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Significado socio-historico da profissao serviço social

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Por:   •  17/11/2014  •  Trabalho acadêmico  •  4.484 Palavras (18 Páginas)  •  500 Visualizações

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Este texto apresenta alguns elementos para a compreensão das

particularidades históricas do processo de institucionalização e legitimação do

Serviço Social na sociedade brasileira, a partir da reconstrução teórica do

significado social da profissão na sociedade capitalista. Constituem-se seus

objetivos centrais: a análise do significado social da profissão no processo de

reprodução das relações sociais, tendo como referência a abordagem de Iamamoto

(1995); a explicitação das demandas colocadas socialmente ao Serviço Social e as

necessidades sociais a que a profissão busca responder, pelo caráter contraditório

da prática profissional; a análise do trabalho profissional do assistente social e de

algumas de suas particularidades, como a vinculação histórica com a Assistência

Social; a definição legal do Serviço Social como profissão liberal e por fim uma

reflexão sobre a profissão nos dias atuais.

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Trabalho Completo SIGNIFICADO SOCIO-HISTORICO DA PROFISSAO SERVIÇO SOCIAL

SIGNIFICADO SOCIO-HISTORICO DA PROFISSAO SERVIÇO SOCIAL

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Categoria: Ciências Sociais

Enviado por: LIVIAMAGALHAES 03 março 2013

Palavras: 794 | Páginas: 4

O significado sócio-histórico da profissão

(Resumo)

O significado social da profissão só pode ser desvendado em sua inserção na sociedade, é preciso ultrapassar a análise do Serviço Social em si mesmo para situá-lo no contexto de relações mais amplas que constituem a sociedade capitalista. Um conceito fundamental para a compreensão da profissão na sociedade capitalista é o de, reprodução social, que, na tradição marxista, se refere ao modo como são produzidas e reproduzidas as relações sociais nesta sociedade. A reprodução das relações sociais é entendida como a reprodução da totalidade da vida social. Iamamoto e Carvalho (1995, p. 73) considera o Serviço Social a partir de dois ângulos indissociáveis e interdependentes: realidade vivida e representada na e pela consciência de seus agentes profissionais; atividade socialmente determinada pelas circunstâncias sociais. Esses dois ângulos podem ser contraditórios, podendo ocorrer um desencontro entre as intenções do profissional, o trabalho que realiza e os resultados que produz. A prática profissional permite apreender as dimensões objetivas e subjetivas. Objetivas: no sentido de considerar os determinantes sócio-históricos do exercício profissional em diferentes conjunturas. Subjetivas: no sentido de identificar a forma como o assistente social incorpora em sua consciência o significado de seu trabalho e a direção social que imprime ao seu fazer profissional. Com relação a institucionalização da profissão, de uma forma geral, nos países industrializados, está associada à progressiva intervenção do Estado nos processos de regulação social. As particularidades desse processo no Brasil evidenciam que o Serviço Social se institucionaliza e legitima profissionalmente como um dos recursos mobilizados pelo Estado e pelo empresariado, com o suporte da igreja católica, na perspectiva do enfrentamento e regulação da Questão Social. Em 1932, é criado o Centro de Estudos e Ação Social (CEAS), entidade que seria fundadora e mantenedora da primeira Escola de Serviço Social do país. O CEAS é gestado em plena revolução paulista. Era mantido com mensalidades das sócias e tinha como objetivos: difundir a doutrina e a ação social da igreja. Nesse momento a “questão social” é vista a partir do pensamento social da igreja, como questão moral, como um conjunto de problemas sob a responsabilidade individual dos sujeitos que os vivenciam embora situados dentro de relações capitalistas. É na relação, com a Igreja Católica, que o Serviço Social brasileiro vai fundamentar a formulação de seus primeiros objetivos político-sociais, orientando-se por posicionamentos de cunho humanista conservador contrário aos ideários liberal e marxista na busca de recuperação da hegemonia do pensamento social da Igreja em face da “questão social”. Com a criação de instituições assistenciais estatais, na década de 1940, o Estado passa a intervir no processo de reprodução das relações sociais, assumindo o papel de regulador e fiador dessas relações, tanto na viabilização do processo de acumulação capitalista, como no atendimento das necessidades sociais das classes subalternas. O Serviço Social passa então a poder ampliar suas possibilidades de intervenção, indo mais além dos trabalhos de ação social até então implementados no âmbito privado, sob o patrocínio do bloco católico. A profissão assume um lugar na execução das políticas sociais, e a partir desse momento, tem seu desenvolvimento relacionado com a complexidade dos aparelhos estatais na operacionalização de Políticas Sociais. Uma característica que interferirá no desempenho da profissão, é a sua fragmentação, pois essas políticas são concebidas setorialmente como se o social fosse a simples somatória de setores da vida, sem articulação, numa apreensão parcializada da realidade social. Embora o Serviço Social tenha sido regulamentado como profissão liberal no Brasil, o assistente social não tem se configurado como profissional autônomo no exercício de suas atividades, não dispondo do controle das condições materiais, organizacionais e técnicas para o desenvolvimento de seu trabalho. O Serviço Social ainda mantém traços de profissão em cuja origem estão presentes elementos vocacionais como: a valorização de qualidades pessoais e morais, o apelo ético, religioso ou político e o discurso altruísta e desinteressado. Do ponto de vista da demanda o Serviço Social vem desenvolvendo sua intervenção junto aos segmentos mais empobrecidos e subalternizados da sociedade, interferindo em situações sociais que afetam as condições concretas

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