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Tecnicas Basicas De Laboratorio

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Por:   •  27/11/2014  •  3.007 Palavras (13 Páginas)  •  685 Visualizações

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1º Experimento: Técnica de Pipetagem

1 - Objetivos:

• Tornar o aluno apto para manipulação correta de pipetas volumétricas, graduadas e micropipetas no laboratório analítico. Reconhecendo a diferença entre elas;

• Transferir alíquotas corretamente;

• Utilizar a pera de sucção.

2 - Fundamentos teóricos:

O laboratório analítico utiliza diversas vidrarias e equipamentos que devem ser utilizados de forma correta com o objetivo de diminuir os erros de aferição para garantir a qualidade e confiabilidade dos resultados. As vidrarias e equipamentos devem estar devidamente calibrados para não gerar erros instrumentais, assim os resultados são os mais próximos dos verdadeiros chamados de VVC (valor verdadeiro convencional).

A técnica de pipetagem é realizada com o auxílio de pipetas que são instrumentos volumétricos utilizados para a transferência de certos volumes, de modo preciso, sob determinadas temperaturas. Existem basicamente dois tipos de pipetas, as volumétricas ou de transferência e as graduadas.

As pipetas de transferência são tubos de vidro expandidos cilindricamente na parte central (bulbo), possuem a extremidade inferior estreita e têm a marca de calibração do seu volume gravada na sua parte superior, acima do bulbo. São construídas com capacidades variando entre 0,50 e 200,00 ml. Ao final de uma transferência, retêm sempre uma pequena quantidade de líquido na sua extremidade inferior, a qual deverá ser sempre desprezada.

As pipetas graduadas são tubos cilíndricos com uma escala numerada de alto para baixo, até a sua capacidade máxima. Podem ser também usadas para transferir frações do seu volume total, se bem que com uma precisão um pouco menor em relação às pipetas volumétricas, que só permitem medir um único volume de liquido. São calibradas em unidades convenientes para livrar qualquer volume líquido até a capacidade máxima, que varia entre 0,10 a 50,00 ml.

As pipetas são calibradas de modo a levar em conta o filme líquido que fica retido na sua parede interna. A grandeza deste filme líquido varia com o tempo de drenagem e por esta razão é preciso adotar um tempo de escoamento uniforme. Geralmente, o líquido é escoado pela ação da gravidade e a pipeta é removida do frasco para onde o líquido foi transferido cerca de 15 segundos após o escoamento total.

Em análises de máxima precisão, mesmo com a vidraria limpa, há o risco de contaminação com vestígios de outras soluções que ainda possam estar impregnadas no material, então para garantir, faz-se a ambientação ou lavagem química das vidrarias, que é uma limpeza do material com o próprio produto que irá analisar. Caso ainda haja vestígios de outro produto esse irá reagir na ambientação e não na análise final.

A pipetagem deve ser realizada com a pipeta em posição vertical; A pipeta deve ser segurada entre o polegar e os três últimos dedos da mão; Assegure-se que os líquidos e as pipetas se apresentam à temperatura ambiente; Encha e esvazie as pontas das pipetas várias vezes antes de usá-las para pipetar líquidos a temperaturas diferentes da temperatura ambiente; Enxugue as pontas apenas se houver líquido no exterior das pontas; Cuide de não tocar no orifício da ponta da pipeta; O líquido residual de uma pipeta volumétrica ou de alguns tipos de pipeta graduada nunca é soprado; é soprado apenas para certos tipos de pipeta; Ao pipetar soluções cujo frasco contém depósito de soluto, introduzir a pipeta no sobrenadante; Nunca introduzir pipetas sujas nos frascos que contenham soluções ou reativos químicos puros; Deve-se sempre usar pipetas secas para não diluir o líquido.

Os instrumentos volumétricos devem ter o máximo de precisão e exatidão possíveis, porém existem diferentes definições para estes dois termos. Precisão indica o quanto às medidas repetidas estão próximas umas das outras, enquanto exatidão indica o quão próximo do valor real, o valor referência, está o valor medido. De forma ilustrativa os dardos, a seguir, demonstram esta diferença:

Figura 2.1. Precisão e Exatidão

No primeiro alvo o atirador foi exato, mas não foi preciso, porque apesar dos dardos estarem perto do alvo central estão distantes uns dos outros. No segundo alvo o atirador foi preciso, mas não foi exato, porque os dardos estão próximos uns dos outros, mas estão distantes do ponto central. No terceiro alvo o atirador está exato e preciso, e no último alvo, o atirador não foi preciso nem exato. Os erros de precisão são chamados de erros aleatórios e os erros de exatidão são chamados de erros sistemáticos.

Além das pipetas volumétricas e graduadas utiliza-se também a micropipeta que permite medição de volumes em microlitros. Este tipo de pipeta utiliza pontas chamadas ponteiras que são descartáveis e feitas de polipropileno. O líquido aspirado por elas não entra no corpo principal da micropipeta, sob risco de adulterá-la. Para procedimentos com material biológico são utilizadas ponteiras com um filtro de polipropileno para que não ocorra contaminação da micropipeta. A micropipeta pode ser digital e eletrônica. A maioria das micropipetas é monocanal, mas também existem micropipetas multicanais (de 8 e 12 canais).

As peras de sucção são indicadas para auxiliar na sucção de líquidos em pipetas. São feitas de borracha e apresentam três válvulas com esferas que podem ser de vidro ou de aço inox. Outro instrumento que apresenta a mesma função que a pera de sucção é o pipetador em plástico desmontável.

A pera de sucção gera uma pressão diferente da atmosférica (fecha o sistema e apresenta válvulas que permitem a retirada de ar de seu interior), que facilita a subida do líquido. Para que o líquido escoe, é necessário que o sistema seja aberto. Após o uso, tire a pipeta e guarde a pera com ar (cheia) para que esta não perca a capacidade de sucção.

Toda análise volumétrica necessita da aferição do menisco que é a forma curva que a superfície do líquido assume como mostra a figura 2.2:

Figura 2.2. Menisco

. A medida correta é efetuada pela parte de baixo do menisco direcionada no nível dos olhos em um ângulo de 90º. O erro na aferição do menisco é chamado de erro de paralaxe e ocorre devido ao ângulo de visão errado.

3 - Materiais, Vidrarias e Utensílios:

1 Pipeta graduada de 10ml;

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