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Raizes

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Por:   •  16/2/2014  •  Seminário  •  1.300 Palavras (6 Páginas)  •  220 Visualizações

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A raiz é o órgão da planta que tipicamente se encontra abaixo da superfície do solo. Tem duas funções principais: servir como meio de fixação ao solo e como órgão que absorve água, nutrientes, azoto ou nitrogênio e outras substâncias minerais como potássio e fósforo. Quase sempre subterrânea, há, no entanto, plantas dotadas de raízes especiais, como as figueiras com as suas raízes aéreas, e as plantas epífitas.

Quase sempre a raiz é originada a partir da radícula do embrião, localizado na semente. A partir dela surgem ramos secundários. No entanto, é frequente surgirem raízes a partir de caules e mesmo de folhas. Essas raízes conhecidas como adventícias (do latim ádvena = que vem de fora, que nasce fora do lugar habitual), são comuns, por exemplo, na base de um pé de milho.

Temos dois tipos básicos de sistema radicular: o pivotante, em que há uma raiz principal, e o fasciculado, em que os ramos radiculares são equivalentes em tamanho e aparência, não apresentando uma raiz principal.

Em relação à formação das raízes, é nas pteridófitas, que elas se desenvolvem nos primeiros estágios do desenvolvimento do esporófito, quando ainda preso ao gametófito. Nas plantas com sementes, raízes têm origem no embrião. O precursor da raiz no embrião, a radícula, é o primeiro órgão a se desenvolver no ato da germinação da semente. Nas dicotiledôneas, esta raiz primordial desenvolve-se e torna-se a raiz principal, da qual a maior parte do sistema radicular é derivado. Já em monocotiledôneas, a radícula se degenera, e todas as raízes brotam a partir da base do caule, conhecidas neste caso como raízes adventícias (este brotamento de raízes no próprio caule também é comum em muitas espécies de dicotiledôneas, como as figueiras, clúsias e o mangue-vermelho).

Nas Angiospermas, é possível distinguir anatomicamente as raízes de caules subterrâneos por aquelas apresentarem xilema na parte mais externa do cilindro vascular e floema na mais interna, quando no caule essa configuração é inversa. Além disso, as raízes não apresentam gemas foliares, que estão presentes nos caules.

Outra característica é a presença da coifa, cuja função é proteger o meristema radicular, um tecido em que as células estão se multiplicando ativamente por mitose. É no meristema que são produzidos as novas células da raiz, o que possibilita o seu crescimento. A coifa é um revestimento de células mortas produzidas pelo próprio meristema.

Logo após a extremidade, localiza-se a região onde as células surgidas por mitose crescem. Nessa região denominada zona de distensão ou de alongamento celular, a raiz apresenta a maior taxa de crescimento. Após a zona de distensão situa-se a zona pilífera da raiz, que se caracteriza por apresentar células epidérmicas dotadas de projeções citoplasmáticas finas e alongadas, os pêlos absorventes. É através desses pelos que a raiz absorve a maior parte da água e dos sais minerais de que precisa. Já a região de ramossecundários é aquela que se nota o brotamento de novas raízes que surgem de regiões internas da raiz principal.

Alguns associam a coifa ao geotropismo positivo das raízes, pois detectaram em suas células grande quantidade de grãos de amido, que se depositam de acordo com a gravidade. Estes grãos orientariam o posicionamento das células em relação ao centro da Terra, fazendo com que as raízes tendessem a crescer para baixo.

Além da coifa, muitas raízes produzem mucilagem, que lubrifica a passagem do meristema à medida que este avança pela terra, facilitando seu crescimento. Em alguns casos, essa mucilagem é tóxica para outras plantas, impedindo seu crescimento próximo à planta e diminuindo, assim, a competição por espaço, água e nutrientes.

Certas figueiras podem, por vezes, germinar sobre outras árvores. Incapazes de absorver a matéria orgânica presente nos galhos do hospedeiro, como as epífitas, essas figueiras produzem raízes longas e finas que crescem em direção ao solo. Uma vez firmes, essas raízes se engrossam e produzem novas raízes secundárias, que, aos poucos, envolvem a árvore hospedeira. A figueira continua a crescer em volta da árvore até que suas raízes apertem seu tronco e destrua seu sistema vascular. Desta forma, a figueira assume o lugar da árvore onde originalmente germinou.

Em algas e briófitas não há raízes propriamente ditas. Nas primeiras, podem ocorrer apressórios, prolongamentos da base do talo com a função de fixação no substrato. Nas últimas, existem pêlos absorventes responsáveis por algumas funções desempenhadas pelas raízes, mas não passam de uma série de células dispostas em sequência.

Raízes Subterrâneassão raízes que ficam sob o solo e possuem várias formas, permitindo assim uma subclassificação: axial ou pivotante, ramificada, fasciculada e tuberosa.

Raiz Axial ou Pivotantetípica das dicotiledôneas é possível detectar com clareza uma raiz principal distinta das raízes secundárias.

Na Raiz Ramificada não é possível detectar tão facilmente a raiz principal das outras raízes. Pois como já diz o próprio nome há uma ramificação secundária, terciária e assim sucessivamente, sempre a partir da raiz primária.

A Raiz Fasciculada pode ser representada por gramíneas e outras hipocotiledóneas que têm um sistema de raiz fibroso, caracterizado por uma massa de raízes aproximadamente de igual

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