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A Resenha de Restinga

Por:   •  19/11/2021  •  Resenha  •  639 Palavras (3 Páginas)  •  168 Visualizações

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Nome: Stefani Nogueira dos Santos

Matrícula: 2017102372

Os impactos nas áreas de restinga e as consequências da revogação das resoluções 302 e 303

A Restinga é definida como espaço geográfico paralelo a linha da costa (próximo ao mar), reúne em sua estrutura vários atributos que moldam sua fisionomia e propiciam nas mais variadas formas de vida tanto vegetais, quanto animais.

Existem várias definições para esse ecossistema, porém, todas devem estar de acordo com a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) n°261/1999, que em suma conceitua a Restinga como um conjunto de ecossistemas que reúne vegetações distintas. Principalmente a pioneira (vegetação de máxima expressão local) em terrenos arenosos e pouco desenvolvidos de origem marinha encontrando-se em praias, cordões arenosos, dunas e depressões associadas, planícies e terraços.

Uma das normas revogadas foi a resolução 302/2002, que delimitava como área de proteção permanente (APP), por exemplo, uma faixa de 30 metros ao redor de reservatórios artificiais em áreas urbanas, e de 100 metros em áreas rurais. A resolução 303/2002, também revogada, previa uma faixa de proteção mínima de 300 metros em áreas de restinga do litoral e sobre toda a extensão dos manguezais. A norma também estabelecia faixas menores ao redor de lagos e nascentes, por exemplo.

Com as restingas desprotegidas há uma alteração da dinâmica da vegetação, mudança de habitats para fauna, alterações na dinâmica de sedimentos, perda local de espécies da flora e fauna. As consequências se espalham-se também para o ser humano pois o corte da Restinga aumenta a exposição das áreas urbanizadas a ação das marés, vento, areia. Gera possibilidades de avanço do mar nas ressacas e aumento da areia nas ruas.

Entre os locais de maior interesse para a ocupação urbana, as regiões litorâneas se destacam na preferência de moradia e implantações comerciais. Em consequência disso, os ecossistemas associados ao litoral foram reduzidos de forma drástica e em alguns pontos até extintos.

Como a vegetação da Restinga se desenvolve em solo arenoso e algumas formações vegetais são muito próximas do mar, as plantas desenvolveram sofisticados mecanismos de adaptação para sobreviver a esse ambiente. Em relação ao solo arenoso, a permeabilidade da água é muito grande com pouca capacidade de retenção e em alguns pontos o solo também pode ser pouco nutritivo. Para as vegetações que se desenvolvem próximo as praias, as adaptações precisam ser maiores, tendo em vista que a salinidade aumente e os ventos nesse ambiente também são mais elevados.

É comum essa formação ser substituída por ação humana, onde o local de formação das rasteiras e herbáceas é ocupado por habitação e as arbóreas (local de transição entre a Mata Atlântica) são substituídas por pasto ou Eucalipto.

A vegetação rasteira forma um emaranhado que protege a praia contra as fortes ondas, ou seja, a disposição das folhas, caules e principalmente das raízes dão estabilidade ao solo impedindo a retirada de sedimento com as fortes ondas e para reter a areia que é levada para o continente com a força dos ventos, a formação vegetal herbáceas que são maiores que as rasteiras, formam uma parede que impede a areia de avançar para a cidade. A Restinga é muito importante para o início e a continuação da vida de muitas espécies. São muitas os animais e plantas que depende desse ambiente para alimentação, descanso, reprodução e berçário.

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