Pósmodernidade e SeSo
Por: Brunoambrosino • 9/4/2015 • Trabalho acadêmico • 254 Palavras (2 Páginas) • 213 Visualizações
Segundo Ivete Simionato, houve avanços na formação profissional do Serviço Social no trânsito dos anos 70 aos anos 80, movidos pela necessidade de revisão dos seus referenciais teóricos, impulsionando a profissão à apropriação do referencial teórico ligado à tradição marxista. Com essa virada epistemológica, o compromisso histórico do Serviço Social de fortalecer e reproduzir os interesses da classe dominante do capitalismo é rompido.
Os avanços da formação profissional do Serviço Social apontados por Simionato puderam proporcionar a possibilidade de desenvolvimento de uma postura crítica e investigativa, fazendo com que a profissão deixasse de ser meramente tecnicista. Essas transformações vem tendo rebatimentos no referencial teórico-metodológico e no fazer prático-operativo do Serviço Social.
O Serviço Social interfere, portanto, na reprodução da força de trabalho, mediante as ações que desenvolve, seja do ponto de vista material (objetivo), ou do sociopolítico e ideocultural, na medida em que suas ações também incidem na formação de novos valores e formas de pensar. (Simionato, 1999. p. 88)
A autora acima citada problematiza a prática profissional reduzida ao atendimento imediatista das demandas, pois esta prática limita a elaboração de respostas restritas ao empírico, ou seja, a imediaticidade cotidiana. Nesse sentido, Mota afirma que as demandas postas à profissão expressam um conjunto de necessidades políticas, sociais, materiais e culturais que necessita ser situado na complexidade das transformações capitalistas contemporâneas, pois, segundo Simionato, o advento da pós-modernidade, e suas influências na profissão, distancia a prática profissional do Serviço Social das reflexões postas pelos paradigmas totalizantes e acaba que fragmentando a relação entre teoria e prática.
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