Relaçoes Internacionais
Ensaios: Relaçoes Internacionais. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: gabbysmorais • 3/5/2014 • 1.757 Palavras (8 Páginas) • 331 Visualizações
Questionário De Introdução as Relações Internacionais
1. O que são Relações Internacionais?
As relações internacionais podem ser definidas como o conjunto de relações e comunicações que os grupos sociais estabelecem através das fronteiras. As Relações Internacionais (REL ou RI) são um conjunto de estudo sistemático das relações políticas, econômicas e sociais entre diferentes países cujos reflexos transcendam as fronteiras de um Estado, Um esforço pra definir as Relações Internacionais esbarra no desafio de delimitar o objeto de estudo, delimitação essa que é até os dias atuais a fronteira do estado da arte das relações internacionais.
O conceito de relações internacionais abrange duas dimensões. A térmica meios "relações internacionais" Mino, em primeiro lugar, um setor da realidade social, ou dos relacionamentos humanos caracterizam justamente por sua como "internacional" ; mas o mesmo termo denota sua vez, consistem -científica ração de tais relações. " As relações Internacionais enquanto disciplina contribuem para a compreensão e previsão, e controle das relações entre estados e as condições da comunidade universal é ao mesmo tempo uma história ,uma ciência, uma filosofia e uma arte.
2.Quando e onde começaram a ser estudadas?
A área de estudo das relações internacionais como campo específico é recente e inovadora. O curso iniciou na Europa e nos Estados Unidos como resultado do período entre guerras, no sentido de estudar as causas e as consequências dos conflitos armados mais devastadores. As primeiras cátedras de Relações Internacionais nas universidades inglesas e americanas estavam organizadas para esta preocupação central. O Reino Unido e os Estados Unidos abrigaram, posteriormente, inúmeras outras cátedras e institutos, para o estudo mais aprofundado dos fenômenos e dos processos internacionais naquele período histórico.
A disciplina de Relações Internacionais tem sua história inaugural na Universidade de Gales, no ano de 1919, quando foi criada a Cadeira Woodrow Wilson em Relações Internacionais, logo após o encerramento do primeiro grande conflito mundial, no contexto da criação da chamada Liga ou Sociedade das Nações, em razão da atuação do ex-presidente norte-americano.
As décadas de 20 e 30 sinalizaram, posteriormente, para uma abertura extremamente importante no terreno das perguntas em direções distintas, abordando questões interdisciplinares na área da economia, política, sociologia, impulsionando as instituições a abrirem cursos, mini-cursos e cátedras em torno da Política Internacional, do Direito Internacional, da Economia Internacional, deixando de caminhar nos antigos conceitos de História Diplomática, para percorrer seu próprio caminho, isto é, o caminho da História das Relações Internacionais.
Nesta mesma década, os aspectos científicos foram se formando, ao estabelecer o conceito central de que a categoria do poder era a chave para explicar as Relações Internacionais e os processos e relações dos sujeitos internacionais entre si.
Por falta de convergência científica, o processo de consolidação dos estudos teóricos no campo das relações internacionais na América Latina e no Brasil iniciou-se tardiamente, visto que as preocupações da comunidade acadêmica da região estavam voltadas para as ingerências e influências de países, como Estados Unidos, para a dívida externa e organismos como FMI e Banco Mundial; e quando o foco das discussões era a integração, dependência e ingerência, as pesquisas se diferenciavam, produzindo fortes dificuldades de conexão e enquadramento entre os respectivos temas.
Entretanto, os programas de Relações Internacionais se expandiram rapidamente na região ao longo dos anos 60 e 70. E no Brasil, a Universidade Nacional de Brasília (UNB) foi pioneira na institucionalização do estudo das Relações Internacionais ao criar o primeiro bacharelado no país, ainda em 1974, valendo-se da privilegiada posição geográfica da instituição, que permitia acessar os acervos de bibliotecas públicas do Ministério das Relações Exteriores, do Congresso Nacional e das Embaixadas estrangeiras; e com a decisiva colaboração de diplomatas, detentores de notório saber e domínio da área, mesmo sem titulação acadêmica.
Apesar do Brasil não possuir muita tradição nas relações internacionais, o próprio avanço e maturidade ocorridos em sua estrutura política, social e econômica nos últimos anos, acompanhando a tendência mundial, impulsionaram diversas instituições a criarem cursos voltados para a área, sendo que dentre as universidades públicas já possuem o curso de Relações Internacionais: a UFRGS, a USP, a UNESP em Marília e Franca, a Universidade Federal de Roraima, e recentemente a UFSC e a UFRJ. Fora que existem mais de oitenta cursos abertos em todo o país.
3.Primeiros Teóricos De Relações Internacionais
3.1 Edward Hallett Carr
Ficou conhecido por seu trabalho sobre a história da União Soviética, em que demonstrou uma visão simpática à história soviética e 1917 a 1929; por seus escritos sobre as relações internacionais; e por seu livro What Is History?, de 1961, em que estabeleceu princípios historiográficos radicais que rejeitavam as práticas e métodos históricos tradicionais relatou na obra que a História é um processo aberto a múltiplas interpretações, uma interpretação positiva é uma escolha justificável e sadia mas muitas pessoas acreditam que a interpretação é uma só, geralmente negativa, e combatem todos que não hajam de acordo com isso.
Carr era mais conhecido por sua história de 14 volumes da União Soviética, em que ele forneceu um relato da história soviética 1917-1929, por seus escritos sobre as relações internacionais , e por seu livro O que é História? , No qual ele expôs princípios historiográficos rejeitando métodos e práticas históricas tradicionais.
Educado em Cambridge, Carr começou a sua carreira como diplomata em 1916. Tornando-se cada vez mais preocupada com o estudo das relações internacionais e da União Soviética , ele pediu demissão do Ministério das Relações Exteriores em 1936 para começar uma carreira acadêmica. De 1941 a 1946, a Carr trabalhou como editor assistente do The Times, onde ele era conhecido por seus líderes ( editoriais ) pedindo um sistema socialista e uma aliança anglo -soviética como a base de uma ordem pós- guerra. Depois, Carr trabalhou em um enorme trabalho de 14 volumes sobre a história soviética intitulada A História da Rússia Soviética,
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