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Sistema Imunologico

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Por:   •  27/11/2014  •  2.431 Palavras (10 Páginas)  •  397 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

O sistema imunológico é constituído por uma complexa rede de células e moléculas dispersas por todo o organismo e se caracteriza biologicamente pela capacidade de reconhecer especificamente determinadas estruturas moleculares ou antígenos e desenvolver uma resposta efetora diante destes estímulos, provocando a sua destruição ou inativação. Portanto, representa um sistema eficaz de defesa contra microrganismos que penetrem no organismo ou contra a transformação maligna de células. Esta função de defesa é essencial contra o desenvolvimento de infecções e tumores. Esta capacidade de defesa do sistema imunológico se fundamenta na ativação das células efetoras - que incluem os linfócitos e as apresentadoras de antígenos ou acessórias - e na produção de anticorpos. Indubitavelmente, a geração inadequada destas respostas efetoras pode produzir efeitos deletérios para o organismo, provocando reações inflamatórias e dano orgânico em maior ou menor intensidade. Estudos recentes indicam que a realização de exercícios de intensidade moderada pode estimular a eficiência do sistema imunológico, enquanto que o estresse gerado pelo treinamento de alta intensidade dos atletas pode alterar a sua função.

A atividade física está associada com variações do comportamento fisiológico, psicológico e do sistema neuroendócrino. Diversos estudos observaram que em conseqüência da realização de exercícios ocorrem variações dos leucócitos, da distribuição das populações linfocitárias e da função imunológica (neutrófilos, células acessórias, células citotóxicas espontâneas ou Natural Killer, linfócitos T e B). A qualidade e a intensidade dessas alterações parecem depender da intensidade e da duração do exercício, que podem modificar a intensidade, a atividade, a resposta metabólica e a liberação de neurotransmissores e hormônios.

A prática regular de exercícios (de caráter não competitivo ou competitivo) traz diversos benefícios entre os quais se pode destacar: benefícios ao nível do sistema cardiovascular, da função respiratória e do tônus muscular; diminuição do estresse, melhora do estado de ânimo e favorecimento da estabilidade emocional; promoção de um melhor controle metabólico, otimização da massa corporal, etc., todos esses fatores resultando em uma maior produtividade no trabalho e para atividades do cotidiano. Há ainda outras conseqüências complexas como a facilitação da função imunológica e a maior resistência dos desportistas a infecções.

De fato, os esportes de competição geram uma grande ansiedade que é acompanhada por alterações neuroendócrinas e cardiovasculares, que contribuem por sua vez para o surgimento de distúrbios do sistema imunológico. Os atletas submetidos a um treinamento de alta intensidade e grande volume apresentam uma maior suscetibilidade ao desenvolvimento de infecções leves; qualquer doença infecciosa, por mais clinicamente leve que seja, está associada com uma queda de desempenho em atletas.

2. ESTRUTURA DO SISTEMA IMUNOLÓGICO

O sistema imunológico compreende as vias principais através das quais o ser humano responde se adaptando aos desafios exógenos e endógenos. Está formado por uma série de células e moléculas, distribuídas pelo organismo, imprescindíveis para a sua defesa frente a infecções e/ou situações que comprometam a sua integridade4. As proteínas do sistema imunológico representam 20 a 25% da concentração de total de proteínas plasmáticas e o seu componente celular representa aproximadamente 15% das células corporais.

2.1. Componente celular

O componente celular do sistema imunológico está formado por diferentes populações linfocitárias e por células acessórias que possuem características morfológicas e funcionais muito heterogêneas.

A característica biológica essencial e que distingue este sistema é a capacidade que alguns dos seus componentes possuem de reconhecer de forma específica determinados fragmentos celulares ou antígenos. A natureza química desses antígenos é muito variável e a sua origem pode ser tanto exógena quanto endógena. Em maior ou menor intensidade, são produzidas, de forma simultânea, interações com outros sistemas, nos quais podem ser observadas alterações morfológicas e funcionais.

2.2. Componente solúvel

2.2.1. Imunoglobulinas

O componente molecular próprio do sistema imunológico é formado pelas imunoglobulinas (sistema de imunidade humoral). Estas moléculas são um produto da diferenciação dos linfócitos B em células plasmáticas. A sua produção é induzida pela

exposição das células B a um antígeno, que é reconhecido de forma específica. Todas as células B derivadas da que foi estimulada pelo antígeno secretam imunoglobulinas, cuja região de interação com o antígeno é semelhante. As regiões constantes das imunoglobulinas são limitadas e pode-se identificar cinco tipos: IgG, IgA, IgM, IgD e IgE. Cada clone de células B pode secretar os diferentes tipos .

A resistência às infecções é devida em parte à presença de níveis séricos suficientes de imunoglobulinas tanto em nível plasmático quanto tissular. As concentrações dessas moléculas também são importantes nas mucosas, principalmente os de IgA secretora. As imunoglobulinas séricas aumentam durante a fase de recuperação de infecções. A resistência à reinfecção é atribuída geralmente à presença adequada de níveis de antígeno específico de imunoglobulinas no soro ou nas secreções respiratórias.

2.2.2. Complemento

O sistema complemento é um conjunto de proteínas séricas que são sintetizadas principalmente no fígado e que ao serem ativadas interagem entre si de forma seqüencial, originando uma série de reações em cascata com produção de diferentes fragmentos protéicos, que são capazes de provocar diferentes efeitos biológicos, entre os quais podemos destacar a destruição de membranas celulares, o aumento da atividade fagocitária celular e a indução de reações inflamatórias.

2.2.3. Citocinas

O estado funcional dos linfócitos e das células acessórias é regulado preferencialmente por uma série de moléculas não antígeno-específicas ou citocinas, que incluem principalmente

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