UMA ANÁLISE SUCINTA DO SURGIMENTO DO SERVIÇO SOCIAL

Resumo

Este artigo anseia mostrar uma sucinta análise da trajetória e contextualização histórica da profissão do serviço social no Brasil, e consequentemente do Mundo, e expor como o poder da igreja católica e os burgueses desempenhavam sobre as classes menosprezadas, e as lutas dos trabalhadores para garantir seus direitos, e de que maneira o Estado também influenciou para implantação dessa profissão, e saber como essa profissão era vista no inicio da institucionalização.  Esse artigo foi elaborado através de referências bibliográficas como, artigos científicos e livros.

Palavras chaves: Serviço social. Brasil. Igreja católica. Profissão

INTRODUÇÃO

Esse artigo fez uma abordagem sucinta sobre a historicidade do serviço social no Brasil, correlacionando com o do Mundo. E saber quais foram às problemáticas que percorreram para tornar essa profissão na atualidade, e fazer uma análise para mostrar como no inicio o serviço social era visto pela sociedade, e, além disso, quem podia exercer essa profissão.

O trabalho foi elaborado em tópicos, acrescidos dessa introdução e das considerações finais. Primeiramente realizou-se uma breve análise histórica do surgimento do Serviço Social no mundo, correlacionando o capitalismo e aprofundamentos das expressões da questão social, posterior a isso, destacou sua origem no Brasil vinculado à elite e à doutrina católica, e o Estado. Dessa maneira destaca-se um período crucial no qual o serviço social passa elaborar uma ação defender a classe dos menos favorecidos.  

Nas considerações finais destaca-se a relevância do conhecimento dos fundamentos históricos do Serviço Social.

2 UMA ANÁLISE SUCINTA DO SURGIMENTO DO SERVIÇO SOCIAL

O serviço social na Europa teve o surgimento juntamente com o capitalismo, consequentemente com a Revolução Industrial, e a partir disso houve uma grande transformação em diversas áreas, como na agricultura, indústria, transporte e comunicações, e com isso o capitalismo:

“gera o mundo da cisão, da ruptura, da exploração da maioria pela minoria, o mundo em que a luta de classes se transforma na luta pela vida, na luta pela superação da sociedade burguesa” (MARTINELLI, 2005, p.54).

Com essa ação de mudança vai advir do serviço manual, para industrialização, e assim a sociedade foi dividida em dois blocos: os burgueses no qual eram os proprietários tinham os meios de produção, as máquinas, ferramentas e fábricas e os camponeses entraram com a mão de obra, tornou-se ser assalariados. A riqueza estava acumulada apenas nas mãos dos burgueses, na qual controlava a classe trabalhadora, e com isso eles possuíam condições péssimas de vida, com salários baixos, e assim os proletariados revoltavam-se com essas condições.

Diante desses acontecimentos, a igreja católica entra com missão social, “de impor a paz política e a de fazer caridade, com intuito muito claro de apaziguar os conflitos da população que sofria com todas as formas de desigualdades e explorações” (CANDIDO; FREIRE, 2013, p. 03), porém mesmo de maneira incorreta, relacionada ao favorecimento próprio e uma classe rica e dominadora, a caridade aos pobres e a fé, a base do serviço social.

Nessa perspectiva, não existia a profissão em si Serviço social, e sim mulheres, chamadas damas de caridades “assistentes sociais”, que ajudavam como voluntárias nesses serviços, que as igrejas solicitavam.  

Com base para o surgimento do serviço social regulamentada em 1899, na cidade de Amsterdã, funda-se a primeira Escola de Serviço Social do mundo, e partir desse acontecimento a Mary Richmond assistente social norte-americana, no início do século XX, começou a fazer estudos e elaborar de maneira sistemática a respeito do que é Serviço Social e de como essa profissão deveria ser desempenhada. E a partir desses estudos o serviço social passou a ser regulamentada como profissão, e não como assistencialismo.

2.1 A origem do Serviço Social brasileiro: influências da Igreja Católica, burguesia e Estado

        

No Brasil o serviço social surgiu em 1934, nesse período o capitalismo entra em uma etapa monopolística, que é o fim do livre comércio, e passa a ser industrialização, os burgueses dominavam o poder político e econômico que com isso mantinham as classes dos camponeses subordinados aos seus mandatos no qual tinha a finalidade de impor nos seus produtos de altos preços.

Os assistentes sociais tinham como prioridade nesse momento, de organizar e executar politicas públicas, como explica (CANDIDO; FREIRE, 2013, p. 06) “Pois sua função enquanto profissão para classe burguesa deve seguir na direção de amenizar conflitos”.