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Programa Saúde da Família (PSF)

Pesquisas Acadêmicas: Programa Saúde da Família (PSF). Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  21/5/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  6.696 Palavras (27 Páginas)  •  541 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

O Estágio curricular supervisionado visa proporcionar ao aluno uma adaptação “à futura profissão”, facilitando sua inserção no mercado de trabalho, orientando-o na escolha de sua especialização profissional. Assim, o aluno da enfermagem deve tornar-se um técnico capacitado a atuar, com senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania, promovendo a saúde integral do ser humano. É através do estágio que o aprendiz adquire experiência e vivência práticas de todo o conteúdo teórico exposto pelos professores, possibilitando a sua integração com a profissão escolhida. Pode-se afirmar que um estágio de prática permite a nós futuros profissionais conhecermos a realidade, e favorece a aproximação junto a outros profissionais da saúde, levando ao paciente um carinho e cuidado merecedor e digno.

A realização do estágio é de grande valia para uma boa formação profissional, na avaliação e na elaboração de melhores formas de prestar assistência a todos, vendo o paciente sob outra perspectiva.

2 FASE I : SAÚDE PÚLBLICA

Saúde Pública é a ciência e a arte de evitar doenças, prolongar a vida e desenvolver a saúde física e mental e a eficiência, através de esforços organizados da comunidade para o saneamento do meio ambiente, o controle de infecções na comunidade, a organização de serviços médicos e paramédicos para o diagnóstico precoce e o tratamento preventivo de doenças, e o aperfeiçoamento da máquina social, que irá assegurar a cada indivíduo, dentro da comunidade, um padrão de vida adequado a manutenção da saúde.

A saúde pública objetiva prevenir doenças e promover saúde em populações através de esforços comunitários, tendo como principal instrumento o Estado.

Quando se cogita oferecer soluções para elevar o nível de saúde deve-se considerar que o problema não pode ser resolvido com a formação de um número maior de instituições (mesmo que bem aparelhadas) e profissionais de saúde altamente especializados, pois a questão da saúde passa invariavelmente pelas condições socioeconômicas da população.

A saúde pública centra sua ação a partir da ótica do Estado com os interesses que ele representa nas distintas formas de organização social e política das populações. Na concepção mais tradicional, é a aplicação de conhecimentos (médicos ou não), com o objetivo de organizar sistemas e serviços de saúde, atuar em fatores condicionantes e determinantes do processo saúde-doença controlando a incidência de doenças nas populações através de ações de vigilância e intervenções governamentais. Não deve ser confundida com o conceito mais amplo de saúde coletiva.

2.1 Programa Saúde da Família (PSF)

Os governos e prefeituras recebem incentivos financeiros para o desenvolvimento das atividades voltadas para a atenção básica e, de acordo com a legislação mais recente, tornam-se os grandes responsáveis pelo desenvolvimento das mesmas.

As unidades de saúde da família devem caracterizar-se como porta de entrada dos usuários para os serviços de saúde. Não devem servir apenas para a triagem e encaminhamento dos clientes, mas sim desenvolver atividades de assistência que atendam aos problemas mais comuns da população. Dessa forma, a unidade de saúde funcionaria como um “funil”, dando conta de aproximadamente 85% da demanda exigida pela clientela.

Uma etapa importante, que deve ser realizada, consiste na abertura de espaços de discussão e negociação entre gestores e representantes da comunidade (Conselhos de Saúde, associações de bairro, etc.) que se pretende assistir, ocasião em que se debaterá a importância do programa, seus objetivos e propostas.

Além disso, a definição conjunta das propriedades reforça o objetivo do PSF de promover o desenvolvimento integral da comunidade que prevê a participação da comunidade no planejamento das ações de saúde para ela direcionadas. Tal estratégia torna mais fácil o acertar, uma vez que a programação das ações elaboradas situa-se cada vez mais próxima das necessidades da população. Dessa forma, o mecanismo de controle social é fortalecido pela inserção dos representantes da comunidade nos Conselhos de Saúde (municipais e locais), estando em condições de contribuir mais efetivamente na formulação de políticas nessa área.

Após implantada , a equipe do PSF inicia suas atividades com o cadastramento da clientela, processo que permite a criação de vínculos entre as equipes e as famílias, a identificação dos fatores relacionados ás condições de saúde local e do âmbito onde as suas ações e de outros setores – como habitação e saneamento – serão necessárias.Assim,faz-se necessário utilizar,para cada família,uma ficha de cadastro contento as seguintes informações : Dados demográficos,Dados socioeconômicos,Dados socioculturais,Dados sobre o meio ambiente e Dados morbidade.

O cadastramento possibilitará a alimentação do banco de dados criado exclusivamente para armazenar informações sobre a atenção básica: o Sistema de Informações sobre Ações Básicas (SIAB) – utilizado para avaliar os resultados obtidos com o desenvolvimento de atividades das equipes do PSF e estudar as características das pessoas, dos domicílios e das condições do saneamento em que vivem as famílias sob responsabilidade das equipes. A avaliação das atividades do programa considera, ainda, os indicadores de saúde produzidos, o alcance das metas programadas, a satisfação da equipe de saúde da família e dos usuários e alterações efetivas no modelo assistencial.

2.2 Clínica Médica

A Clínica Médica é um setor onde acontece o atendimento integral do indivíduo com idade superior a 12 anos de idade, que se encontra em estado crítico ou semi-crítico, que não são provenientes de tratamento cirúrgico e ainda aqueles que estão hemodinamicamente estáveis, neste setor e prestada assistência integral de enfermagem aos pacientes de média complexidade.

