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DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL

Por:   •  14/3/2019  •  Trabalho acadêmico  •  3.401 Palavras (14 Páginas)  •  278 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA

CAMPUS DE ROLIM DE MOURA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL

GABRIEL LAZARI

LARISSA PIRES

LUCAS PRADO

PESQUISA TEÓRICA: BABAÇU – Orbignya phalerata

ROLIM DE MOURA – RO

FEVEREIRO DE 2014

GABRIEL LAZARI

LARISSA PIRES

LUCAS PRADO

PESQUISA TEÓRICA: BABAÇU – Orbygnia phalerata

Trabalho apresentado ao curso de Engenharia Florestal da Fundação Universidade Federal de Rondônia – UNIR, para a professora Dr. Kenia Tronco, como requisito parcial para a aprovação na disciplina de Silvicultura Tropical.

ROLIM DE MOURA – RO

FEVEREIRO DE 2014

  1. INTRODUÇÃO

Considerado um dos principais recursos extrativistas do Brasil, o babaçu historicamente e ainda hoje tem uma grande importância social, econômica e cultural em uma extensa área geográfica do país, cobrindo cerca de quatro regiões geográficas e nove estados (ARAÚJO, 2008).

Segundo a EMBRAPA, o Cerrado brasileiro é promissor em variedades de produtos florestais não madeireiros com possibilidades de uso comercial. O babaçu, considerado o mais rico economicamente, devido o aproveitamento de todos os seus componentes, fornece matéria prima para diversas atividades, além de atender inúmeras necessidades impostas pela vida cotidiana das populações rurais fixadas em áreas de sua ocorrência.

Sua importância social é acentuada pela grande capacidade de absorção de mão-de-obra, principalmente na entressafra das culturas tradicionais dos estados onde ocorre (EMBRAPA, 1984).

O babaçu é um dos mais importantes representantes das palmeiras brasileiras, pela sua peculiaridade, graça e beleza. Sendo difícil opinar em que consiste a sua maior exuberância: se na beleza dos seus portes altivos ou se nas suas infinitas utilidades na vida da humanidade (GONSALVES, 1995).

Todas as variedades de babaçu são importantes, por seus aspectos ecológicos, sociais, econômicos e ambientais, por isso se torna necessário o entendimento de suas propriedades para melhor manejo da espécie.

  1. TAXONOMIA E NOMENCLATURA

A taxonomia do Babaçu obedece a seguinte hierarquia:

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Liliopsida

Ordem: Arecales

Família: Arecaceae (palmae)

Género: Orbignya

Espécie: Orbygnia phalerata

Sinonímia botânica: Attalea speciosa  Mart. ex Spreng., Orbygnia martiana Barb. Henderson et al. (1995), O. phalerata  Mart., O., Orbygnia oleifera, (ou O.).

  1. CARACTERÍSTICAS FENOLÓGICAS E GRUPO ECOLÓGICO

A Orbygnia phalerata , vulgarmente conhecido por babaçu possui grande poder de invasão de áreas perturbadas . Pode ter inflorescência fêmea ou andrógina (macho e fêmea) numa mesma planta. Apenas a fêmea bota cacho com frutos, e os machos são essenciais para a fecundação e geração de frutos (LORENZI, 2010).

O período de floração ocorre de janeiro à abril , geralmente na estação chuvosa, a frutificação inicia-se na estação da seca em junho e vai até o inicio das chuvas em dezembro.

A dispersão das sementes é realiza por roedores que encontram o fruto no chão, a polinização geralmente é realizada por abelhas e outros insetos.

Frutifica a partir do oitavo ano e alcança a produção plena após 15 anos. A “força” da safra se concentra do período seco ao início do período chuvoso, e pode variar conforme a região e as condições naturais (solo, umidade, competição, etc.) (CARRAZZA, L.R. et.al., 2012).

A área de ocorrência dos babaçuais predomina em zonas de várzeas, junto do vale dos rios e, eventualmente, em pequenas colinas e elevações (MIC, 1982).

  1. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS E BOTÂNICAS

Palmeira elegante que pode atingir até 20 m de altura. Estipe característico por apresentar restos das folhas velhas que já caíram em seu ápice, com 30 a 40 cm de diâmetro.  Folhas em números de 15 a 20 contemporâneas, com até 8 m de comprimento, arqueadas, mantendo-se em posição retilínea, pouco se voltando em direção ao solo; orientando-se para o alto, o babaçu tem o céu como sentido, o que lhe dá uma aparência bastante altiva. Flores creme-amareladas, aglomeradas em longos cachos. Cada palmeira pode apresentar até 6 cachos, sustentados por pedúnculo de 70 a 90 cm de comprimento, surgindo de janeiro a abril.

Frutos ovais alongados, de coloração castanha, que surgem de agosto a janeiro, em cachos pêndulos. A polpa é farinácea e oleosa, envolvendo de 3 a 4 sementes oleaginosas. Um Kg de frutos contém 10 unidades (VIVA TERRA, 2014). 

A composição física do fruto indica quatro partes aproveitáveis: epicarpo (11%), mesocarpo (23%), endocarpo (59%) e amêndoa (7%) (EMBRAPA, 1984).

  1. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

O babaçu é encontrado principalmente em formações conhecidas como babaçuais que cobrem cerca de 196 mil km² no território brasileiro, com ocorrência concentrada nos estados do Maranhão, Tocantins e Piauí, na região conhecida como Mata dos Cocais (transição entre Caatinga, Cerrado e Amazônia) (CARRAZZA, L.R. et.al., 2012)

Os babaçuais brasileiros concentram se nas regiões Nordeste, Norte e Centro – Oeste, merecendo maior destaque a região Nordeste que detém, atualmente, a maior produção de amêndoas e a maior área ocupada com cocais. Minas Gerais, na Região Sudeste, merece citação por ser o único estado fora das regiões citadas que possui expressiva cobertura com babaçu (EMABRAPA, 1984).

  1. PROPAGAÇÃO

A propagação do Babaçu (Orbignya phalerata) ocorre via sementes, onde sua germinação é classificada como lenta, irregular e frequentemente baixa, devido a semente desta espécie apresentar elevado grau de dormência onde o método mais eficaz para a quebra de dormência da espécie é a escarificação mecânica, seguida da imersão da semente em água durante 7 dias. (GEHLSEN, 1937); Frazão e Pinheiro (1981; 1982).

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