Relatório De Impactos Sobre A água

*Texto discorrendo a opinião do grupo a cerca do posicionamento do Geógrafo Paulo André Barros Mendes.

De maneira geral, no início do texto o geógrafo Paulo Mendes, aponta a correlação dos impactos ambientais causados pela atividade mineira seguindo diferentes vertentes naturais, havendo um desequilíbrio forte no ecossistema local e conseqüentemente no bioma daquele estado ou mesmo país. Se formos levar em conta estas afirmações é certo o que o geógrafo aborda em sua entrevista, já que temos exemplos práticos deste desequilíbrio ambiental causado pela mineração. Um dos tantos exemplos que podem ser usados é dos garimpos presentes no interior do estado do Pará, mais especificamente na região do médio Tapajós. Segundo o livro: “estudo dos impactos ambientais na reserva garimpeira do Tapajós – Estado do Pará” do departamento nacional de produção mineral, faz a seguinte citação: [...] A alteração do ambiente, ocasionada pelo garimpo, modificou sua composição nos igarapés e rios atingidos. O excesso de sólidos em suspensão, sobretudo nos igarapés de pequeno porte, aliado à alteração dos cursos d’água e somado ao desmatamento das margens, alteram o biótipo e impõe aos rios uma transparência próxima a zero, implicando o desaparecimento da grande maioria das espécies do ecossistema aquático. ’’

Quando perguntado ao geógrafo quais são os impactos ambientais sobre a água, o mesmo responde de maneira correta explicando as mais diferentes formas de modificar a água em seu estado natural. Pode ser tanto em lavra quanto em beneficiamento; no uso para transporte ou tratamento de minérios e também quando a jazida exige o rebaixamento do lençol freático. Para reforço de informação dada pelo geógrafo Paulo Mendes, além do exemplo que o mesmo citou sobre a mina de Capão Xavier, o nosso grupo buscou informações sobre no livro “Desenvolvimento e proteção das águas subterrâneas” do autor Aldo da C.Rebouças. O autor faz o uso de uma tabela a qual mostra como uma das atividades humanas o desmonte hidráulico e também aponta as características da carga contaminante desta atividade, como distribuição e principais contaminantes. Como distribuições da carga contaminante do desmonte hidráulico têm pontuais e difusas. Já quanto aos contaminantes têm a presença da salinidade e de metais pesados.

Também é perguntado ao geógrafo como é possível prevenir a degradação da água pela atividade de mineração, e o mesmo responde defendendo que não seja desenvolvido nenhum projeto mineiro quando se tem o conhecimento que tal irá causar danos sobre as águas da região, e que isto deve ser fiscalizado pelos órgãos ambientais. Mas não basta só isto. Empreendimentos considerados viáveis devem ter a otimização e manutenção de processos mineiros que utilizam a água constantemente para manter um padrão de qualidade e preservação desta água. O geógrafo cita em sua resposta o uso de barragens e aponta preocupação pela integridade delas, para que se possa ter esta real prevenção da contaminação das águas da região. Em pesquisa feita pelo grupo, encontramos no livro “Mineração e meio ambiente: Impactos previsíveis e formas de controle” publicado pelo IBRAM (Instituto brasileiro de mineração) se observam que variados tipos de barragem e tais variam de acordo com cada categoria de poluentes. No livro encontramos uma afirmação que reforça nossa pesquisa e a resposta do geógrafo: “A seleção e a constituição do tipo de barragem mais adequada em cada caso devem ser precedidas de consultas e especialistas, pelos riscos que encerram uma edificação inadequada”. Ainda sobre barragens, nosso grupo encontrou em pesquisa ao website www.inovacaotecnologica.com.br outra forma de prevenção, que são os simuladores de barragem, desenvolvidos pela Escola Politécnica da USP. Para entender um pouco deste simulador, retiramos um trecho do artigo deste website explicando o objetivo do simulador: “O modelo simula o alteamento de barragens e é compreensível por todos que trabalham no local. Construído a partir de barragens reais, o protótipo é resultado de uma pesquisa realizada pelo engenheiro Fernando Ivan Vásquez Arnez, do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo, coordenada pelo professor Soares.“

Continuando a série de perguntas feita ao geógrafo Paulo Mendes, é feita a seguinte pergunta: “Uma vez contaminada pela atividade da mineração, como a água pode ser recuperada?”. O geógrafo diz que é um processo complicado e demorado que precisa de tratamentos específicos para se recuperar esta água ou amenizar os impactos sobre a mesma. Ele ressalta também que muitos destes problemas relacionados à alteração na água são irreversíveis. Em nossas pesquisas feitas para concretizar o que o geógrafo afirmou e nossa opinião a respeito, encontramos no website simineral.org. br, um exemplo de processo de recuperação da água utilizada na mineração, o qual é denominado de separação sólido-líquido. Segundo o website, “Os processos de separação sólido-líquido utilizados na indústria mineral têm buscado essencialmente reduzir o volume de efluente a ser descartado, recuperar a água utilizada no processamento mineral permitindo sua reciclagem e adequar a porcentagem de sólidos na

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