Clínica: Vem do grego Kline: leito, acamado

Médica: Vem do latim medicus: Cuidar de.

A Clínica Médica compreende um grupo de especialidades médicas desenvolvidas dentro de uma unidade, organizada segundo um conjunto de requisitos, onde o paciente internado é submetido a exames clínicos (anamnese), físicos, laboratoriais e especiais com a finalidade de definir um diagnóstico e, a seguir um tratamento específico. Os objetivos do serviço de enfermagem em Clínica Médica são: Proporcionar ambiente terapêutico adequado aos pacientes com patologias diversificadas, em regime de internação e Manter de um padrão de assistência prestada aos pacientes, o que exige a aplicação de um plano de cuidados de enfermagem para a patologia específica do paciente/cliente. “O indivíduo, cliente internado, é um todo, ser humano indivisível e único; está em constante interação com o ambiente dando e recebendo energia; possui desequilíbrio de NHB, (Necessidades Humanas Básicas), em nível psicológico, psicossocial ou psicoespiritual; ele quando possível, é elemento ativo na busca da satisfação de suas necessidades, podendo estar total ou parcialmente dependente da enfermagem, de outros profissionais de saúde e dos familiares, para recuperar seu equilíbrio dinâmico no tempo e no espaço.” (Felisbiano 1990.)

2.3 Saúde da Mulher

Com a influência do movimento das mulheres, em 1983, foi formulado pelo Ministério da Saúde o Programa de Assistência Integral á Saúde da Mulher (PAISM), que propõe fornecer uma assistência integral clínico-ginecológica, com controle das doenças transmitidas sexualmente (DST), do câncer uterino e mamário, a assistência para concepção e contracepção, uma melhor assistência pré-natal, do parto e do puerpério, abordando os problemas desde a adolescência até a terceira idade. Destacando uma importante ação para todos os profissionais, oferece assistência á mulher através da educação em saúde, nem sempre muito valorizada. Desta forma o PAISM propõe novas formas de relacionamento entre profissionais de saúde e as usuárias dos serviços, sendo baseado no respeito mútuo. Tem como objetivos reconhecer a mulher como cidadã dotada de direitos e como uma pessoa inteira, onde a história do seu corpo e de sua vida tem importância fundamental, para que ela possa expressar o que sente e, a partir deste fundamento, possa ser ouvida e compreendida nas suas necessidades. Assegura á clientela o conhecimento necessário para que ela tenha um maior controle sobre sua saúde.

A gravidez e o parto são eventos sociais que integram a vivência reprodutiva de homens e mulheres. Este é um processo singular, uma experiência especial no universo da mulher e de seu parceiro, que envolve também suas famílias e a comunidade. A gestação, parto e puerpério constituem uma experiência humana das mais significativas com forte potencial positivo e enriquecedora para todos que dela participam. “A assistência á gestante deve ser progressiva e integral. Deve fornecer atenção suficiente, na intensidade requisitada, de acordo com suas necessidades e por uma equipe multiprofissional.” (Duarte e Muxfildt 1975.) A atenção humanizada é algo amplo e que envolve um conjunto de conhecimentos, práticas e atitudes que visam a promoção do parto e do nascimento saudáveis e a prevenção da morbi-mortalidade materna e perinatal. Inicia-se no pré-natal e procura garantir que a equipe de saúde realize procedimentos comprovadamente benéficos para a mulher e o bebê, que evite as intervenções desnecessárias e que preserve sua privacidade e autonomia. O sistema reprodutor feminino é constituído por estruturas internas (dois ovários, duas tubas uterinas (trompas de Falópio), um útero, uma vagina); genitália externa (uma vulva – constituída pelo monte pubiano, grandes lábios, pequenos lábios, clítores, meato urinário, orifício vaginal, glândula vestibular – Bartholin). Este está localizado no interior da cavidade pélvica. A pelve constitui um marco ósseo forte que realiza uma função protetora.

2.4 Saúde da Criança

A assistência á criança se baseia na promoção da saúde, prevenção, diagnóstico precoce e recuperação dos agravos a saúde. O acompanhamento programado do crescimento e desenvolvimento, complementado por atividades de controle das doenças prevalentes, como diarréia, e afecções respiratórias agudas, e pelas ações básicas, como o estímulo ao aleitamento materno, orientação alimentar e imunizações, contribui para a promoção de uma boa qualidade de vida. Para isso, torna-se imprescindível o esforço conjunto da família, da equipe e das diversas organizações, governamentais ou não. A organização da assistência, que se inicia pela captação precoce, deve, portando, contemplar uma série de atividades programadas – atendimentos individuais e coletivos e atividades educativas e promocionais com as famílias – e também prever acolhimento e o atendimento da criança doente. Em qualquer circunstância, o acesso ao serviço de saúde deve estar plenamente garantido. Todas as atividades devem estar centradas no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, que é o eixo da assistência á criança. O Cartão da Criança é o principal instrumento utilizado nacionalmente para esse acompanhamento e deve ser interpretado como um “cartão de identidade” da criança até cinco anos. Nele são registrados alguns dos eventos importantes para a sua saúde: condições de nascimento, os valores do peso, as habilidades desenvolvidas nas diversas idades e nas vacinas já realizadas e programadas. A enfermagem realiza grande parte dos procedimentos indispensáveis á criança, como também tem maior possibilidade de estar a seu lado. Portanto, esse contato deve ser afetivo e efetivo, feito para amenizar o sofrimento, a dor da criança, de modo a lhe restabelecer a saúde. Isso deve ser o objetivo de toda a equipe.

