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Protocolo De Limpeza E Desinfecção Hospitalar

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Por:   •  18/3/2014  •  3.682 Palavras (15 Páginas)  •  891 Visualizações

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PROTOCOLO DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE APARELHOS ENDOSCÓPICOS

INTRODUÇÃO

A evolução permanente da tecnologia conduz a equipe de enfermagem a reavaliar constantemente suas práticas de cuidados de enfermagem. A recrudescência de certas doenças infecciosa, a necessidade de lutar contra infecções nosocomiais, põe em questão as regras de assepsias a serem respeitadas pela equipe de enfermagem. Os endoscópicos digestivos e broncoscópios flexíveis são aparelhos caros que necessitam de manutenção rigorosa e desinfecção específica.

Estes aparelhos não podem ser esterilizados pelos métodos clássicos. Atualmente todos os aparelhos são imersíveis em água e permitem um tratamento adequado de desinfecção. Por sua complexidade, o processo de limpeza e desinfecção de endoscópios não é somente uma preocupação da enfermagem, ela se tornou multidisciplinar, pois exige avaliação dos materiais disponíveis e custos para a empresa de assistência à saúde.

LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO

CONCEITOS

De acordo com a classificação de Spaulding os endoscópios são classificados em materiais semi-críticos, pois entram em contato com mucosa não estéril ou não-intacta. O processo indicado é a esterilização se possível. Caso não seja possível, a desinfecção de alto-nível é necessária.

Os endoscópios são termosensíveis, não permitindo uso em autoclave. Podem ser esterilizados em óxido de etileno, mas seu processo é inviável, considerando o tempo de ausência do aparelho no serviço de endoscopia (processo de 72 h).

Conforme a Resolução/ANVISA-RE nº 2.606 (11/08/2006).

Limpeza: Consiste na remoção de sujidades visíveis e detritos dos artigos, realizada com água adicionada de sabão ou detergente, de forma manual ou automatizada, por ação mecânica, com conseqüente redução da carga microbiana. Deve preceder os processos de desinfecção ou esterilização.

Desinfecção: Processo físico ou químico que elimina a maioria dos microorganismos patogênicos de objetos inanimados e superfícies.

Esterilização: Processo físico ou químico que elimina todas as formas de vida microbiana, incluindo os esporos microbianos.

OBJETIVO

Evitar a transmissão de cruzada de microorganismos aos pacientes por ocasião da endoscopia digestiva ou brônquica.

INDICAÇÃO

Antes e após cada exame.

A prática de desinfecção antes do primeiro exame ainda é indicada, mas já vem sendo questionada em diferentes países.

MATERIAL NECESSÁRIO

Para o profissional: Luvas, máscara, óculos e avental

Para a limpeza: Detergente enzimático, água corrente, cubas, escovas para canal e válvulas, pano macio, seringas, válvulas de irrigação dos diferentes canais.

Para desinfecção: Cuba com solução desinfetante, seringa, válvulas de irrigação dos diferentes canais.

Para enxágüe: Água corrente, cuba com água e válvulas de irrigação dos diferentes canais, seringa.

Para secagem: Ar comprimido, pistola de ar sob pressão, pano de tecido macio.

LIMPEZA

A presença de fezes, sangue ou secreção respiratória pode resultar em falha no processo de desinfecção. Isto devido ao material orgânico proteger o microorganismo da exposição ao desinfectante ou por inativar o desinfetante. Consequentemente, a limpeza rigorosa é necessária nos endoscópicos flexíveis. Deve acontecer imediatamente. As etapas estão ilustradas e descritas a seguir.

1. Ainda na sala de exame, imediatamente ao ser retirado do paciente, com o aparelho conectado na fonte de luz, aspirar água com detergente enzimático para limpeza do excesso de secreção no canal. Limpar com compressa o tubo de inserção retirando o excesso de secreção.

2. Acionar o canal de ar/água, alternamente por 15 segundos, prevenindo a obstrução deste canal. Alguns aparelhos possuem uma válvula própria para manter esta válvula acionada.

3. Retirar o aparelho da fonte elétrica, conectando a seguir a tampa de proteção da parte elétrica.

4. Levar o aparelho para a sala de desinfecção, protegido para evitar manuseios indevidos.

5. Imergir o aparelho em detergente enzimático, obedecendo as instruções do fabricante para uso adequado da solução.

6. Remover as válvulas, imergir em solução enzimática e proceder a escovação das mesmas.

7. Lavar externamente o aparelho, comando e tubo com compressa macia ou esponja.

Introduzir a escova de limpeza no canal de biópsia até a saída na porção distal e escovar a escova de limpeza ao sair na outra extremidade antes de tracioná-la de volta.

Introduzir a escova de limpeza em ângulo de 45° através do canal de aspiração até a saída na porção distal do tubo.

Introduzir a escova de limpeza através do canal de aspiração em ângulo reto até a saída na parte lateral do tubo conector.

Realizar a limpeza da escova novamente antes de tracioná-la. Escovar o local das válvulas com escova própria. Enxaguar os canais, utilizando os acessórios do aparelho fornecidos pelo fabricante para proceder a lavagem e desinfecção, utilizando baixa pressão.

Enxaguar em água corrente abundante, Secar externamente e escorrer ao máximo antes de colocar o aparelho em solução desinfetante.

DESINFECÇÃO

Imergir totalmente o aparelho na solução desinfetante e introduzir solução nos canais com auxílio de uma seringa.

Cronometrar o tempo para imersão na solução, de acordo com a especificação do fabricante do desinfetante. Devem-se utilizar somente soluções com registro

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