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Resenha crítica: A TRAJETÓRIA DO SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL

Por:   •  25/9/2015  •  Resenha  •  1.197 Palavras (5 Páginas)  •  1.693 Visualizações

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Maceió

2011

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SUMÁRIO

1        RESENHA CRÍTICA        4

2        REFERÊNCIA  BIBLIOGRÁFICA        7

 RESENHA

RAICHELIS, Raquel. A Trajetória do Serviço Social no Brasil. Legitimidade Popular e Poder Público. São Paulo: Cortez Editora, capítulo II, p. 61-82, 1988.

                                                                  Ana Paula Santos Lins *    

Este artigo foi elaborado pela doutora em serviço social, Raquel Raichelis, graduada em Serviço Social pela PUCSP (1971), com mestrado em Serviço Social pela PUCSP (1986) e doutorado em serviço social pela PUCSP (1997). Tendo a finalidade de expor de forma detalhada a trajetória do serviço social no Brasil, fazendo uma contextualização histórica da profissão no Brasil, reconstruindo sua história e suas relações com as classes sociais.

A autora destaca no início deste capítulo, o processo de agravamento da questão social intrinsecamente ligado ao desenvolvimento dos centros urbanos em decorrência do crescimento do processo industrial e consequentemente o aumento dos problemas sociais decorridos da elevação numérica e da exploração do operariado, gerando assim, uma luta de classes sociais em defesa de seus interesses antagônicos.

De acordo com Raichelis, esse novo cenário propicia o surgimento do serviço social, a partir da década de 30, partindo da iniciativa de grupos sociais femininos vinculados à igreja católica e a burguesia, constituindo a base social do movimento leigo no país, com a criação de um departamento especializado de ação social que tem por objetivo, funcionar como alternativa à caridade e à repressão, intervindo junto ao proletariado, principalmente na família  operária em situações de degradação moral e física.

Referindo-se ainda ao período do surgimento do serviço social, a autora expressa à situação política do país, que vivia sob as medidas repressivas e autoritárias pelo governo Vargas no Estado novo, com base na nova constituição que lhe dá plenos poderes, juntamente com os grupos das classes dominantes, criando assim, as chamadas leis sociais, referentes principalmente à legislação trabalhista e sindical, como forma de coibir os exageros do protesto popular contra a ordem vigente.

A partir da década de 40, inicia-se uma nova fase de ordenação das relações capitalistas, como a aceleração do processo industrial, bem como as mudanças verificadas no panorama internacional em função do término da segunda guerra e do acúmulo do capital no setor privado, provocando profundas transformações sociais, políticas e econômicas, e assim, um intenso crescimento no país.

Raichelis esboça as conseqüências dessas mudanças quando cita:

  “O Estado passa a intervir crescentemente no mercado de trabalho                                        assumindo funções normativas e assistenciais relativas ao enquadramento e reprodução da força de trabalho. São criados diversos mecanismos que funcionam como respostas ás necessidades de trabalho urbano atuando simultaneamente como instrumentos de controle e subordinação”.

____________________________

*Aluna  graduando do curso de serviço social, 2° período da Universidade Norte do Paraná.

Raichelis esboça que em se tratando de relações capitalistas, o governo desenvolve novas práticas sociais frente à questão social, com a criação de instituições como o SESI, SESC, SENAI e LBA, com o objetivo de atender as necessidades sociais do operariado e sua qualificação técnico-profissional, possibilitando o desenvolvimento de novas práticas voltadas para a questão social, por uma sociedade mais participativa, que além de beneficiar aos trabalhadores produtivos, procura atender também aqueles que se encontram fora do mercado de trabalho, como os aposentados e os acidentados, oferecendo assistência médica e atendimento às gestantes e a infância, no sentido de viabilizar a implementação de seu projeto de dominação da classe operária, de maneira articulada e abrangente.

Todas essas mudanças proporcionam novo recrutamento dos assistentes sociais por essas instituições, como a intervenção normativa sobre a vida dos diferentes grupos sociais, o estímulo à cooperação de classes e o ajustamento psicossocial do trabalhador. Dessa forma, incorpora o assistente social como um dos agentes responsáveis pela execução de políticas sociais, e a partir daí, insere a profissão no interior do jogo conflitual entre as classes sociais, colocando-o historicamente a serviço do capital e dos interesses da acumulação e legitimação do serviço social, por parte das classes dominantes.

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