresa para distribuir as porcelanas aos Outlets.

A linha de produto incluía:

1. A série de esculturas múltiplas de pequenos filhotes de pássaros, vendidos por US$100.00.

2. A lucrativa série de esculturas múltiplas complexas retratando pequenos animais silvestres, com preços de US$800.00 a US$5,000. 00 e

3. As esculturas únicas, verdadeiras peças artísticas especiais como o “Fondo Marino” que podem alcançar até US$28,500. 00.

As esculturas únicas de Boehm estão sendo cada vez mais vistas e reconhecidas como obras de arte por sofisticados colecionadores. Peças deste tipo poderiam ser vendidas antecipadamente, representando uma boa carteira de pedidos, equivalente à produção de um longo período de tempo, porém é difícil determinar qual o tipo de peça que teria esse sucesso.

Hoje em dia, nenhuma das políticas adotadas no passado pela empresa parece dar resultado. Os Boehm gostariam de planejar a longo prazo. Quando perguntados sobre o que esperam da empresa, eles respondem tornar, mundialmente reconhecido o talento artístico de Boehm,