QUESTÕES MOTORAS NO AUTISMO
Por: Alexsandra Sampaio • 16/6/2021 • Resenha • 355 Palavras (2 Páginas) • 154 Visualizações
Faculdade Internacional do Delta
Avaliação Psicológica Infantil do TEA
Alexsandra Santos Sampaio
O estudo em questão traz importantes reflexões acerca do aspecto motor em indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), trata-se de uma revisão de literatura que analisou 12 artigos, entretanto, sendo somente um em português, assim, observando especificamente a escassez de produções nacionais voltadas para a temática em questão.
Ademais, o artigo também apresenta o instrumento mais utilizado para avaliação dos aspectos motores em crianças com TEA, o MABC-2. Particularmente, entendo que esse instrumento foi tão utilizado por poder ser usado com crianças e adolescentes de 3 a 16 anos e avaliar importantes dimensões motoras, como, habilidades de destreza manual, habilidades de lançar/receber uma bola e habilidades relacionadas ao equilíbrio estático e dinâmico. Ademais, compreendo que além de avaliar o que se propõe, a partir dele é possível compreender questões sociais e o processo do brincar, a exemplo, haja vista que crianças autistas podem não ter o interesse na bola ou não brincarem com ela de maneira “convencional”.
O TEA é um distúrbio do neurodesenvolvimento e acarreta prejuízos de natureza social, de linguagem e comportamental. Hodiernamente, questões motoras não são levadas em consideração no processo de investigação do TEA, sendo somente aspectos de comunicação e interação social considerados critérios diagnósticos.
Diante disso, o estudo traz a importância de se inserir os aspectos motores nos critérios diagnósticos, haja vista que crianças com comprometimento motor tem mais disposição para prejuízos na comunicação social. Diante disso, uma intervenção precoce voltada para as questões motoras poderia auxiliar em dificuldades cognitivas e sociais.
A partir da leitura do artigo é possível concluir que há poucas produções científicas voltadas para os estudos dos aspectos motores em indivíduos com TEA. Entretanto, diante dos artigos que foram analisados, foi unânime a conclusão de um atraso motor relevante na população com TEA.
Dado o exposto, é possível afirmar que é de extrema necessidade que se discuta acerca da inserção dos aspectos motores na investigação do TEA, haja vista que é um comprometimento presente na população com TEA e quando trabalhado precocemente e de maneira efetiva, possibilita um intervenção mais eficaz, assim, fornecendo mais possibilidade ao sujeito.
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