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A MICROBIOLOGIA DINHEIRO

Por:   •  7/5/2018  •  Monografia  •  3.878 Palavras (16 Páginas)  •  284 Visualizações

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Avaliação Microbiológica de Staphylococcus aureus, Cândida Sp, Aspergillus Sp. e Escherichia coli em cédulas de dinheiro.

Ademir Tramontini Schmitt¹; Laís Carnhieleto²

RESUMO

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Acredita-se que boa parte das doenças causadas por fungos e bactérias são oriundas de um mal manuseio do dinheiro, pois quem nunca foi a uma padaria, comprou algum alimento, pagou e o ingeriu ali mesmo sem lavar as mãos? Todos sabemos que o dinheiro é sujo, mas mesmo assim cometemos determinados “deslizes” em relação à higiene. Dentre os microorganismos pesquisados salientam-se dois, o Staphylococcus aureus que estão entre as bactérias não formadoras de esporos mais resistentes, sendo capazes de tolerar o aquecimento de 60º C por 30 minutos, e a Cândida, que é um fungo diplóide que pode causar algumas infecções orais e vaginais nos seres humanos, Segundo Mendes et al (2005), mais de 50% das mulheres são acometidas por candidíase vulvo-vaginal pelo menos uma vez na vida. Além destes, foram investigadas as presenças de Aspergillus sp que por sua vez pode causar aspergilose invasiva e aspergiloma e Escherichia coli que indica contaminação com fezes humanas (ou mais raramente de outros animais).

Palavras-Chave: Aspergillus sp.; Candida sp.; Dinheiro; Escherichia Coli;  Microbiologia, Staphylococcus aureus,


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INTRODUÇÃO

Segundo Montanholi et al. (2008) em uma pesquisa realizada na cidade de Catanduva – SP, os microorganismos que fizeram-se mais presentes nas notas de um real foram Sthaphylococcus, Streptococcus, Bacilos e coliformes. Na mesma pesquisa foram encontrados ovos de Ascaris lumbricoides, Acylosotoma sp. e Microsporidium sp. que são comumente encontrados em fezes humana, (MONTANHOLI, 2008).

Entretanto segundo uma pesquisa apresentada pelo Jornal da Ciência, constatou-se 12 gêneros e 32 espécies de enterobacterias, contudo o microorganismo mais presente foi o S. aureus, “essa bactéria é comum no ser humano, podendo causar desde infecções cutâneas até graves casos de artrite e intoxicação alimentar”, (INOCENTE, 2005). A pesquisa realizada na cidade de Gurupi – To nos remete mais informações, pois foram encontrados os seguintes microorganismos nas cédulas: Bacillus sp., Streptococcus sp., S. aureus, Enterobacterea aerogenes, Shighella sonnei, Escherichia coli, Pantoea agglomerans, Hafnia alvei, Feohifomicetos Sporotrix schenkii, Aspergillus flavus, Hialohifomicetos, Candida sp; Trichophyton sp.

Baseando-se em pesquisas anteriores, pode-se notar que os Staphylococcus foi o gênero que mais apareceu nos resultados, contudo, sabe-se que os mesmos preferem ambientes com condições aeróbicas, embora possam crescer em condições anaeróbicas. Produzem colônias relativamente grandes. Algumas espécies do gênero podem produzir pigmentos, que é o caso do Staphylococcus aureus. Contudo, a produção de pigmentos é variável e não pode ser utilizada na determinação das espécies. As duas características mais importantes que distinguem os S. aureus (patogênico) do S. epidermidis (não patogênico) são a produção de coagulase e a fermentação do Manita. Segundo Nisengard, (1994) A coagulase é uma enzima extracelular produzidas por cepas patogênicas de Staphylococcus que ativa a protrombina ou uma substancia similar que converte o fibrinogênio em fibrina.

Os Staphylococcus estão entre as bactérias não formadoras de esporos mais resistentes, sendo capazes de tolerar o aquecimento de 60º C por 30 minutos e podendo ser estocados durante um longo tempo a uma temperatura de 4º C sem afetar a sua variabilidade. Eles também são resistentes a grandes concentrações de NaCl, segundo Nisengard, (1994) essa propriedade tem sido utilizada para o preparo de um meio de cultura seletivo e diferencial denominado ágar manita. Este meio contem 7,5 % de NaCl, 1 % de Manita e vermelho de fenol (indicador ácido - base). A presença de S. aureus em uma amostra clinica e determinada quando ocorre o crescimento e o Manita é fermentado.  

Outro gênero bastante encontrado foi os Estreptococos, que são bactérias Gram-positivas em forma de cocos que se dividem em apenas um plano. Como as bactérias não se separam facilmente após o plano de divisão, estas tendem a formar cadeias e, assim, podem diferenciar-se dos estafilococos, que comumente se dividem em diferentes planos, formando ramificações ou grupamentos de cocos semelhantes a cachos de uva. Segundo Trabulsi (2008) Os Streptococcus são catalase-Negativos, o que também os diferencia dos Staphylococcus, que são catalase-Positivos. É também bastante evidente que essas espécies estejam associadas com diferentes doenças.

Levando em conta que boa parte das bactérias encontradas nas notas de dinheiro são enterobacterias, ou seja, são bactérias que estão presentes no interior de nosso intestino grosso, pode-se afirmar que o dinheiro foi manuseado sem uma adequada higienização das mãos após a utilização do sanitário. Montanholi et al. (2008) diz que “a lavagem das mãos após a manipulação de papel moeda, antes das refeições, é importante, uma vez que microrganismos podem ser levados para a cavidade bucal e assim desencadear diarréias, náuseas ou vômitos”.  Montanholi et al. (2008) ainda salienta que “a contaminação das cédulas monetárias depende mais dos manipuladores e por conseqüência, dos seus hábitos higiênicos, do que do tipo de material empregado para a confecção dos mesmos”.A presença da E.coli em água ou alimentos é indicativa de contaminação com fezes humanas (ou mais raramente de outros animais). A quantidade de E.coli em cada ml de água é uma das principais medidas usadas para o controle da higiene da água potável, preparados alimentares e água de piscinas. Esta medida é conhecida oficialmente como índice coliforme da água.

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