A SEXUALIDADE COM ADOLESCENTES
Por: Rayza de Cássia • 2/3/2018 • Ensaio • 2.177 Palavras (9 Páginas) • 246 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
RAYZA DE CÁSSIA SANTOS
DISCUTINDO SEXUALIDADE COM ADOLESCENTES
Maceió, AL
Outubro de 2016
Rayza de Cássia Santos
DISCUTINDO SEXUALIDADE COM ADOLESCENTES
Trabalho apresentado à professora Claudia Maria Lins Calheiros, da disciplina Saúde na Escola e Comunidade, como requisito obtenção parcial de nota.
Maceió, AL
Outubro de 2016
Sumário
INTRODUÇÃO 4
METODOLOGIA 6
RESULTADO E DISCUSSÃO 8
CONSIDERAÇÕES FINAIS 9
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 10
INTRODUÇÃO
É notável as mudanças culturais ocorridas na sociedade ao longo dos anos, e segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº9.394/96, a educação deve acompanhar as mudanças sociais (Krasilchick, 2000).
Segundo as Diretrizes Curriculares de Alagoas, a primeira finalidade da educação contemporânea é “a formação de seres humanos preparados para um mundo dinâmico e repleto de complexas transformações e desafios” (Alagoas, 2010, p. 25), de modo que seu currículo, além do processo educativo básico, abranja a sociedade, política, tecnologia, cultura e economia, ou seja, todas “as diversas dimensões do desenvolvimento humano” (p. 25). Entendendo assim, que a escola deve preparar o aluno para além do conteúdo básico do desenvolvimento cognitivo básico, mas de modo que o aluno tenha também um desenvolvimento cultural, social e afetivo.
Assim, o currículo como orientador da prática escolar e do processo pedagógico, que se efetiva na sala de aula, deve assegurar a especificidade do trabalho escolar com a máxima eficiência e eficácia, numa perspectiva mais ampla, dinâmica, contextualizada e humanizadora, pois a apropriação do conhecimento científico só adquire sentido social e histórico quando possibilita ao sujeito seu aprimoramento e amplia sua capacidade de transformação da realidade, enquanto ser humano (Alagoas, 2010, p. 26).
Para alguns autores a construção do conhecimento precede ao início da educação formal que ocorre nas escolas, de modo que o aluno apresenta alguma base para a construção de novos conhecimentos (Vigostsky, 2001, Stoffel e Brancalhão, 2010) e essa construção de conhecimento está associada à curiosidade, necessidade de resolução de problemas, satisfação e à procura de respostas concretas (Moran, 2000).
Em se falando de necessidade e de curiosidade, a inserção da Educação Sexual no currículo educacional se adequou a uma demanda que pode ser observada quando temos dados mundiais que revelam que:
mais de 30% das adolescentes sexualmente ativas têm teste positivo para infecção por clamídia (Chlamydia), e que aproximadamente 40% foram infectadas pelo papilomavírus humano. A infecção pelo vírus do herpes genital aumentou em mais de 50%; os índices de infecção por gonorreia nos intervalos entre 15 e 19 anos são os maiores comparados com outras faixas etárias, e mais de 25% dos novos casos de infecção pelo vírus HIV ocorrem entre jovens com menosde 22 anos. (Martins, 2009, p. 01)
Além das doenças, outro risco associado a relações sexuais é a gravidez na adolescência, que tem sido tratada como “‘problema social’ e de saúde pública, inserido em um quadro de “gravidade” e “risco”, demandando tomada de ações efetivas”. (SOARES, 2008)
A inserção da Educação Sexual também criou também uma necessidade, a criação de mecanismos que pudessem orientar e auxiliar professores e alunos, de modo que se superassem os mitos, tabus e preconceitos.
Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo contribuir para o debate sobre as relações entre sexualidade e adolescência, focando no início da vida sexual, gravidez na adolescência, métodos contraceptivos, além de identificar os principais interesses e dúvidas dos estudantes a respeito do tema, conhecer a percepção dos adolescentes acerca das ações de orientação sexual, e, principalmente, sensibilizar os estudantes a respeito do assunto trabalhado, tendo em vista que relações sexuais podem trazer os graves prejuízos quando as mesmas não são realizadas com consciência, cuidado e responsabilidade.
Pesquisas revelaram que muitas vezes, apesar, dos adolescentes serem mais informados a respeito de prevenção de DST do que os adultos (MATINS, 2009), essa compreensão, não tem sido suficiente para que esses jovens se protejam adequadamente, mostrando a importância de se debater abertamente o tema Sexualidade com os próprios adolescentes, usando uma linguagem equiparada a deles, de modo que eles sejam sensibilizados sobre os riscos associados à sexualidade e que possam tirar quaisquer dúvidas que venham a ter.
A sexualidade e DST devem ser tratadas com a devida importância, considerando que os jovens tem iniciado a vida sexual cada vez mais cedo, sendo então de suma importância buscar nas escolas e na sociedade instruir alunos, pais e todos os envolvidos a respeito do tema sexualidade. Destrinchando pontos importantes que, ausentes, fariam falta na formação crítica, social e moral de todos como cidadãos. (RODRIGUES, 2009)
METODOLOGIA
Foram realizados três encontros com 20 alunos do período da manhã do 8º ano da Escola Municipal Imaculada Conceição, onde inicialmente foi feita uma apresentação dos alunos e da equipe aplicadora, seguida por uma introdução ao tema Sexualidade.
Ainda no primeiro encontro, enquanto nos preparávamos para a primeira atividade após a introdução, pedimos aos alunos para escreverem em pedaços de papel dúvidas que eles apresentassem sobre sexualidade ou assuntos que gostariam que fossem abordados nos encontros seguintes, assim como também deixamos claro que aquele era um ambiente onde qualquer pergunta ou duvida poderia ser abordada a qualquer momento.
Após o recolhimento dos papeis com dúvidas dos alunos, passamos a para primeira dinâmica: Mitos e Verdades Sobre Sexo e Sexualidade, onde foi lida uma sequência de afirmações que os alunos deveriam concordar ou discordar, debater entre si, com os aplicadores munidos de uma folha de recursos que servia para esclarecer com maior precisão as afirmações apresentadas.
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