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Primeiros Socorros

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Por:   •  18/5/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.633 Palavras (7 Páginas)  •  249 Visualizações

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Introdução

Automedicação traduz-se na atitude pela qual o utente solicita um medicamento sem a apresentação de receita médica ou apresenta uma queixa da qual resulta a cedência de um medicamento por um profissional de farmácia. O objectivo é tratar ou aliviar queixas auto-valorizadas e de curta duração, sem recurso à consulta médica.

A frequência e distribuição da automedicação estão relacionadas com a organização do sistema de saúde de cada país.

Os médicos e farmacêuticos desempenham um papel fundamental no acompanhamento dos doentes em automedicação.

Estes profissionais de saúde deverão figurar autênticos conselheiros. As suas orientações são cruciais face à comum pressão dos consumidores que pretendem uma maior acessibilidade aos medicamentos, em resposta ao ritmo de vida actual.

Em 1997, foi produzido pelas instituições ligadas aos farmacêuticos, médicos e indústria farmacêutica, a nível Europeu (Common Position State Statement, 2 de Outubro de 1997), um documento que identifica como situações passíveis de automedicação a constipação, gripe, tosse, dor de garganta, rinite alérgica, feridas na cavidade oral, indigestão, obstipação, vómitos, diarreia, hemorróidas, queimaduras solares, verrugas, dores moderadas (cabeça ou muscular) e alguns problemas de pele.

O período para o qual se considera a automedicação como adequada não deve exceder 3-7 dias. Deve ser dedicada especial atenção às grávidas, mulheres que se encontram a amamentar, bebés e crianças.

O presente trabalho visa fornecer pistas para uma reflexão sobre a automedicação no concelho de Tondela, enquanto aspecto caracterizador da população concelhia.

Porque se trata de um tema objectivo de inesgotável reflexão, pois a automedicação é um processo integrante de um sistema complexo, com alguma incidência na sociedade actual, houve necessidade de delimitar o âmbito deste estudo em função de algumas variáveis.

Por fim, e relativamente ao tipo de discurso que foi adoptado, tivemos presente, na medida do possível e sem prejuízo do rigor científico, facilitar a leitura/consulta do mesmo.

Amostra e método

Tendo em conta as variáveis em estudo, o modelo utilizado foi o descritivo.

O número total de entrevistas em análise foi de 296.

O estudo foi realizado pelas 26 freguesias do concelho de Tondela, sabendo que estas foram agrupadas em 6 classes tendo em conta o número total de indivíduos da população presente em cada freguesia, dados estes que foram recolhidos nos últimos censos (2001). Esta divisão permitiu-nos distribuir de forma ponderada os questionários.

Assim, à classe 1 pertencem as freguesias cujo número total de indivíduos é 570 e nestas foram realizados 8 inquéritos.

Na classe 2 inserem-se as freguesias cujo número total de indivíduos pertence ao intervalo [570, 950 [. Nestas foram distribuídos 10 inquéritos.

À classe 3 correspondem as freguesias cujo número total de indivíduos pertence ao intervalo [950, 1600 [, sabendo que nestas foram efectuados 12 inquéritos.

À classe 4 correspondem as freguesias cujo número total de indivíduos pertence ao intervalo [1600, 2100 [, nas quais foram realizados 14 inquéritos.

Na classe 5 incluem-se as freguesias cujo número total de indivíduos se insere no intervalo [2100, 3520 [e nestas foram distribuídos 16 inquéritos.

À classe 6 corresponde a freguesia cujo número total de indivíduos é 3520. Nesta foram realizados 18 inquéritos.

Os inquéritos foram distribuídos equitativamente por indivíduos do sexo masculino e feminino, segundo as seguintes faixas etárias:

• <20;

• [20, 35 [;

• [35, 60 [;

• 60.

Nas freguesias onde não foi possível distribuir os inquéritos de forma equitativa pelas faixas etárias (referimo-nos às classes 2,3,4,6), privilegiámos aquelas que consideramos predominantes nas respectivas freguesias.

A informação foi recolhida através de um questionário com 10 perguntas, mediante entrevista directa feita pelos elementos do grupo.

O questionário continha variáveis de caracterização sócio-demográfica (sexo, idade, nível de escolaridade e situação perante a profissão), bem como, variáveis relacionadas com o consumo, ou não de medicamentos por automedicação, com o tipo de medicamentos ingeridos por automedicação, com a procura, ou não de esclarecimentos sobre o medicamento consumido, com a toma diária de medicamentos prescritos, e com o conhecimento dos riscos inerentes à automedicação.

Os medicamentos foram agrupados de acordo com a orientação de uma farmacêutica, tendo em conta os seus efeitos terapêuticos, em: anti-piréticos/anti-inflamatórios/analgésicos, preparações estomatológicas, laxantes, analgésicos/anti-pirético, descongestionantes nasais, antitussicos, anti-gripais, rouquidão/dores de garganta.

Resultados

A prevalência global da automedicação encontrada entre os 296 inquiridos foi de 57. 8%.

Gráfico 1: Prevalência da automedicação por sexo

Dos 146 indivíduos do sexo feminino entrevistados, 61.6% responderam que se automedicavam.

Dos 150 indivíduos do sexo masculino auscultados, 54.0% responderam que se automedicavam

Gráfico 2: Prevalência da automedicação por faixa etária

Foram inquiridos 58 indivíduos com idade inferior a vinte anos, dos quais 75.9% declararam automedicar-se.

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