Vinhos - Saúde Para A Vida
Trabalho Escolar: Vinhos - Saúde Para A Vida. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ferlion100 • 28/9/2013 • 2.433 Palavras (10 Páginas) • 487 Visualizações
Vinho tinto: as duas faces de um mesmo
sabor
LARISSA CHRISTINE PUGLIA1
LUCIANA PIRES2
1. Nutricionista, Especializanda do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo -
UNIFESP
2. Psicóloga, Especialista em Adolescentes para Equipe Multiprofissional do Centro de Atendimento e Apoio ao
Adolescente da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP
A alimentação na espécie humana adquire uma série de simbolismos exteriores a
nutrição do corpo, que são definidos pela interação de diversos fatores ambientais, culturais
e sociais vinculados ao ato de comer e beber que, desde a antiguidade, é considerado uma
fonte de prazer (CAVICCHIOLI, 2006).
Importantes civilizações antigas, como os hindus, os egípcios, os gregos e os romanos
utilizavam o vinho como remédio para o corpo e para a alma, sendo consumido tanto nas
refeições diárias como nos banquetes das celebrações, neste último ele era associado ao
erotismo (JOHNSON apud PENNA & HECKTHEUER, 2004).
Na Idade Média, o vinho era visto como um “marcador” das diferenças sociais que,
dependendo de sua procedência, era tido como uma bebida de luxo para as elites ou como
uma bebida comum para os menos abastardos (MONTANARI, 1998).
No Brasil, a uva foi trazida pelos portugueses em torno do século XVI, mas foi a partir
de 1875, com a chegada dos imigrantes italianos, que a cultura da uva e do vinho passou a
ser integrada no âmbito familiar. As cooperativas de produção e comercialização começaram
a surgir em 1930, e as primeiras empresas internacionais, como Martini e Rossi, M. Chandon
e Seagram, passaram a se instalar no Brasil a partir da década de 70, principalmente nas
cidades de Bento Gonçalves e Garibaldi, quando se iniciou um amplo programa de
implantação de novas uvas viníferas (uvas de origem européia) e melhora da qualidade dos
vinhos (LONA, 1999).2
A produção do vinho de boa qualidade depende da correta realização de técnica e
procedimentos, desde as etapas de plantio e colheita das uvas até a fase final de
envelhecimento do vinho.
No período entre 10 de fevereiro e 10 de março, a colheita da uva vinificar deve ser
realizada manualmente, cortando-se o pêndulo do cacho com o auxílio de canivetes ou
tesouras, de forma a preservar o bom estado de maturação, tanto em relação ao teor de
açúcar, como de acidez, compostos fenólicos e constituintes aromáticos, além do adequado
aspecto sanitário. A colheita inicia-se pelo cultivar da Merlot, seguida pela Cabernet Franc e
Cabernet Sauvignon. E posteriormente a uva é colocada em pequenos recipientes de plástico
ou de vime, e depois em caixas de plástico com capacidade de 20 kg, furadas na parte
inferior (EMBRAPA, 2007).
Uma das principais etapas do processo de vinificação é a fermentação alcoólica, que
acontece simultaneamente com a maceração, período em que a parte sólida da uva -
película e semente - permanece em contato com o mosto (EMBRAPA, 2007).
A fermentação alcoólica ocorre pela atividade de agentes microbiológicos, seu local
deve ter água de qualidade e em quantidade suficiente, e boas condições higiênicas. Sua
conclusão acontece quando se finaliza o desprendimento de dióxido de carbono e o teor de
açúcar total for inferior a 3,0 g/L. E após esta etapa temos a fermentação malolática, ou seja,
a transformação do ácido málico em lático e conseqüente redução da acidez total
(EMBRAPA, 2007).
Com o término da fermentação, afim de que o vinho não permaneça em contato com
as bactérias, leveduras, resíduos sólidos e matéria orgânica que se depositam no fundo do
tanque, e não incorpore sabores e aromas indesejáveis e inadequados, é necessária a
realização de processos que garantem a limpidez e estabilização desejada (EMBRAPA, 2007).
Ao término das etapas de produção do vinho, são realizados os procedimentos de
lavagem das garrafas, preparo da rolha, enchimento da garrafa, fechamento, capsulagem e
rotulagem. Em seguida as garrafas são transportadas para o setor de envelhecimento, onde
são empilhadas horizontalmente, para manter a rolha úmida, passando por uma série de
transformações físico-químicas. Desta forma, seu aroma torna-se mais fino e agradável, e
sua cor sofre modificações devido às alterações das antocianinas (responsáveis pela
coloração vermelha do vinho tinto jovem) (EMBRAPA, 2007).3
As primeiras variedades viníferas tintas adaptadas ao solo gaúcho foram as italianas
Barbera, Banarda e Carbenet Franc, seguidas das variedades viníferas tintas de origem
francesa, como Merlot, Pinot Noir e Cabernet Sauvignon (LONA, 1999).
Devido as condições
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