Nos dias atuais, algumas unidades que atendem crianças já possuem áreas de recreação, que contam com o pessoal especializado. Sendo assim, a equipe de saúde e de enfermagem, em particular, deverá sempre que possível incentivar a criança a participar das atividades propostas pelo grupo. Caso não exista nada formalizado, poderá ser montado um local com material próprio para as diversas idades, que poderá ser arrecadado por meio de campanha de doação de brinquedos usados. Outro modo de reduzir o estresse da criança, principalmente nas internações, é proporcionar a ela o contato com alguns materiais que simulem o instrumental hospitalar. Por exemplo, deixar que brinque com seringas, estetoscópios, pinças, bem como que tenha acesso a materiais usados que possam ser transformados em novos brinquedos.

2.5 Biossegurança

Biossegurança é um conjunto de medidas necessárias para a manipulação adequada de agentes biológicos, químicos, genéticos, físicos dentre outros, para prevenir a ocorrência de acidentes e também reduzir os riscos inerentes ás atividades desenvolvidas, bem como proteger a comunidade e o ambiente e os experimentos.

Biossegurança é uma expressão resultante da junção de bio + segurança, que segundo o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa significa: o conjunto de estudos e procedimentos que visam a evitar ou controlar os eventuais problemas suscitados por pesquisas biológicas e/ou por suas aplicações.

A partir desse breve histórico, entende-se por Biossegurança sendo um conjunto de procedimentos, ações, técnicas, metodologias, equipamentos e dispositivos voltados para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes as atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. Focando assim na atenção ao ambiente ocupacional, proteção ambiental e a qualidade dos serviços.

2.6 Imunização

A Imunização é definida como a aquisição de proteção imunológica contra uma doença infecciosa. Prática que tem como objetivo aumentar a resistência de um indivíduo contra infecções. É administrada por meio de vacina, imunoglobulina ou por soro de anticorpos. As vacinas são usadas para induzir a imunidade ativa; sua administração resulta numa resposta biológica e na produção de anticorpos específicos. Assim, a imunidade é induzida contra futuras infecções pelo mesmo microorganismo. A imunidade ativa dura muitos anos; a passiva é induzida pela administração de anticorpos contra uma infecção particular. Os anticorpos colhidos dos humanos são chamados imunoglobulina e os dos animais, soros. A imunidade passiva dura apenas algumas semanas.

A imunização ativa ocorre quando o próprio sistema imune do indivíduo, ao entrar em contato com uma substância estranha ao organismo, responde produzindo anticorpos e células imunes (linfócitos T). Esse tipo de imunidade geralmente dura por vários anos, às vezes, por toda uma vida. Os dois meios de se adquirir imunidade ativa são contraindo uma doença infecciosa e a vacinação. A imunização passiva é obtida pela transferência ao indivíduo de anticorpos produzidos por um animal ou outro ser humano. Esse tipo de imunidade produz uma rápida e eficiente proteção, que, contudo, é temporária, durando em média poucas semanas ou meses.

As vacinas são classificadas em: vivas atenuadas e inativadas. As vacinas vivas atenuadas geralmente produzem imunidade prolongada com uma única dose; exceção à vacina oral da poliomielite. As vacinas inativadas requerem múltiplas doses para produzir imunidade e, eventualmente, necessitam de uma dose de reforço para a manutenção da imunidade. Não existe um intervalo máximo entre as doses de uma mesma vacina. Assim sendo, apesar de cada vacina possuir seu próprio intervalo de tempo recomendável entre as doses, no caso desse intervalo ter sido ultrapassado, não existe a indicação de se reiniciar nova vacinação e deve - se administrar as doses subseqüentes da vacina. Por outro lado, a não obediência do intervalo mínimo permitido entre as doses pode implicar em redução da eficácia da vacina. Contra – indicações a vacinação são: alergia grave a uma dose prévia da vacina, alergia grave a um dos componentes da vacina e doença aguda moderada à grave. O calendário básico de vacinação é dividido por faixa etária: crianças, adolescentes, adultos e idosos:

Ao nascer

•Vacinas BCG/Hepatite B.

• Previne Formas graves de tuberculose / Hepatite B.

2 meses

• Vacinas Poliomielite / Tetravalente (DTP + Hib) / Hepatite B / Rotavírus.

• Previne Paralisia infantil / Difteria, tétano, coqueluche, meningite e infecções causadas pelo Haemophilus tipo B / Hepatite B / Diarreia por rotavírus.

2 meses até 2 anos

• Vacinas Pneumocócica 10-valente (3 doses mais um reforço) / Anti-meningococo C (2 doses mais um reforço).

• Previne Meningites, pneumonias pneumocócicas e sinusite, entre outras / Meningite.

4 meses

• Vacinas Poliomielite / Tetravalente (DTP + Hib) / Rotavírus.

• Previne Paralisia infantil / Difteria, tétano, coqueluche, meningite e infecções causadas pelo Haemophilus tipo B / Diarreia por rotavírus.

6 meses

• Vacinas Poliomielite / Tetravalente (DTP + Hib) / Hepatite B.

• Previne Paralisia infantil / Difteria, tétano, coqueluche, meningite e infecções causadas pelo Haemophilus tipo B / Hepatite B.

9 meses

• Vacinas Febre amarela.

• Previne Febre amarela (em áreas de risco).

12 meses

• Vacinas Tríplice viral (SCR).

• Previne Sarampo, caxumba e rubéola.

15 meses

• Vacinas Poliomielite / DTP.

