Sistema Muscular

O músculo-esquelético é composto por células denominadas fibras musculares. O seu tamanho pode chegar a alguns centímetros de comprimento. São finas, longas e multinucleadas. O sarcoplasma de célula muscular é constituído por um liquido que contém proteínas e electrólitos, onde se obtém a energia anaeróbica (glicólise) e é o local da síntese e degradação de glicogénio e da síntese dos ácidos graxos. No sarcoplasma também se encontram outros componentes de suma importância como os ribossomos encarregados da síntese proteica, as mitocôndrias responsáveis pela queima oxidativa dos substratos energéticos.

Ainda no sarcoplasma estão as miofibrilas, que juntas formam a fibra muscular. Essas miofibrilas são compostas por milhares de filamentos proteicos que de acordo com os seus componentes dividem-se em actina e miosina. Essas proteínas ficam entrelaçadas dentro de um sarcomero ( menor unidade muscular ).

A contracção muscular ocorre devido ao deslizamento de uns sobre os outros miofilamentos, provocando uma "tensão muscular". Tal evento ocorre inicialmente com um potencial eléctrico de acção proveniente do neurónio motor da unidade motora (ponto de contacto entre as fibras nervosas e as fibras musculares).

As fibras musculares classificam-se de acordo com as suas propriedades de contracção:

• Fibras de contracção lenta (CT), ST = "slow twitch", tipo I, ou ainda, vermelhas;

• Fibras de contracção rápida (CR), FT = "fast twitch", tipo II, ou ainda, brancas.

O número e a distribuição dessas fibras no organismo são determinados geneticamente. Portanto são hereditárias. Por esse motivo é comum ouvirmos dizer, que certos atletas são velocistas natos. Podemos, então estimular essas fibras para que elas se tornem mais resistentes ou maiores (hipertrofia). Alguns cientistas, afirmam que as células musculares são capazes de se duplicarem através de um processo denominado hiperplasia.

Dependendo da capacidade física objectivada no treino, devemos estimular o tipo adequado de fibras, assim: