Resenha Da Matriz Energética Brasileira
Artigo: Resenha Da Matriz Energética Brasileira. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: leticiadelima.26 • 19/2/2015 • 1.047 Palavras (5 Páginas) • 856 Visualizações
1. Resenha da matriz energética brasileira
Em 2013, a oferta interna de energia, atingiu o montante de 296,2 milhões de tep -
toneladas equivalentes de petróleo, montante 4,5% superior ao de 2012 (4,1% em 2012)
e equivalente a 2,1% da energia mundial.
O expressivo aumento da OIE, bem acima do crescimento do PIB (estimado em 2,5%)
teve como principais indutores: expansão de 40% nas perdas térmicas devidas à geração
termelétrica pública (forte complementação ao baixo desempenho da geração hidráulica),
expansão de 5,9% no consumo do transporte rodoviário e expansão média de 6,0% no
consumo residencial e comercial de eletricidade.
As perdas térmicas na geração elétrica pública evoluíram de 10.148 mil tep em 2012,
para 14.207 mil tepem 2013, o que já explica 1,4 ponto percentual dos 4,5 da expansão
da OIE.
A indústria foi o setor discrepante no consumo de energia, com recuo de 0,5% sobre 2012
(exclusive consumo do setor energético), embora alguns segmentos indústrias tenham
crescido acima de 5%, como celulose, cerâmica e “outras indústrias”. O resultado
negativo se deve às indústrias intensivas em energia, como aço, ferro-ligas e não ferrosos,
que tiveram recuo acima de 3,0% no consumo de energia.
Observa-se um pequeno decréscimo na participação das fontes renováveis, como
resultado, principalmente, da retração da geração hidráulica e do baixo desempenho do
consumo de lenha nas residências e na produção de gusa. Os produtos da cana, com
desempenho positivo de 9,3%, e “outras renováveis” (eólica, biodiesel, etc), com
desempenho de 8,0%, não foram suficientes para manter a participação das renováveis
na OIE.
Nas fontes não renováveis, a taxa global de crescimento foi de 6,8%. O gás natural
sobressai com 15,9% de expansão, em razão do acentuado aumento do uso na geração
de energia elétrica. Em seguida vem o carvão mineral, com expansão de 7,8%, taxa
também influenciada pelo uso na geração elétrica. Neste contexto, as fontes renováveis
passaram a uma participação de 41,0% na demanda total de energia de 2013, contra os
42,3% verificados em 2012.Já a oferta de energia elétrica, em 2013 chegou a 610,4 TWh, montante 2,9% superior ao
de 2012 (593,2 TWh). Por fonte, merece destaque os aumentos de 75,7% na oferta por
carvão mineral, de 47,6% na oferta por gás natural, de 36,2% por óleo, e de 30,3% por
eólica. A geração por biomassa também foi expressiva, com aumento de 14,7%.
A supremacia da geração hidráulica ficou menos acentuada em 2013, ficando com 70,7%
na estrutura da OIEE, incluindo a importação de Itaipu, contra 76,9% em 2012.
Considerando apenas a oferta nacional a participação ficou em 64,1% (70,0% em 2012).
Na biomassa, o destaque fica com o bom desempenho da geração por bagaço de cana,
com crescimento de 19,1% em 2013. De fato, o setor sucroalcooleiro gerou 29,9 TWh em
2013, sendo 16 TWh destinados ao mercado e 13,9 TWhdestinados ao consumo próprio. Assim, a geração por bagaço de cana representa 74,0% da geração total por biomassa -
os 26% restantes foram gerados, principalmente, pela indústria de papel e celulose, com a
utilização de lixívia, lenha e resíduos de árvores.
A geração nuclear, em razão de paradas para manutenção, não repetiu o excelente
desempenho de 2012, mostrando recuo de 8,7% na oferta de 2013.
A taxa de consumo final de energia foi inferior à da oferta interna (de 4,5%) em razão de
maiores perdas relativas de energia (perdas térmicas) na geração termelétrica, situação
também verificada em 2012. A menor geração hidráulica resultou em forte incremento na geração térmica pública, o que proporcionou perdas de 14,2 milhões tep em 2013, contra
10,1 milhões tep em 2012 (este incremento já explica 1,4 ponto percentual na taxa da
OIE).
A exceção do carvão mineral, com recuo de 1,5%, os demais agregados energéticos da
tabela 11 apresentaram crescimento no consumo, em especial, a bioenergia, com 4,3%,
em razão da forte expansão do consumo de etanol e do uso do bagaço para a sua
produção. Em seguida aparece a eletricidade, com 3,6% de crescimento.
Na composição setorial do CFE da tabela 12 observa-se que o setor energético se
destacou em 2013, mostrando incremento de 14,3% no consumo de energia, justificado
pelo uso de bagaço na produção de etanol. A indústria e os usos não energéticos ficaram
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