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Por:   •  16/5/2014  •  1.928 Palavras (8 Páginas)  •  282 Visualizações

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4- A SITUAÇÃO ECONOMICA DA ORGANIZAÇÃO

Tudo começou em 1989 quando a empresa Schincariol, fundada em 1939 por Primo Schincariol, filho de imigrante italiano, na cidade de Itu, interior do estado de São Paulo, e que havia conquistado popularidade com o refrigerante Itubaína, inicialmente produzido em uma pequena fábrica no quintal de sua casa, para comemorar seu cinquentenário resolveu expandir sua linha de produtos e ingressar em uma nova categoria no mercado com o lançamento da CERVEJA SCHINCARIOL. Quando a cerveja começou a cair no gosto popular e abocanhar fatias consideráveis do mercado, especialmente no interior do estado de São Paulo, a empresa não teve dúvidas, expandiu o negócio espalhando fábricas por outras regiões do Brasil. Em treze anos de produção a cerveja SCHINCARIOL já havia atingido 9.8% de participação de mercado, incomodando e muito as marcas líderes, algumas das quais extremamente tradicionais.

Mas a popularidade que levou a esses índices se tornou um problema para quem sempre se acostumou à grandiosidade dos números. A redução drástica no ritmo de crescimento das vendas influenciou negativamente na contabilidade da empresa, que tinha feito investimentos maciços em infraestrutura. Estava aceso o sinal de alerta e tinha chegado a hora de promover mudanças radicais se o grupo, então comandado pelo empresário Adriano Schincariol, ainda quisesse continuar a crescer no competitivo mercado brasileiro de cervejas. Foi então que a empresa contratou uma agência de publicidade que já tinha experiência no ramo. A primeira providência da agência Fischer foi encomendar uma pesquisa de mercado. O estudo revelou que as dificuldades de expansão estavam vinculadas a um grave problema de imagem da marca. Grande parte do público-alvo considerava a SCHINCARIOL uma cerveja para pessoas de baixa renda e com qualidade inferior á outras do mercado, o que gerava um alto índice de rejeição.

Para reverter essa rejeição era preciso criar uma NOVA cerveja. Construir uma NOVA marca. Produzida por uma NOVA empresa. Experimenta! Experimenta! Experimenta! Esse foi o bordão criado pela agência de publicidade para o lançamento no dia 1º de setembro de 2003 da cervejaNOVA SCHIN. A nova fórmula foi desenvolvida em dois anos de trabalho pelos mestres cervejeiros Rubem Froemming e Peter Ehrhardt, com base em pesquisas sobre o sabor que mais agrada ao consumidor brasileiro. Os anúncios da campanha, veiculados de forma maciça em todas as mídias, surpreenderam o mercado publicitário e coroaram toda uma estratégia traçada para reinventar uma cerveja e uma marca. Além da nova fórmula, o rótulo e o logotipo também foram alterados. Houve uma revitalização nas vendas com um trabalho para recuperar a autoestima das equipes responsáveis pela comercialização e distribuição do produto. Afinal, a rejeição da antiga marca era tão forte que essas equipes estavam desmotivadas e acomodadas, acabando, por muitas vezes, utilizar apenas o preço como argumento de venda. Convenções, eventos e programas especiais foram desenvolvidos para valorizar a marca e reforçar o conceito da NOVA cerveja e do NOVO sabor.

As metas de crescimento projetadas para dois anos foram atingidas em apenas quatro meses. A NOVA SCHIN conquistou rapidamente importantes pontos em participação de mercado e trouxe aos cofres da empresa milhões de reais. E não foi só isso. Além das mudanças na linha produtiva, investiu-se em logística, com a aquisição de 80 novos caminhões, o que possibilitou a expansão geográfica da nova marca para outras regiões do país. Em 2004, a marca expandiu seu mix de produto através do lançamento da bebida NS2 (abreviação de NOVA SCHIN 2), uma cerveja aromatizada com uma mistura de limão e tequila. Em 2008 lançou mais um novo produto:NOVA SCHIN ZERO, uma cerveja com 0,0% de teor alcoólico e a primeira deste segmento a ser comercializada em embalagem 600 ml, além das versões long neck e lata. E as novidades não pararam por aí. Nos anos seguintes a marca lançou novas opções de embalagens, como por exemplo, a de um litro (batizada de SCHIN LITRÃO), em 2009; da garrafa de 250 ml, em 2010; da lata de 310 ml, em 2011; além da SCHIN NO GRAU, uma cerveja mais leve desenvolvida para as regiões quentes do Brasil, especialmente nordeste, norte e centro-oeste, introduzida no mercado em 2012.

No início de 2014, a marca mudou tudo de novo. Primeiro passou a ser apenas SCHIN. Depois apresentou uma nova identidade visual, adotou a cor laranja e reformulou suas embalagens. Por último, apresentou seu nova posicionamento através de uma enorme campanha publicitária, batizada de “Porque Sim!”. Na verdade a campanha é um movimento para quem não curte dar explicação para tudo. Agora consumidor pode mostrar tudo que adora, mas sem a parte chata de ficar dando satisfação. A campanha tem o mote: “porque é gostosa, porque é deliciosa, porque sim!”.

A expansão da empresa e o papel da contabilidade

O consumo de cerveja no Brasil estava aumentando consideravelmente nessa época, e as cervejas existentes não estavam dando conta. O preço escolhido tinha por estratégia ser competitivo: 30% menor que os das marcas líderes, ganhando assim, o mercado popular.

Cerca de R$ 400 milhões foram investidos na expansão da unidade industrial da Schincariol em Alagoinhas, na Bahia. A planta da fábrica foi ampliada em 33 mil metros² e a área total construída aumentou para 110 mil metros², declarou a companhia na última quarta-feira (29), durante inauguração da nova área. O anúncio foi feito pelo ceo global da Kirin, Senji Miyake.

Com a ampliação da fábrica, a capacidade de produção foi dobrada. A unidade passa a produzir 900 milhões de litros de cerveja e 400 milhões de litros de refrigerante por ano. Desde o início do projeto, em 2010, foram gerados quatro mil empregos, entre diretos, indiretos e terceirizados. Fundada em 1997, a fábrica de Alagoinhas foi a primeira unidade produtiva da Schincariol fora do estado de São Paulo e, atualmente, é a maior fábrica de bebidas da companhia no Nordeste.

“Com os investimentos em Alagoinhas, contribuímos para o desenvolvimento do município e do estado como um todo. Nossa fábrica tem tecnologia de ponta e linhas modernas de alta produção, além de baixo consumo de energia e água. Temos plena capacidade de atender a demanda no estado, onde a Schincariol é muito forte e tem cada vez mais consumidores”, ressaltou Gino Di Domenico, ceo da Schincariol.

Segundo Di Domenico, a empresa dedicará os próximos três anos a estudar o consumidor brasileiro, a fim de que possam ser desenvolvidos novos produtos e tecnologias. “Atuaremos com várias frentes de trabalho, incluindo as

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