• Previne Paralisia infantil / Difteria, tétano e coqueluche.

6 anos

• Vacinas Poliomielite / DTP / Tríplice viral (SCR).

• Previne Paralisia infantil / Difteria, tétano e coqueluche / Sarampo, caxumba e rubéola.

15 anos

• Vacinas Dupla adulto DT (reforço a cada 10 anos).

• Previne Contra difteria e tétano.

Homens e mulheres nascidos a partir de 1960

• Vacinas Tríplice viral (SCR).

• Previne Sarampo, caxumba e rubéola.

60 anos ou +

• Vacinas Influenza (dose anual).

• Previne Gripe.

3 CAPS

O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) é uma instituição brasileira que visa à substituição dos hospitais psiquiátricos - antigos hospícios ou manicômios - e de seus métodos para cuidar de afecções psiquiátricas.

Os CAPS, instituídos juntamente com os Núcleos de Assistência Psicossocial (NAPS), através da Portaria/SNAS Nº 224 - 29 de Janeiro de 1992, são unidades de saúde locais/ regionalizadas que contam com uma população definida pelo nível local e que oferecem atendimento de cuidados intermediários entre o regime ambulatorial e a internação hospitalar, em um ou dois turnos de 4 horas, por equipe multiprofissional, constituindo-se também em porta de entrada da rede de serviços para as ações relativas à saúde mental.

Logo, para ser atendido no CAPS, pode-se procurar diretamente esse serviço ou ser encaminhado pelo Programa de Saúde da Família ou por qualquer serviço de saúde. A pessoa também pode ir sozinha, mas na maioria dos casos é levada pela família, devendo ser acolhida em seu sofrimento a fim de construir um vínculo terapêutico e de confiança entre o profissional e o indivíduo que procura o serviço. Posteriormente é traçado um projeto terapêutico individual, construído de forma estratégica para atender as atividades de maior interesse para eles, respeitando o contexto em que estão inseridos, e atendendo também as suas necessidades. O usuário neste momento também se compromete a cooperar com o tratamento, seguindo as prescrições médicas, participando de oficinas culturais, grupos terapêuticos, atividades esportivas, oficinas expressivas (dança, técnicas teatrais, pintura, argila, atividades musicais), oficinas geradoras de renda (marcenaria, cerâmica, bijuterias, brechó, artesanato em geral), e oficinas de alfabetização o que possibilita exercitar a escrita e a leitura, como um recurso importante na (re) construção da cidadania, oferece atividade de suporte social, grupos de leitura e debate, que estimulam a criatividade, a autonomia, e a capacidade de estabelecer relações interpessoais impulsionando-os a inserção social.

A Equipe multiprofissional constituída de psiquiatras, neurologistas, enfermeiros, nutricionistas, farmacêuticos, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, profissionais de educação física, técnicos de enfermagem, monitores e estagiários, entre outros profissionais. É função do CAPS:

-Dar suporte a atenção à saúde mental na rede básica;

-Prestar atendimento clínico em regime de atenção diária, evitando as internações em hospitais psiquiátricos;

-Acolher e atender as pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, procurando preservar e fortalecer os laços sociais do usuário em seu território;

-Promover a reinserção social do indivíduo através do acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários.

3.1 Epidemiologia

Epidemiologia é uma ciência que estuda quantitativamente a distribuição dos fenômenos de saúde/doença, e seus fatores condicionantes e determinantes, nas populações humanas. Alguns autores também incluem na definição que a epidemiologia permite ainda a avaliação da eficácia das intervenções realizadas no âmbito da saúde pública.

Considerada como a principal “ciência básica” da saúde coletiva, a Epidemiologia analisa a ocorrência de doenças em massa, ou seja, em sociedades, coletividades, classes sociais, grupos específicos, dentre outros levando em consideração causas categóricas dos geradores estados ou eventos relacionados à saúde das populações características e suas aplicações no controle de problemas de saúde.

Desta maneira podemos entender a epidemiologia como a ciência que estuda o comportamento das doenças em uma determinada comunidade, levando em consideração diversas características ligadas à pessoa, espaço físico e também tempo, desta maneira é possível determinar as medidas de prevenção e controle mais indicadas para o problema em questão como também avaliar quais serão as estratégias a serem adotadas e se as mesmas causaram impactos, diminuindo e controlando a ocorrência da doença em análise.

Vale ressaltar que enquanto a clínica trata a doença individualmente, a epidemiologia aborda o processo saúde-doença em populações ou grupos de pessoas.

3.2 Estudo de Caso

Identificação do paciente

Paciente: A.V.R.V.

Idade: 5 anos

Sexo: Feminino

Naturalidade: Taiobeiras MG

Endereço: Reside na cidade de Taiobeiras

Informante: Mãe

Anamnese

Queixa Principal: Sem queixas no momento da entrevista.

História da Moléstia atual: Atualmente, a paciente faz acompanhamento com pediatra, neurologista, fisioterapeuta mensalmente, e encontra-se sob os cuidados de sua mãe.

História pregressa:

-Doenças e procedimentos anteriores: Sofre de Paralisia Infantil, não verbaliza, e passa a maior parte do tempo deitada, devido dificuldade de deambulação. A paciente não tem conhecimento de sua patologia, pois se trata de uma criança.

-Alimentação: Mantém rotina alimentar normal.

História Familiar: A mãe relata que apenas uma prima da paciente apresenta Paralisia Infantil na família, pois a paciente não possui irmãos.

História de medicamentos: Faz uso de medicamentos diariamente, sendo eles Baclofen, Apetiviton e Depakene.

