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Reprodução Humana

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Por:   •  4/10/2014  •  9.653 Palavras (39 Páginas)  •  339 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Reprodução humana é o processo pelo qual se torna possível a continuidade das espécies. Da concepção até a maturidade, tanto para o homem como para a mulher, o desenvolvimento sexual é um caminho muito complexo. A consequência final é a produção de células reprodutoras que vão passar os genes para a geração seguinte. Cada indivíduo produz uma quantidade enorme de células reprodutoras. Dos vários milhões de células reprodutoras que cada mulher possui quando nasce apenas algumas centenas serão, em alguma ocasião, fecundadas; as restantes degeneram. Nos homens, as células reprodutoras são formadas continuamente após a puberdade e cada ejaculação liberta aproximadamente cem milhões delas. As espécies humanas, como a maior parte das espécies que existem no planeta Terra, reproduzem-se assexuadamente. Na reprodução sexuada ocorre a fecundação, com fusão de gametas, geralmente provenientes de dois progenitores diferentes, e formação de um ovo. Os descendentes são únicos, geneticamente diferentes entre si e dos progenitores. Do ponto de vista biológico, o objetivo do sexo é fundir dois grupos de informações genéticas, um da mãe e outro do pai, para formar um bebê que seja geneticamente diferente de seus pais.

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2. REPRODUÇÃO HUMANA

A existência do ser humano começa com a fusão dos pronúcleos: masculino e feminino, isto é, com a fecundação do óvulo. O óvulo fecundado já tem toda a carga genética e cromossômica necessária, possuindo toda a capacidade para alcançar o seu pleno desenvolvimento. Pode se dizer que nesse momento o óvulo fecundado não é uma possibilidade de vida humana, mas uma vida cheia de possibilidades. Ele mesmo dirigirá o seu próprio desenvolvimento. É um ser independente e autônomo que necessita unicamente de ser alimentado e de ter um ambiente adequado – ambiente que a mãe de fornece. Ai vem a fecundação, que é o fenômeno biológico pelo qual o óvulo e o espermatozoide se juntam dando origem a um novo ser humano.

O óvulo, uma vez libertado, avança pela tuba uterina. Cerca de 10 a 24 horas depois da ovulação, encontra-se em lugar adequado para ser fecundado. Neste momento, podem chegar até junto dele entre 300 a 500 espermatozoides, a célula germinal masculina produzida no testículo – no entanto apenas um entra no óvulo. Logo que entra um espermatozoide, a permeabilidade do óvulo modifica, tornando-se impermeável para o restante dos espermatozoides. O espermatozoide que penetrou permuta os seus materiais genéticos com o óvulo, completando assim os 46 cromossomos.

Aproximadamente 30 horas após a fecundação, é produzida a primeira divisão desse novo ser, que posteriormente se converte em embriões de três células, denominados mórula, e que continua a se dividir até ter, aos três dias, aproximadamente 12 a 16 células, atingindo aos quarto dia a fase de mórula avançada. Ao quinto dia de fecundação, começa a entrar líquido no óvulo, formando-se uma cavidade, o blastocelo, que dará lugar ao blastócito, que avança pela trompa até o útero, onde chega pelo sexto ou sétimo dia, para se implantar na mucosa uterina.

Chama-se nidação, ou implantação, a fixação do óvulo fecundado já na fase de blastócito, na parede uterina. Para ser mais fácil a negação, as artérias do endométrio tornam-se tortuosas e formam uma espécie de leito que nutre o embrião nos primeiros dias da sua vida. Posteriormente essa função será desempenhada pela placenta.

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O ciclo sexual feminino é constituído por uma série de fatos biológicos orientados para provocar a ovulação e, no caso de existir fecundação, levar á negação do ovo, isto é, do óvulo fecundado. Este ciclo tem a duração de cerca de vinte e oito dias, e repete-se desde a puberdade até a menopausa da mulher.

De forma muito sucinta, pode-se dizer que, quando a mulher chega à puberdade, a hipófise segrega dois hormônios: o folículo-estimulante (FSH) e o luteinizante (LH). A sua ação sobre o ovário faz amadurecer um óvulo que se liberta, e é recolhido pela tuba uterina, encaminhando-se depois pela tuba em direção ao útero. Por sua vez, o ovário produz mais dois hormônios: estrogênio e progesterona. Na primeira metade do ciclo, os estrogênios fazem proliferar as mucosas uterinas, que se vai acondicionando para receber o óvulo fecundado. Posteriormente atua a progesterona, cuja ação principal é a de promover as condições mais adequadas para que a gravidez possa progredir. Se não houver fecundação, a mucosa uterina desprende-se e se elimina sendo acompanhada de perdas sanguíneas (menstruação), começando depois a regenerar-se, dando lugar a um novo ciclo menstrual. (HENRIQUE,Flávio e ROBERTO,Paulo. A Fisiologia da Reprodução Humana)

3. ÓRGÃOS SEXUAIS MASCULINOS Olhando de fora, o homem tem dois órgãos sexuais perceptíveis, os testículos e o pênis. Os testículos são os principais órgãos sexuais masculinos - e eles produzem espermatozoides e testosterona. O espermatozoide é a célula sexual masculina (gameta). Testosterona é o hormônio responsável pelas características sexuais secundárias masculinas, como pêlos faciais e pubianos, cordas vocais grossas e músculos desenvolvidos. Os testículos ficam na parte externa da região principal do corpo masculino, em uma bolsa chamada de escroto. Esta localização é importante, porque para os espermatozoides se desenvolverem corretamente eles devem ficar a uma temperatura um pouco mais baixa (entre 35 e 36º C) do que a temperatura normal do corpo (36,5º C).

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O espermatozoide imaturo vai dos testículos até um tubo em espiral na superfície externa de cada um, chamado de epidídimo, onde amadurece em aproximadamente 20 dias. Ele sai do corpo através do pênis. O pênis é feito de tecido macio e esponjoso. Quando cheio de sangue durante a excitação e relação sexual, o tecido esponjoso endurece e faz com ele fique ereto, o que é importante para sua principal função: colocar o espermatozoide dentro da mulher.

4. DESENVOLVIMENTO DOS ÓRGÃOS SEXUAIS

Assim que começamos a nos desenvolver, temos dois conjuntos de órgãos: um que pode se desenvolver e dar origem aos órgãos sexuais femininos (dutos de Müller) e um que pode se desenvolver e dar origem aos órgãos sexuais masculinos (dutos de Wolff). O tipo de órgão sexual a ser desenvolvido depende da presença do hormônio masculino testosterona (em seres humanos, o sexo padrão é o feminino): se o embrião for masculino (cromossomos XY), a testosterona estimula o duto de Wolff a desenvolver os órgãos sexuais masculinos e o duto mülleriano

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