Analise de água do instituto são vicente
Por: Laís Albuquerque • 6/4/2016 • Trabalho acadêmico • 2.807 Palavras (12 Páginas) • 333 Visualizações
AVALIAÇÃO QUALITATIVA DA ÁGUA DE UM AÇUDE DO INSTITUTO SÃO VICENTE, CAMPO GRANDE – MS, BRASIL.
Adriana da Costa Quintana1; Amanda Paula Schuster1; André Ricieri Agostini1; Lais Albulquerque de Oliveira Katsuragi1 ; Thaís Barbosa de Souza1; Kwok Chiu Cheung2.
Universidade Católica Dom Bosco, Av. Tamandaré 6000, Campo Grande, 79117 900, MS.
Curso de Biologia
1 Acadêmicos do 1º semestre do curso de Biologia;
2 Coordenador do curso de Biologia
Resumo: Foram feitas analises da água de um açude destinado à piscicultura. As amostras receberam diferentes quantidades de ração comercial. Todas as amostras sofreram testes físico-químicos e microbiológicos, apresentando diferentes resultados. Dentre os testes físico-químicos, foram avaliados o pH, a dureza da água, o nitrogênio albuminóide e a quantidade de sólidos totais. Depois foram selecionadas pequenas quantidades da água contaminada com ração e do controle, que foram encaminhadas para o laboratório de Microbiologia.
Palavras-chave: piscicultura, açude, qualidade da água, ração comercial, peixes.
INTRODUÇÃO
Os peixes são seres heterotérmicos, ou seja, regulam sua temperatura de acordo com a temperatura ambiente e dependem muito de uma nutrição regulada que os possibilite manter o metabolismo ativo sem causar grandes perturbações ao meio (CYRINO et al, 2010).
Segundo KUBITZA (2007), a piscicultura é uma atividade capaz de agregar receitas adicionais, como a criação de peixes em tanques-rede, que pode otimizar o uso de açudes e reduzir o tempo de retorno do capital investido, pois, não consome água e não implica em desmatamento ou degradação do entorno do açude.
A piscicultura em tanques-rede, por exemplo, é visualizada como a alternativa para uso de forma semi-intensiva e racional dos recursos pesqueiros no Pantanal. Nesse método, os tanques ficam dispostos no próprio rio, onde o fluxo natural garante uma rápida renovação da água, aumentando a capacidade de estocagem e, em consequência, a produção, diminuindo bastante os custos, comparando-se à piscicultura convencional. (BARBOSA et.al, 2000).
Cultivados em tanques-rede, os peixes dependem exclusivamente da ração para suprir, de forma equilibrada, todos nutrientes necessários para uma adequada saúde e desempenho produtivo. (KUBITZA, 2007).
A utilização de rações para peixes surgiu da necessidade de proporcionar uma alimentação eficiente para a criação desses animais em cativeiro, observando que as respostas eram superiores com a utilização desse tipo de alimentação se comparada com os de sistemas naturais. (SUSSEL, 2008).
Os peixes excretam grandes quantidades de amônio e amônia não ionizados (NH4+ e NH3-N) e nitrito (NO2–), que podem saturar a água impedindo a concentração necessária de oxigênio nesses sistemas. Além do nitrogênio (N) e de seus compostos derivados há também o fósforo (P), que causam preocupações se descartados indiscriminadamente no ambiente aquático. Eles elevam a quantidade de algas causando uma super-eutrofização do meio. (CYRINO et al, 2010).
Além desse fenômeno, o próprio sistema natural se encarregará de produzir os nutrientes que contribuirão para o crescimento da população de fitoplânctons. Nesse estágio, o ecossistema pode produzir mais matéria orgânica do que é capaz de consumir e decompor, com profundas mudanças no metabolismo de todo o ecossistema e nas concentrações de oxigênio nas camadas superiores, devido à decomposição bacteriana. (MATSUMURA, 1999).
Essa proliferação excessiva do fitoplâncton em tanques de produção, por exemplo, pode causar diminuição de oxigênio no período noturno e supersaturação durante o dia, podendo causar a obstrução das brânquias dos peixes pelos filamentos e inibição do crescimento das algas mais assimiláveis, além do aparecimento de produtos do metabolismo secundário de cianobactérias, que causam sabor desagradável no pescado (UNEP-IECT 2001, p.385).
Há também certas enfermidades que derivam diretamente da modificação ambiental. Teixeira Filho (1991) as denominam de moléstias ecológicas, causadas pelas alterações da temperatura, pH, falta de oxigênio e poluição.
Por isso, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) estipula níveis adequados para diferentes padrões de água. Em sua resolução nº 357/2005 trata especificamente da classificação e da qualidade de corpos de água, estipulando, por exemplo, parâmetros inorgânicos e o valor máximo que pode estar presente em cada tipo de qualidade de água, considerando até mesmo ambientes onde há criação intensiva desses animais.
OBJETIVO
A proposta deste trabalho foi analisar a qualidade da água e o desenvolvimento de microorganismos em um açude localizado no Instituto São Vicente, Campo Grande-MS, após a adição da ração Poli-Peixe 450F.
MATERIAL E MÉTODOS
As coletas foram realizadas no Instituto São Vicente, Campo Grande – MS, Brasil sob as coordenadas 20°23’08”S e 54°36’27” O, que tem como seu principal objetivo a realização de pesquisas e proporcionar a vivência do acadêmico, além de um papel comunitário ao distribuir o excedente de sua produção a outros institutos filantrópicos (JORIS, 2009).
A área total do Instituto é de cento e noventa hectares, dos quais vinte são destinados à área de reserva permanente e cerca de trinta hectares da região é destinada à lavoura, com plantio de culturas de milho, feijão, soja, dentre outras. No local ocorre ainda a criação de ovinos, caprinos, equinos e bovinos, além de sua infra-estrutura contar também com um tanque de piscicultura, destinada à produção de peixes regionais.
Foram coletados quatro litros de água, no dia 12 de abril, em duas garrafas pet, onde apenas dois litros foram utilizados para as análises. Estes foram divididos em quatro amostras de 500 ml cada.
...