História de álcool, fumo e drogas: Segundo sua mãe, a paciente nunca foi tabagista ou etilista.

História Social: Solteira, mora com a mãe, esta com 5 anos, tem acesso a água tratada e energia elétrica, casa própria, analfabeta e não possui filhos.

Exame Físico

Inspeção Geral: Paciente apresentava-se sentada, consciente, corada, eupneica, tranqüila e não verbalizando.

Membros Inferiores: Encontram – se atrofiados.

Genitália e região ano-retal: Eliminações vesicais e intestinais: Segundo os relatos da mãe, encontram-se normais.

Sinais Vitais:

-Temperatura: 36.3 graus;

-Frequência respiratória: 34 rpm;

-Frequência cardíaca: 67 bpm;

Diagnóstico

Paralisia Infantil.

Etiologia

A Poliomielite, também conhecida como Paralisia Infantil quando ataca crianças, é uma infecção viral causada pelo poliovírus. A doença pode ser moderada ou severa. Nos casos mais graves a poliomielite pode levar à paralisia e morte. Pessoas de todas as idades podem contrair poliomielite, embora crianças pequenas sejam mais freqüentemente afetadas (paralisia infantil). A poliomielite não se espalha facilmente em comunidades com altas taxas de vacinação. Quando o poliovírus se espalha isso geralmente acontece dentro do lar. O vírus pode se propagar através de contato com objetos, privadas ou mãos. Em pessoas não vacinadas também é possível que o vírus da poliomielite se espalhe através de secreções respiratórias.

Sinais e Sintomas

-Desconforto geral ou ansiedade;

-Dor de cabeça;

-Garganta vermelha;

-Febre;

-Dor de garganta;

-Vômitos;

-Rigidez no pescoço e nas costas:

-Dificuldade de deglutição;

-Sensibilidade ao toque;

- Contrações ou espasmos musculares na batata da perna, pescoço ou costas;

Fisiopatologia

O poliovírus entra no corpo através da boca, infectando as primeiras células com que entra em contato — as mucosas da faringe e do intestino. Ele consegue entrar porque se liga a um receptor semelhante a uma imunoglobulina, conhecido como receptor do poliovírus ou CD155, na membrana celular. O vírus, então, aproveita-se recursos celulares do hospedeiro e começa a replicar-se. Os poliovírus dividem-se no interior das células do trato oro-faríngeo e gastrointestinal durante uma semana aproximadamente, de onde se difundem para as tonsilas (especificamente, residindo nas células dendríticas foliculares do centro germinativo tonsilar), para o tecido linfoide intestinal, incluindo as células M das placas de Peyer, e para os gânglios linfáticos cervicais e mesentéricos inferiores, onde se multiplicam abundantemente. O vírus pode posteriormente disseminar-se pela circulação sanguínea (disseminação hematológica). Conhecida como viremia, a presença de vírus na circulação sanguínea permite que eles sejam largamente distribuídos pelo corpo. Os poliovírus podem sobreviver e multiplicar-se no sangue e nos linfáticos por longos períodos de tempo, algumas vezes durante umas 17 semanas.

Tratamento Atual

Baclofen

Propriedade: Lioresal tem como substância ativa o baclofeno, um antiespástico (relaxante muscular).

Indicações

-Espasticidade dos músculos esqueléticos na esclerose múltipla. Estados espásticos nas mielopatias de origem infecciosa, degenerativa, traumática, neoplásica ou desconhecida, por exemplo: paralisia espinal espasmódica, esclerose lateral amiotrófica, siringomielia, mielite transversa, paraplegia ou paraparesia traumática e compressão do cordão medular; espasmo muscular de origem cerebral, especialmente decorrente de paralisia cerebral infantil, assim como decorrentes de acidentes cerebrovasculares ou na presença de doença cerebral degenerativa ou neoplásica.

Contra indicações

-Hipersensibilidade conhecida ao Baclofeno ou aos demais componentes da formulação.

Apetiviton

Propriedade: Apresenta em sua fórmula o cloridrato de ciproeptadina, anti-histamínico e antisserotonínico com propriedade estimulante do apetite, associado a vitaminas do complexo B e C, em quantidades equilibradas.

Indicações

- Indicado para pessoas com pouco apetite ou com maus hábitos alimentares, auxiliar do crescimento. Prevenção de deficiência de vitaminas do complexo B e C.

Contra indicações

- Alergias, Glaucoma, Úlcera, Retenção Urinária, Asma, Diabetes e Cálculos Renais.

Depakene

Propriedade: Depakene (ácido valpróico/valproato de sódio) é um monoterápico e adjuvante no tratamento de pacientes com crises parciais complexas que ocorrem isoladamente ou com outros tipos de crises.

Indicações

Indica-se na presença de obscurecimento sensorial ou perda de consciência acompanhada por determinadas descargas epilépticas generalizadas, sem outros sinais clínicos detectáveis.

Contra indicações

Depakene não deve ser administrado a pacientes com doenças hepáticas significativas. É contra indicado também para pacientes com hipersensibilidade ao medicamento.

Cuidados de Enfermagem

As crianças com Paralisia Infantil apresentam certa limitação dos movimentos devido o aparecimento de alterações músculo-esqueléticas.Os profissionais de enfermagem têm responsabilidade na prestação de uma assistência qualificada no atendimento hospitalar e reabilitação da criança, bem como na promoção da interação enfermeira-paciente-família. Tem um grande papel na reabilitação e/ou inclusão da criança com Paralisia Infantil. Considera-se fundamental que os profissionais estejam verdadeiramente comprometidos e envolvidos através da responsabilidade compartilhada com a equipe multiprofissional, oferecendo assim, todos os instrumentos necessários para auxiliar o paciente, bem como o familiar a participar ativa e conscientemente do seu trabalho.

3.3 Considerações Finais Saúde Pública

É preocupante o estado em que se encontra a Saúde Pública atualmente no Brasil, um descaso por parte das autoridades competentes faz com que muitas pessoas sofram na espera de uma consulta e até mesmo medicações. Muitos pacientes que dependem deste sistema acabam morrendo em filas de transplantes e até mesmo em corredores por falta de atendimento básico necessário. Nosso país está entre os piores do mundo em muitas questões tais como o desmatamento, a pobreza, os crimes e principalmente na área da saúde, uma questão tão importante na qual envolve tantas pessoas carentes e necessitadas. Muitos brasileiros não têm como pagar suas consultas e necessitam da ajuda da saúde pública para continuar vivendo, infelizmente muitos deles morrem sem qualquer auxílio. Para mudar essa realidade, faz – se necessário realizar grandes investimentos na educação e na infra- estrutura, buscando a criação de políticas públicas que visem o melhor para todos que compõem a saúde como um todo.

4 Hospital Santo Antônio

O Hospital Santo Antônio surgiu a partir da Fundação Taiobeiras, uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos, de caráter comunitário, fundada em 14 de março de 1970, com o objetivo de construir e equipar um hospital para a comunidade. O médico recém-formado, José Costa de Araújo, foi quem teve a iniciativa de instituir a fundação, juntamente com lideranças políticas da época. A partir daí veio a construção de uma unidade hospitalar iniciada pelo pároco Frei Jucundiano de Kok. Com promoções e doações da comunidade, surgiu o Hospital Santo Antônio, antigo sonho da população. Depois de construído, ele foi equipado pelo Ministério da Saúde, através do extinto Funrural, dando início às suas atividades em 1° de abril de 1974.

Visando atingir o objetivo de manter os seus serviços em funcionamento sem prejudicar às camadas sociais menos favorecidas, a instituição está continuamente investindo em material humano e em equipamentos, além de diversificar e ampliar suas instalações, canalizando os seus recursos operacionais para a assistência que se propôs na conformidade com o seu estatuto social.

As dificuldades são muitas, mas o esforço aplicado pela equipe do hospital Santo Antônio se renova a cada dia, com mais vigor, buscando atingir seu objetivo, que é servir ao povo de forma fraterna e dentro dos princípios da filantropia que norteia suas ações. Atualmente o hospital é administrado pelos médicos José Costa de Araújo (presidente), Renan Moreira Bastos (vive-presidente) e Luiz Fernando Bezerra Pereira (tesoureiro), além de Edinei Brito Araújo (gerente administrativo), que juntos têm alcançados resultados positivos na busca pelo aperfeiçoamento da infra-estrutura, tendo em vista o atendimento completo ao paciente, sem a necessidade de conduzi-lo para outro hospital.

4.1 Pediatria

A pediatria é a especialidade médica dedicada à assistência à criança e ao adolescente, nos seus diversos aspectos, sejam eles preventivos ou curativos. Este setor é composto por diversos leitos para que assim a criança e adolescente encontrem conforto, segurança e acolhimento por parte do local onde se encontram.

A equipe que realiza os procedimentos indispensáveis aos pequenos pacientes conta com: pediatras, enfermeiros e técnicos em enfermagem. É muito importante que os profissionais desta área identifiquem a problemática e procure tornar cada contato menos traumático e agressivo possível. Deve-se tratar a criança e a família com carinho, com palavras gentis, chamando-os pelo nome. Acima de tudo, cada cuidado a ser realizado deve ser lhes explicado, com uma linguagem acessível ao seu entendimento.

Foram observados e realizados procedimentos como: punção venosa, coleta de sinais vitais, evolução de enfermagem, admissão de enfermagem, transporte de pacientes para realização de exames variados, arrumação de leitos e administração de medicamentos.

4.2 Enfermaria feminina

É um setor ao qual, diversas pessoas do sexo feminino, ficam distribuídas adequadamente em leitos de um mesmo local, para que assim, possam receber cuidados referentes ao seu estado clínico e laboratorial.

Diversos profissionais assistem diariamente as pacientes empregando o modelo que permite o acompanhamento completo com as mesmas do início ao fim do tratamento. Esse tipo de assistência promove maior envolvimento da equipe na gestão do cuidado as pacientes, realizando a mesma de forma multidisciplinar e contribuindo positivamente na diminuição do seu tempo de permanência no hospital.

Foram observados e realizados procedimentos como: punção venosa, coleta de sinais vitais, evolução de enfermagem, admissão de enfermagem, transporte de pacientes para realização de exames (raio-x, ultrassonografia, eletrocardiograma, endoscopia), arrumação de leitos e administração de medicamentos.

4.3 Enfermaria Masculina

É um setor destinado ao cuidado completo de diversas pessoas do sexo masculino, onde ficam distribuídas adequadamente em leitos de um mesmo local, para que assim, possam receber cuidados referentes ao seu estado clínico e laboratorial.

Diversos profissionais assistem diariamente os pacientes empregando o modelo que permite o acompanhamento completo com os mesmos do início ao fim do tratamento. Esse tipo de assistência promove maior envolvimento da equipe na gestão do cuidado aos pacientes, realizando a mesma de forma multidisciplinar e contribuindo positivamente na diminuição do seu tempo de permanência no hospital.

