CAATINGA
Por: 040813 • 20/6/2015 • Trabalho acadêmico • 707 Palavras (3 Páginas) • 728 Visualizações
CONHECENDO A CAATINGA
De acordo com Barros (2004), para falar da Caatinga, antes de mais nada, há que se despir de alguns preconceitos, principalmente daqueles relacionados aos aspectos de pobreza paisagística e da biodiversidade, características adotadas por quem desconhece a riqueza e a importância da “Mata Branca”.
O Bioma Caatinga, o único ecossistema exclusivamente brasileiro, significa em tupi- guarani – “mata branca”, cor predominante da vegetação durante a estação seca, entretanto, em época de chuvas, a Caatinga fica verde e aparecem as flores, ocupa uma área de 826 411 km2, cerca de 10% do território nacional e 70% da Região Nordeste.
A fauna da Caatinga é bastante rica e possui uma variedade de espécies catalogadas em 177 de répteis, os lagartos (muito comum na região) e as serpentes (sendo a cascavel uma das cobras mais vistas na Caatinga); 591 aves moradoras típicas deste bioma o carcará, a asa branca...; 79 espécies de anfíbios, animais numerosos na Caatinga, o sapo cururu, rãs, perereca...; 178 espécies de mamíferos que entre as árvores secas e em terrenos pedregosos possuem espécies variadas como o veado-catingueiro, preá, gambá, cutia, cachorro do mato..., e 241 espécies de peixes, 221 abelhas, formigas, aranhas e besouros.
O Bioma Caatinga tem uma grande importância sociocultural para a nossa região, por sua biodiversidade, grande parte dos habitantes da região sobrevivem a partir dela. O potencial econômico no Município de Afrânio/PE vem da agricultura em conjunto com a pecuária, o município conhecido como a maior bacia leiteira da Região do São Francisco, inúmeros produtos são produzidos na região: doces, queijos, iogurtes e petas (biscoito de polvilho), devido à seca a produção leiteira vem sofrendo grande impacto, pois durante este período o gado da região alimenta-se do mandacaru (rico em água). A Caatinga é rica em biodiversidade e em função dessa riqueza ampara diversas atividades econômicas, e grande parte da população que habita neste bioma, utiliza os produtos da sua fauna e flora em diversas atividades humanas que servem como fontes de sustentabilidade, podendo destacar espécies com potencial forrageiro (angico, pau-ferro e o juazeiro), medicinal (aroeira, araticum, velame e marmeleiro), artesanato (fibra do caroá) e produtos alimentícios como sucos, doces e geleias do umbuzeiro e maracujá do mato, a maior parte da exploração é extrativista e sem critério de exploração, gerando riscos à sobrevivência das espécies.
Embora seja perceptível a grande devastação no bioma, na região ainda podemos
contemplar áreas que a fauna e flora estejam preservadas.
A Caatinga rica em espécies exclusivas e podendo ser considerado um dos conjuntos de formações vegetais mais especializadas do território brasileiro, observa-se inúmeras ações em torno do município, e percebe-se que os ecossistemas originais já foram alterados, o bioma vem sofrendo muito com as ações antrópicas, desordenadas: o extrativismo, as pastagens e cultivos, o uso descontrolados das práticas de queimadas e a agricultura com o desmatamento da vegetação nativa para formação de novos campos agrícolas (em função da criação de gado extensivo na região), que vem contribuindo significadamente para a desertificação dos solos em algumas áreas do município. Desta forma, a exploração da Caatinga no município, tem apresentado uma necessidade em promover o incentivo quanto à preservação deste bioma, formas alternativas de convivência com o semiárido, economicamente viáveis e mais harmônicas, disseminação de tecnologias sustentáveis, reflorestamento, manejo florestal, agroecologia, grupos locais produtivos, educação ambiental e pesquisa são apenas alguns caminhos que direcionam para desaceleração desse quadro de ameaças. Entretanto, é importante a preservação do Bioma Caatinga, visto que é o bioma brasileiro de mais difícil restauração, as ações de restauração tem a escassez de água como fator limite e a conservação é o melhor caminho, uma vez a conservação da Caatinga está intimamente associada ao combate da desertificação.
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