Foram observados e realizados procedimentos como: punção venosa, coleta de sinais vitais, evolução de enfermagem, admissão de enfermagem, transporte de pacientes para realização de exames (raio-x, ultrassonografia, eletrocardiograma, endoscopia), arrumação de leitos e administração de medicamentos.

4.4 Pronto Socorro

A real função do Pronto Socorro de um hospital, como o próprio nome diz, é atender pacientes que estejam em estado de Urgência ou Emergência. São pessoas que correm risco eminente de vida, como acidentados, suspeita de infartos, derrames, apendicite, pneumonia, fraturas, entre outras complicações. Essa informação é o caminho correto para o bom atendimento, uma vez que a cada 10 pessoas que procuram o serviço, em média, seis não são casos de urgência.

O Protocolo de Manchester que melhora a classificação de risco, é mais um passo no sentido de melhor atender quem recorre a um Serviço de Urgência, no qual se exige rapidez na proporção da gravidade. A triagem é realizada por meio de cores (vermelho, amarelo, verde e azul), conforme segue:

Vermelho: atendimentos de urgência; sempre terão prioridade. São eles: Parada Cardiorrespiratória, Acidentes Graves, Choques, Insuficiência Respiratória, Coma, entre outros.

Amarelo: atendimentos de urgência (serão atendidos com prioridade sobre os pacientes classificados com Verde, no consultório ou no leito da Sala de Observação).

Verde: atendimentos não-urgentes, ou seja, sem risco de morte imediato. Somente serão atendidos após todos os pacientes classificados como Vermelho e Amarelo terem sido atendidos.

Azul: consultas de baixa complexidade; quadro crônico sem sofrimento agudo ou caso social. Devem ser atendidos após todos os pacientes classificados como Vermelho, Amarelo e Verde.

Foram observados e realizados procedimentos como: punção venosa, coleta de sinais vitais, transporte de pacientes para realização de exames ( raio-x, eletrocardiograma, endoscopia), arrumação de leitos e administração de medicamentos por vias variadas.

4.5 Esterilização

A Central de Material e Esterilização (CME) é a área responsável pela limpeza e processamento de artigos e instrumentais médico-hospitalares. É na CME que se realiza o controle, o preparo, a esterilização e a distribuição dos materiais hospitalares. “É o processo utilizado em artigos contaminados ou em superfície ambiental, a fim de destruir microorganismos patogênicos, tornando – os seguros ao manuseio.” (Rutala 1995.)

A CME é dividida em setores, que são: expurgo, preparo de materiais, preparo de instrumentos cirúrgicos, esterilização e distribuição de materiais esterilizados. Foram observados e realizados procedimentos como: desinfecção, secagem, separação, empacotamento, transporte e distribuição de materiais.

As atividades desenvolvidas neste setor, baseiam- se principalmente na desinfecção de materiais, para que assim não ocorra infecções decorrentes de objetos contaminados, dentre elas estão: Lavagem, secagem, empacotamento,transporte e distribuição de materiais para outros diversos setores do hospital.

4.6 Pré – Parto

É um setor, destinado ao cuidado de gestantes, pois o parto é um momento sublime na vida de uma mulher e para tanto um acolhimento humanizado é fundamental. O local é composto de 5 leitos para acolher pacientes gestantes em trabalho de parto.

Uma enfermeira obstétrica aferirá a temperatura, pressão arterial, checará o tipo sanguíneo da paciente, se a bolsa d'água se rompeu e a dilatação do colo do útero com exame do toque (a não ser em caso de cesariana previamente marcada).

De tempos em tempos o médico ou a enfermeira monitorarão os batimentos cardíacos e a pressão arterial da mamãe e do bebê, além de fazer exames para saber se está tudo bem.

Para manter a gestante hidratada, tomará soro pela veia (a ingestão de líquidos e alimentos normalmente não é permitida durante o trabalho de parto), mas também serve como via de medicação caso a mamãe precise durante o parto, sem que seja necessária outra picada na veia. Esses procedimentos e profissionais são encontrados em partos realizados em hospitais.

Foram observados e realizados procedimentos como: admissão de enfermagem, evolução de enfermagem, coleta de sinais vitais, transporte de pacientes e arrumação de leitos.

4.7 Pós – Parto

É um setor, destinado a pacientes na fase puerperal, caracterizado por um alojamento conjunto, onde as mães permanecem com os seus bebês 24 horas por dia, desde o nascimento até a alta hospitalar.

Estar no alojamento conjunto é desfrutar da possibilidade de estar o tempo todo com o seu filho. O alojamento conjunto é uma grande vantagem em relação a manutenção do bebê no berçário, onde, muitas vezes, a mãe não é envolvida no cuidado direto ao recém nascido.

O alojamento conjunto proporciona a oportunidade para a mãe cuidar de seu filho com orientações de profissionais. Isso ajuda a mãe reduzir sua ansiedade e confirma, para ela, sua plena capacidade de ser mãe e de cuidar de seu bebê.

Muitas vezes, a rotina do berçário quebra essa sucessão natural de eventos, e a mãe pode acabar saindo de alta com seu filho sem tê-lo banhado ou trocado, ao menos uma vez.

Entre as vantagens deste setor, estão:

-Favorece o processo de amamentação, facilitando a lactação (formação, secreção e excreção do leite);

-Aumenta a interação entre as mães, favorecendo a troca de experiências;

-A mãe tem sua alto - confiança fortalecida, pois acredita e confia em que será capaz de cuidar de seu filho, principalmente se ela for primípara;

-Há maior contato com a equipe de saúde em um ambiente que oferece conforto e segurança.

Foram observados e realizados procedimentos como: admissão de enfermagem, evolução de enfermagem, coleta de sinais vitais, transporte de pacientes e arrumação de leitos.

4.8 Bloco Cirúrgico

Bloco Cirúrgico é um setor especial dentro do hospital, convenientemente preparado segundo um conjunto de requisitos que o tornam apto à prática da cirurgia.

Nele são realizadas técnicas estéreis para garantir a segurança do paciente quanto ao controle de infecção.

Por ser um local restrito, o acesso ao público é limitado, ficando restrito a circulação dos profissionais que lá atuam. Para efeito de controle asséptico, o Bloco Cirúrgico divide-se em áreas, quais sejam:

-Área Irrestrita - os profissionais podem circular livremente por estas áreas com roupas próprias (secretaria, vestiário e corredor de entrada).

-Área Semi-restrita – aquela que permite a circulação de pessoal e de modo a não intervir nas rotinas de controle e manutenção da assepsia da área restrita. (expurgo, sala de estar e sala de preparo de material).

-Área Restrita - além da roupa própria do centro cirúrgico, devem ser usadas máscaras e gorros conforme normas da unidade e as técnicas assépticas devem ser utilizadas de maneira rigorosa, a fim de diminuir os riscos de infecção (salas de cirurgias, lavabos, sala de recuperação pós-anestésica, sala de depósito, e corredor interno).

Foram observados e realizados procedimentos como: arrumação e desinfecção das salas cirúrgicas, coleta de sinais vitais e organização de materiais.

5. Estudo de Caso

Identificação do paciente

Paciente: Z B S

Idade: 67 anos

Sexo: Feminino

Naturalidade: Taiobeiras MG

Endereço: Reside na cidade de Taiobeiras

Informante: Filha

Anamnese

Queixa Principal: Sem queixas no momento da entrevista.

História da Moléstia atual: Atualmente, a paciente faz acompanhamento com um clínico geral.

História pregressa:

-Doenças e procedimentos anteriores: Sofre de Hipertensão Arterial.

-Alimentação: Mantém rotina de dieta hipossódica.

História Familiar: A filha relata que outros filhos da paciente apresentam Hipertensão Arterial.

História de medicamentos: Faz uso de apenas um medicamento diariamente, sendo ele Anlodipino.

História de álcool, fumo e drogas: Segundo a filha, a paciente é etilista.

História Social: Casada, mora com o marido, esta com 64 anos, tem acesso a água tratada e energia elétrica, casa própria, alfabeta e possui filhos.

Exame Físico

Inspeção Geral: Paciente apresentava-se deitada, consciente, corada, eupneica, tranqüila e verbalizando.

Membros Inferiores:

Genitália e região ano-retal:

Sinais Vitais:

-Temperatura: 37.3 graus;

-Frequência respiratória: 20 rpm;

-Frequência cardíaca: 92 bpm.

Diagnóstico

Hipertensão Arterial.

Etiologia

É uma doença crônica determinada por elevados níveis de pressão sanguínea nas artérias, o que faz com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para fazer circular o sangue através dos vasos sanguíneos. A pressão sanguínea envolve duas medidas, sistólica e diastólica, referentes ao período em que o músculo cardíaco está contraído (sistólica) ou relaxado (diastólica). A pressão normal em repouso situa-se entre os 100 e 140 mmHg para a sistólica e entre 60 e 90 mmHg para a diastólica. Para que os valores sejam fiáveis, a medida deve fazer-se após um período de repouso de 5 a 10 minutos num ambiente calmo.

Sinais e Sintomas

-Desconforto geral ou ansiedade;

-Dor de cabeça;

-Mal estar;

-Fadiga;

-Tonturas;

-Vômitos;

-Falta de ar.

Fisiopatologia

A hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco para a ocorrência do acidente vascular cerebral, tromboembólico ou hemorrágico, enfarte agudo do miocárdio, aneurisma arterial (por exemplo, aneurisma da aorta), doença arterial periférica, além de ser uma das causas de insuficiência renal crônica e insuficiência cardíaca. Mesmo moderado, o aumento da pressão sanguínea arterial está associado à redução da esperança de vida. É a doença crônica que ocasiona o maior número de consultas nos sistemas de saúde, com um importantíssimo impacto econômico e social.

Tratamento Atual

Anlodipino

É uma molécula do grupo dos bloqueadores dos canais de cálcio (Ca2+), classe das dihidropiridinas. É usado em medicina como vasodilatador coronário e hipotensor.

Indicações

-Hipertensão arterial;

- Isquemia miocárdica;

- Insuficiência cardíaca crônica.

Contra indicações

-Choque cardiogênico;

-Angina do peito instável;

-Estenose aórtica severa;

-Gravidez;

-Hipersensibilidade aos bloqueadores de canais de cálcio.

Cuidados de Enfermagem

Mais importante do que o diagnóstico do indivíduo com hipertensão é a avaliação os seus riscos. Em nível de saúde pública, além de todos os critérios de avaliação, as Unidades Básicas devem disponibilizar de local apropriado para receber os pacientes com hipertensão. O ambiente deve ser calmo e confortável para o bom êxito da avaliação do profissional da enfermagem e também para o bem-estar do paciente.

Os principais cuidados de enfermagem ao paciente hipertenso são:

- Monitorização da Pressão Arterial;

- Monitorização dos Sinais e Sintomas;

- Monitorização dos Pulsos;

- Educação do paciente para o auto cuidado.

5.1 CONSIDERAÇÕES F

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